Luan comemora um de seus dois gols no 5 a 0 sobre o Internacional
No último domingo, o atacante Luan, do Grêmio, "tocou o terror" e marcou duas vezes em cima do Internacional, comandando a histórica goleada por 5 a 0 sobre os colorados no Gre-Nal. Isso, porém, poderia nunca ter acontecido se, meses antes da partida, a diretoria do Inter tivesse dado mais atenção a um jovem atleta do interior de São Paulo que bateu às portas do Beira-Rio em busca de uma chance.
Segundo conta Alex Rocha, primeiro técnico de Luan em um projeto social de São José do Rio Preto, onde o jogador nasceu, e que depois viria a se tornar seu empresário, o atleta foi oferecido diversas vezes ao time colorado, que fez pouco caso do atacante de 22 anos.
Rocha, então, negociou com o Grêmio, que resolveu apostar na jovem revelação do pequeno Tanabi, que vinha de excelente Copa São Paulo com o América-SP. Não se arrependeu, já que hoje Luan lidera a "Bola de Ouro", prêmio da revista Placar e dos canais ESPN que é dado ao melhor jogador do Campeonato Brasileiro.
"Eu negociei por três semanas com o Internacional, estave tudo certo antes do Luan acertar com o Grêmio. O problema é que o Inter não quis apostar nele", revelou Alex, ao ESPN.com.br.
Algum tempo depois, bateu o arrependimento nos colorados.
"No dia em que ele fez aquele golaço na Libertadores, o diretor com quem eu conversei me ligou e falou: 'Não vai me dizer que esse Luan é aquele que você ofereceu?'. E eu respondi: 'Sim, é ele. Fiquei três semanas seguidas ligando no seu celular, mas você não atendeu'. Na hora da negociação, o diretor não deu a atenção devida", afirmou o empresário.
Procurado pela reportagem, Jorge Macedo, o diretor do Inter com quem Rocha diz ter negociado, nega que tenha se envolvido em qualquer tratativa por Luan.
Além da equipe do Beira-Rio, Alex Rocha diz que o atacante também foi desprezado por Corinthians, São Paulo e Goiás quando estava dando seus primeiros chutes.
"Em um amistoso contra o Corinthians, o coordenador da base até gostou dele, mas não quis. Disse que era muito magrinho", lembrou.
Ao São Paulo, o treinador pediu paciência para que Luan pudesse ganhar corpo, mas a equipe tricolor também não quis apostar.
"Eu o ofereci várias vezes para o São Paulo, mas não deram ouvidos. Depois que o Luan disputou a Copa São Paulo pelo América-SP, um diretor me chamou e perguntou se o Luan tinha bola pra ser titular do sub-20 do São Paulo. Eu falei: 'Hoje, ele não é titular, mas, se você o colocar para morar aqui no alojamento, com suplementação alimentar, e der a estrutura, em três anos você terá um novo Kaká, um camisa 10, no seu profissional'", disse.
O Grêmio, porém, não se importou com a magreza do menino de São José do Rio Preto, e resolveu colocá-lo em um programa que revolucionou a sua base chamado "Lapidar", com o ex-olheiro da Juventus, Júnior Chávare. O resultado, pouco mais de um ano depois, é notável, com Luan se destacando na equipe profissional do "Imortal".
"Todos os times com quem conversei sempre implicavam com a questão dele ser magrinho. O mérito foi do (diretor) Júnior Chávare [hoje no São Paulo], que comprou a briga no Grêmio e deixou o Luan seis meses só fazendo fortalecimento", recordou.
Luan faz a festa com Erazo ao marcar no Gre-Nal
"O Luan me ligava pedindo pra ir embora, porque só ficava na academia e não treinava com bola. Eu falava: 'Paciência, menino, sua hora vai chegar'. Aí quando o empréstimo dele estava para vencer, ele entrou em um jogo do sub-20 que o Grêmio estava perdendo por 2 a 0, fez dois gols, deu um passe e o time virou. Daí pra frente as coisas começaram a acontecer pra ele", narrou.
Alex Rocha, que conhece a promessa desde os tempos do projeto "Missão Resgate", em São José do Rio Preto, e dava carona de moto para Luan conseguir ir aos treinos, vê seu pupilo com capacidade para ir ainda mais longe.
O treinador diz que o atleta, quando criança e adolescente, era melhor no futsal do que no campo, mas está crescendo cada vez mais nos gramados.
"Na época do projeto, havia jogadores que prometiam muito mais do que ele, mas o Luan surpreendeu todo mundo, evoluiu muito rápido. Ele não teve categoria de base, mas está crescendo demais. A tendência é ele ficar cada vez melhor", finalizou.
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No último domingo, o atacante Luan, do Grêmio, "tocou o terror" e marcou duas vezes em cima do Internacional, comandando a histórica goleada por 5 a 0 sobre os colorados no Gre-Nal. Isso, porém, poderia nunca ter acontecido se, meses antes da partida, a diretoria do Inter tivesse dado mais atenção a um jovem atleta do interior de São Paulo que bateu às portas do Beira-Rio em busca de uma chance.
Segundo conta Alex Rocha, primeiro técnico de Luan em um projeto social de São José do Rio Preto, onde o jogador nasceu, e que depois viria a se tornar seu empresário, o atleta foi oferecido diversas vezes ao time colorado, que fez pouco caso do atacante de 22 anos.
Rocha, então, negociou com o Grêmio, que resolveu apostar na jovem revelação do pequeno Tanabi, que vinha de excelente Copa São Paulo com o América-SP. Não se arrependeu, já que hoje Luan lidera a "Bola de Ouro", prêmio da revista Placar e dos canais ESPN que é dado ao melhor jogador do Campeonato Brasileiro.
"Eu negociei por três semanas com o Internacional, estave tudo certo antes do Luan acertar com o Grêmio. O problema é que o Inter não quis apostar nele", revelou Alex, ao ESPN.com.br.
Algum tempo depois, bateu o arrependimento nos colorados.
"No dia em que ele fez aquele golaço na Libertadores, o diretor com quem eu conversei me ligou e falou: 'Não vai me dizer que esse Luan é aquele que você ofereceu?'. E eu respondi: 'Sim, é ele. Fiquei três semanas seguidas ligando no seu celular, mas você não atendeu'. Na hora da negociação, o diretor não deu a atenção devida", afirmou o empresário.
Procurado pela reportagem, Jorge Macedo, o diretor do Inter com quem Rocha diz ter negociado, nega que tenha se envolvido em qualquer tratativa por Luan.
Além da equipe do Beira-Rio, Alex Rocha diz que o atacante também foi desprezado por Corinthians, São Paulo e Goiás quando estava dando seus primeiros chutes.
"Em um amistoso contra o Corinthians, o coordenador da base até gostou dele, mas não quis. Disse que era muito magrinho", lembrou.
Ao São Paulo, o treinador pediu paciência para que Luan pudesse ganhar corpo, mas a equipe tricolor também não quis apostar.
"Eu o ofereci várias vezes para o São Paulo, mas não deram ouvidos. Depois que o Luan disputou a Copa São Paulo pelo América-SP, um diretor me chamou e perguntou se o Luan tinha bola pra ser titular do sub-20 do São Paulo. Eu falei: 'Hoje, ele não é titular, mas, se você o colocar para morar aqui no alojamento, com suplementação alimentar, e der a estrutura, em três anos você terá um novo Kaká, um camisa 10, no seu profissional'", disse.
O Grêmio, porém, não se importou com a magreza do menino de São José do Rio Preto, e resolveu colocá-lo em um programa que revolucionou a sua base chamado "Lapidar", com o ex-olheiro da Juventus, Júnior Chávare. O resultado, pouco mais de um ano depois, é notável, com Luan se destacando na equipe profissional do "Imortal".
"Todos os times com quem conversei sempre implicavam com a questão dele ser magrinho. O mérito foi do (diretor) Júnior Chávare [hoje no São Paulo], que comprou a briga no Grêmio e deixou o Luan seis meses só fazendo fortalecimento", recordou.
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"O Luan me ligava pedindo pra ir embora, porque só ficava na academia e não treinava com bola. Eu falava: 'Paciência, menino, sua hora vai chegar'. Aí quando o empréstimo dele estava para vencer, ele entrou em um jogo do sub-20 que o Grêmio estava perdendo por 2 a 0, fez dois gols, deu um passe e o time virou. Daí pra frente as coisas começaram a acontecer pra ele", narrou.
Alex Rocha, que conhece a promessa desde os tempos do projeto "Missão Resgate", em São José do Rio Preto, e dava carona de moto para Luan conseguir ir aos treinos, vê seu pupilo com capacidade para ir ainda mais longe.
O treinador diz que o atleta, quando criança e adolescente, era melhor no futsal do que no campo, mas está crescendo cada vez mais nos gramados.
"Na época do projeto, havia jogadores que prometiam muito mais do que ele, mas o Luan surpreendeu todo mundo, evoluiu muito rápido. Ele não teve categoria de base, mas está crescendo demais. A tendência é ele ficar cada vez melhor", finalizou.
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