Lucas Pratto fez três gols contra o São Paulo: Galo muito forte no ataque (Foto: Douglas Magno)
O Cruzeiro, bicampeão brasileiro em 2013 e 2014, teve o melhor ataque da competição nas duas edições, mas não a melhor defesa. Nos três anos anteriores, os títulos de Fluminense (2010 e 2012) e Corinthians (2011) foram referendados pelo contrário: melhor defesa, mas não o melhor ataque. É uma ambiguidade que desemboca também nos dois primeiros colocados da atual edição, encerrada a 16ª rodada: a força ofensiva do Atlético-MG contra a solidez defensiva do Corinthians.
O Galo, melhor ataque do Brasileirão (32 gols), arrisca. É mais ousado. É mais agressivo. É mais, no melhor sentido do termo, irresponsável. O Timão, melhor defesa (nove gols), joga a cartilha do equilíbrio. É cirúrgico, matemático (levou só um gol nos últimos sete jogos). Na comparação entre eles, há as duas filosofias - como se coração e razão competissem.
Cada qual com seu talento, eles se deram bem na rodada em que Ronaldinho Gaúcho estreou pelo Fluminense, outro que saiu por cima e se consolidou como terceiro colocado ao bater o Grêmio no Maracanã. O G-4 é complementado pelo Sport, já que o Palmeiras foi derrotado em casa pelo Atlético-PR.
O jogo em 140 caracteres
Ronaldinho Gaúcho atuou o tempo todo na estreia. Teve atuação apagada até começar a jogada do gol da vitória do Fluminense.
O Grêmio foi atrapalhado pela expulsão de Walace no começo do segundo tempo, depois de fazer primeira etapa equilibrada.
O Fluminense errou muitos passes na partida: 46, mais que o dobro do Grêmio. Foi Ronaldinho quem mais desperdiçou bolas: dez em 28.
A chegada de um jogador do tamanho de Ronaldinho em um time ajeitado costuma gerar dois questionamentos quase automáticos: primeiro, se ele pode atrapalhar essa estrutura; segundo, caso não a atrapalhe, o quanto pode melhorá-la. A estreia do craque pelo FLUMINENSE, contra uma das equipes mais organizadas do Brasil, deu indícios de que ele não vai atrapalhar. E de que, a partir daí, poderá melhorar a capacidade técnica do time - vide a participação no gol e o lindo passe para Magno Alves quase fazer mais um. Ronaldinho, porém, rendeu pouco enquanto o Grêmio esteve com o time completo, antes da expulsão de Walace. Melhorou quando teve mais espaços. E espaços serão raros.
Gre-Nal é um jogo mais propenso a ignorar contextos. De tão grande, é um clássico que parece se alimentar dele mesmo, como se tudo que o antecedeu não importasse. Por isso, a questão é saber o quanto a série de três jogos sem vitórias, pior sequência do GRÊMIO no Brasileirão, vai influenciar no Gre-Nal de domingo. A tendência é de que o momento ruim do Tricolor não tenha peso no clássico. Roger tem uma equipe equilibrada, pouco suscetível a grandes oscilações - o próprio jogo contra o Flu, até o momento da expulsão de Walace, mostrou isso. O porém: com um elenco limitado, qualquer ausência pesa forte, e será o caso do volante. Grohe, Giuliano e Marcelo Oliveira devem retornar no clássico.
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Walter foi a campo aos 14 minutos do segundo tempo. Aos 30, fez o gol da vitória do Atlético-PR em São Paulo.
O Palmeiras, que estava há oito jogos invicto (sete pelo Brasileiro), jogou mal. Não teve o volume que queria e chegou pouco ao gol.
O técnico Marcelo Oliveira ficou muito irritado com o gol do Atlético, por ser em lance de bola parada, com falha de Lucas.
O PALMEIRAS teve uma atuação fora da curva. O jogo, isolado, não tem poder para colocar dúvidas na sequência anterior da equipe - que vencia com propriedade, justificando o resultado com o rendimento. É natural que todos os times tenham um momento de queda em um campeonato tão longo, e talvez uma hora aconteça com o time de Marcelo Oliveira, mas não há sinais de que chegou esse momento. A derrota para o Furacão foi mérito do adversário e consequência de uma manhã ruim tecnicamente do time alviverde - Lucas falhou no gol, Dudu errou muito no ataque, Rafael Marques e Egídio estiveram abaixo no habitual. Olho na tabela: são dois jogos fora agora, contra Cruzeiro e Coritiba.
Quando o ATLÉTICO-PR despontou como um dos líderes do Brasileirão, nas primeiras rodadas, pairava aquele sentimento de que a primavera rubro-negra poderia não durar muito. E aí houve uma queda, e com ela aquela sensação de "eu já sabia". Sabia mesmo? Pois o Furacão está de volta. As três vitórias seguidas, em especial a deste domingo, contra um candidato ao título, sugerem que aquele começo de campeonato não foi exatamente ocasional. O time é mais eficiente do que cativante. De suas nove vitórias, sete foram por um gol de diferença. Joga ciente de suas limitações, explorando o que tem de mais forte: Otávio, dos melhores do campeonato, e Walter, autor do gol da vitória em São Paulo.
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Evandro fez o gol salvador do Coritiba no fim do jogo, seu terceiro em três partidas - a primeira como titular. É uma luz no fim do túnel.
Julinho Camargo acertou em cheio: mandou Liniker a campo no segundo tempo para deixar o time mais criativo, e foi dele o gol.
Não foi por falta de apoio que o Coritiba voltou a patinar. O jogo teve o maior público do Couto Pereira no ano: 27.032 (24.595 pagantes).
O CORITIBA não virou lanterna do Brasileiro por acaso. São sete rodadas sem vencer na competição, com apenas três gols marcados no período - e sete sofridos. Nesse intervalo, houve três igualdades por 0 a 0 - contra Figueirense, Ponte Preta e Joinville, o que dá uma ideia da mediocridade do time. É uma equipe com toda a pinta de rebaixamento: incapaz de se impor em casa, mesmo contra adversários fracos, e ainda pior fora (não venceu como visitante no campeonato ainda). O time precisa de algum sopro de novidade, e isso pode ser resumido na dualidade entre o rendimento do novato Evandro, autor de mais um gol salvador, e do veterano Lucio Flávio, pouco produtivo como meia e mais recuado.
Apesar de os resultados não acompanharem, há evolução gradativa no GOIÁS nos últimos jogos. O time foi dominador em boa parte dos duelos contra Flamengo e Coritiba. Nada espetacular, mas suficiente para dar alguma esperança de crescimento - e consequente fuga do rebaixamento. Aos poucos, Julinho Camargo vai dominando melhor o elenco - e, com isso, ganha capacidade de encontrar soluções, como mostrou ao mandar Liniker a campo e vê-lo logo fazer o gol esmeraldino. Erik voltou bem do Pan-Americano, e aí está uma boa notícia. O Goiás vai precisar dele. Contra o Coritiba, deveria ter vencido. Foi punido por exagerar no recuo depois de abrir 1 a 0.
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Foi o jogo mais fraco de Guerrero desde sua chegada ao Flamengo e o primeiro em que o time não venceu com ele em campo.
Lucas Lima foi o nome do jogo. Deslocou-se no segundo tempo, engoliu a marcação, fez um golaço e deu a assistência do outro.
A torcida do Flamengo tomou o Maracanã. Foi o maior público rubro-negro no Brasileirão: 61.421 presentes (51.749 pagantes).
A boa notícia para a torcida do FLAMENGO foi a capacidade de o time se virar bem ofensivamente mesmo em uma tarde discreta de Guerrero. Foram 22 finalizações, e os gols saíram de jogadores insistentes: Alan Patrick, que tentou três vezes, e Sheik, que arriscou seis. Mas permitir a reação adversária foi desanimador. O Santos fez uma mudança tática que desnorteou a marcação rubro-negra, e o técnico do Flamengo foi incapaz de resolver a questão. Pior: só fez duas substituições, sendo que a segunda aconteceu aos 49 do segundo tempo (sim, é isso mesmo). Isso resume bem o campeonato que o Fla faz: com limitações, equívocos e uma oscilação típica de equipes desequilibradas.
A simples capacidade de buscar o empate depois de sair perdendo por 2 a 0 já seria motivo para o torcedor do SANTOS ver evolução em sua equipe - assustadoramente apática no começo do campeonato. Mas não é só isso. Dorival Júnior também fez a equipe crescer taticamente, e o jogo no Maracanã evidenciou a evolução. Batido com facilidade no primeiro tempo, o Peixe voltou diferente na etapa final, no 4-1-4-1, com Marquinhos Gabriel e Lucas Lima mais livres para encarar a marcação. Partiu disso a busca da igualdade. Há pouco tempo, reação anímica e variação tática eram conceitos impensáveis no Santos. Isso abre um horizonte aos alvinegros em um campeonato que se mostrava tortuoso.
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Alisson, com duas defesas impressionantes, de absoluto reflexo, impediu que o Inter perdesse o jogo. Faz grande temporada.
D'Alessandro terminou o jogo claramente esgotado fisicamente. Ele errou um passe em cada seis que deu. E alçou 14 bolas na área.
A Chapecoense finalizou mais do que o Inter, mesmo jogando fora de casa: nove vezes, contra sete dos gaúchos.
E lá vai o INTER se remontar de novo no meio de um Brasileirão. Os dois empates sequenciais por 0 a 0 após a queda na Libertadores soam até irônicos em tempos em que os colorados precisam recuperar o ânimo. Parecem explicar o momento. Mas não é por falta de vontade que o Inter não ganha. Falta é bola. Diego Aguirre apostou em Anderson como substituto de Aránguiz, que quase implora para ser negociado, e o resultado foi péssimo: atrapalhou no ataque e deixou crateras na defesa - que só não viraram gol porque Alisson salvou. Não será ele a solução. Sasha e Valdivia conduziram o time em tarde fraca de D'Alessandro. Domingo tem Gre-Nal, e o Inter se mostra um time menos encaixado que seu rival.
A CHAPECOENSE, claro, é bem mais forte em casa do que fora. Mas é um time que parece pouco se importar com o tamanho do adversário ou o impacto da casa dele. Se jogar na lua, vai jogar como se fosse em um local qualquer. Tem personalidade - se não tivesse, não faria caminhada tão confortável nesse Brasileiro. A equipe catarinense encarou o Inter de frente no Beira-Rio, se mostrou novamente compacta, a ponto de saber explorar cirurgicamente os equívocos de posicionamento do adversário, e poderia ter vencido a partida - Alisson, goleiro do Inter, foi o nome do jogo. Não é novidade. No Beira-Rio, a Chape foi a Chape habitual do Brasileiro: organizada, comprometida e com personalidade.
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O jogo foi tenso, disputado, com possibilidades de lado a lado, até o Figueira dar os dois golpes finais aos 28 e 47 do segundo tempo.
Mesmo fora de casa, a Ponte Preta teve mais posse (54% a 46%) e finalizou mais (18 a 12), mas sem efetividade.
O Figueirense não vencia há quatro rodadas, situação que a Ponte conhece bem: agora são sete jogos de jejum.
Nos dois últimos jogos em casa no Brasileiro, contra Joinville e Coritiba, o FIGUEIRENSE somara só um ponto - perdera para o JEC, com gramado encharcado, e empatara com o Coxa, mas jogando melhor, parando no goleiro Wilson. A tabela cobra caro por isso e não liga para explicações - desta vez, não poderia haver bobeira. Contra uma equipe de seu nível, possível concorrente contra a queda, era preciso se impor. O time foi intenso, como seu treinador exige, e precisará ser assim sempre em casa se não quiser passar sustos. Clayton será ainda mais importante no returno. É a referência técnica ofensiva de uma equipe que apenas pela segunda vez no campeonato conseguiu fazer três gols.
São 16 rodadas completas, e a PONTE PRETA tem 19 pontos: 13 nos primeiros oito jogos, seis nos oito mais recentes. É notória a queda livre da Macaca no Brasileirão - uma queda que faz com que ela passe a lutar contra o rebaixamento. Era evidente o protagonismo de Renato Cajá no começo do campeonato - assim como é evidente a falta que ele faz agora. A equipe paulista vive seu pior momento no ano, e nada parece dar certo. Quando é dominada, caso dos duelos contra Atlético-MG e Joinville, não vence; quando tem controle ao menos parcial, como contra Inter e Figueira, também não ganha. Os dois próximos jogos são contra Flamengo e Avaí em casa. Vencer é uma necessidade.
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O Joinville deixou a lanterna do Brasileirão na estreia do técnico PC Gusmão. E deu sorte: o primeiro gol foi uma trapalhada do Avaí.
O JEC foi oportunista na partida. Venceu por 2 a 0 mesmo tendo apenas quatro finalizações no jogo.
Houve pênalti em Nino Paraíba, do Avaí, não assinalado pela arbitragem. Também ocorreu um lance duvidoso com André Lima.
Mais na empolgação do que na qualidade, o JOINVILLE pode ter iniciado uma reação no Brasileiro. Vencer um clássico regional justamente na estreia do treinador (PC Gusmão) dá uma sensação de esperança ao JEC. Interessante observar que metade dos 12 pontos conquistados pelo time no campeonato foi contra catarinenses (vitórias sobre Figueirense e Avaí; por outro lado, perdeu para a Chapecoense). É hora de se nacionalizar, e a chance de ouro está na próxima rodada. O Joinville vai visitar o Vasco e precisa ter em mente que seu adversário não está jogando melhor - portanto, que é possível vencer. O JEC já teve um problema forte de autoestima, e isso parece estar mudando.
O AVAÍ tem curva de rebaixado no Brasileirão. Dos últimos dez jogos, só venceu um, e isso inclui insucessos diante de concorrentes contra a queda - casos de Figueirense, Vasco e justamente do Joinville, seu algoz neste domingo. A fase é ruim, e nada dá certo - vide a besteira da defesa no primeiro gol do JEC, dado de presente ao adversário. Gilson Kleina, que deu boa resposta ao assumir um time em caos e conseguir fazê-lo melhorar, agora precisa provar que não atingiu seu limite. Os desafios do restante do turno são duros - incluem duelos com Flu e Corinthians, ambos do G-4. Por estar patinando contra equipes mais fracas, o Leão terá que se recuperar contra as mais fortes. O cenário é ruim.
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Hernane Brocador finalmente estreou pelo Sport. Foi a campo no segundo tempo. Deu seis passes, cinco corretos e um errado. Não finalizou.
O jogo não foi dos mais movimentados. Teve poucas chances de gol, apesar de bastante tempo de bola rolando: 61min44s.
Vanderlei Luxemburgo apostou em um esquema com três volantes de origem e conseguiu ter sucesso na neutralização ao adversário.
O otimista dirá que o SPORT tem quatro jogos de invencibilidade no Brasileirão. O pessimista lembrará que três desses jogos foram empates. E a realidade é que o Leão já tem seis pontos de afastamento para o líder do campeonato, mas segue no G-4. Para um time que já brigou com mais força pela ponta, o aproveitamento recente dos pernambucanos poderia ser melhor. Mas repare contra quem foi a série: Palmeiras, São Paulo, Grêmio e Cruzeiro. Não há muito do que reclamar. Ora jogando melhor, ora mostrando alguma fragilidade, o Sport faz campanha de regularidade. E o mais importante: evidencia que seguirá assim ao longo do returno, pois está à frente da maioria em organização.
Em um campeonato de mais decepções do que alegrias para o CRUZEIRO, o jogo contra o Sport ficou acima da média. Luxemburgo pode ter encontrado uma alternativa interessante para deixar a Raposa mais competitiva - especialmente fora de casa. Ao escalar três volantes (Willians, Charles e Henrique), deu compactação à equipe contra um dos melhores ataques do campeonato. É interessante a medida, visto que a equipe sofre poucos gols - seu problema é ofensivo. Não foi um gesto defensivo do treinador: foi uma tentativa de agrupamento, uma caça por alternativas, pensando no andamento da disputa. O ataque voltou a perder gols, porém. E, na prática, o resultado manteve o flerte com o Z-4.
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Renato Augusto, fundamental na campanha corintiana, fez seu primeiro gol no Campeonato Brasileiro - abrindo a vitória sobre o Vasco.
O Corinthians não é vice-líder por acaso: são seis vitórias e dois empates nos últimos oito jogos. E a melhor defesa: só nove gols sofridos.
A defesa, que parecia uma rara força do Vasco no ano, é a pior entre todos clubes das séries A à D: 29 gols, junto com o Mogi Mirim, da B.
Tite afirmou que depende de reforços a briga do CORINTHIANS pelo título brasileiro. Há lógica no raciocínio - afinal, saíram jogadores como Guerrero, Sheik, Fábio Santos e Petros. Mas há também modéstia na colocação. Porque o treinador deixa de lado um ponto central: que a principal figura segue lá - o próprio Tite. A vitória sobre o Vasco mostrou uma equipe madura, agressiva e plural - capaz de democratizar o protagonismo entre atletas como Elias, volante, e Renato Augusto, meia. É algo típico de Tite: encontrar soluções rápidas, como aconteceu no começo do ano, em um crescimento quase instantâneo ao retorno do técnico. Mas lá também houve uma queda, e o desafio agora é evitar que isso se repita.
O VASCO não dá esperanças. Quando o time arma uma estrutura mais ofensiva, como contra o Palmeiras, cede espaços e acaba goleado (4 a 1); quando tenta ser mais precavido, vide o duelo com o Corinthians, é esmagado na defesa e também apanha feio (3 a 0). Não é que o cobertor do Vasco seja curto: ele não existe. Não há uma base na qual a equipe possa se apegar para amenizar suas deficiências - não há uma qualidade que suavize os defeitos. E Celso Roth, que não é culpado por isso, tampouco encontra soluções. De quebra, a equipe escancara instabilidades: desmorona ao levar um gol (foi assim nos dois jogos) e não tem tranquilidade para aproveitar as chances que cria na frente.
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Lucas Pratto fez os três gols do Atlético e pulou para a vice-artilharia, com sete, ao lado de Pato, que fez o de honra do São Paulo.
O Galo fez três gols já no primeiro tempo, mas seu rival também foi agressivo no jogo. O São Paulo finalizou 13 vezes ao gol de Victor.
O Atlético deu quatro dias de folga para os líderes do Brasileirão (de quinta a domingo). Dátolo e Pratto foram para a Argentina.
A ousadia é uma das explicações para a liderança do ATLÉTICO-MG no Campeonato Brasileiro. É um time que topa correr riscos - a escalação, com menos apego a volantes, já indica isso. Ao agredir o São Paulo sabendo que também seria agredido, o Galo aceitou jogar o jogo - porque confia em suas qualidades. O time de Levir Culpi tem, com sobras, o melhor ataque do campeonato, mas não a melhor defesa. Dos primeiros colocados, também é o que menos empata. Justamente por isso: porque arrisca. Em uma competição na qual tanto se valorizam conceitos sóbrios, como regularidade e equilíbrio, um pouco de maluquice pode ser um diferencial. Galo Doido, afinal de contas.
O SÃO PAULO teve seis jogos contra equipes que no momento ocupam as primeiras oito colocações no Brasileiro - só falta o Corinthians, justamente seu próximo adversário. De 18 pontos contra eles, somou quatro. Teve uma vitória (Grêmio), um empate (Fluminense) e quatro derrotas (Palmeiras, Atlético-PR, Sport e Atlético-MG). Se não está melhor na tabela, é porque não soube enfrentar equipes com potencial parecido com o seu. Falta competitividade e capacidade de decisão ao Tricolor - um clube que historicamente teve esses predicados. O jogo contra o Galo foi exemplar disso. O São Paulo até conseguiu fazer um duelo equilibrado. Mas, na hora de decidir, não decidiu.
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