Roger atingia meta ao voltar ao Grêmio como técnico após se preparar (Foto: Lucas Uebel/Grêmio)
Ele quis ir além do óbvio, do simples. Alcançar a condição de técnico "apenas" com a vasta experiência adquirida como atleta multicampeão no Grêmio e nas passagens por Vissel Kobe, do Japão, e Fluminense? Nada disso. O ex-lateral-esquerdo e zagueiro Roger Machado queria mais. Seu desejo era se qualificar para, em um futuro próximo, ser um treinador. O mais completo possível.
A graduação em Educação Física veio em janeiro de 2013 na Faculdade Sogipa, de Porto Alegre, e com as melhores notas da turma quando já era auxiliar no Grêmio (função entre 2011 e o fim de 2013). Roger ainda fez curso de Gestão Esportiva e participou do Fórum Internacional de Futebol (Footecon) por dois anos. Sua mãe de criação, Augusta, sempre o incentivou a buscar cada vez mais conhecimento. Missão que Roger, o responsável por comandar o Tricolor gaúcho desde o dia 26 de maio, tem cumprido com louvor.
– A busca pelo conhecimento é algo constante para mim. Foi algo que foi fomentado desde muito cedo. Minha mãe de criação me ensinou que sempre temos que buscar conhecimento, porque conhecimento ninguém te toma, a não ser que corte tua cabeça fora. E isso eu passo para as minhas filhas também – destacou o treinador, em entrevista ao LANCE!.
Quando decidiu iniciar a graduação em Educação Física, no primeiro semestre de 2009, Roger foi questionado sobre o fato de "sair do mercado" durante quatro anos. Convicto de que tomava a melhor decisão, ele não se arrepende e, hoje, segue colhendo os frutos após ter iniciado como técnico no Juventude e ter passado pelo Novo Hamburgo antes de retornar ao Grêmio com novo status.
– Eu tinha que acumular conhecimento, entender de outro contexto que não a prática no campo. Tinha que ir para a academia buscar outro tipo de conhecimento. Muitas pessoas argumentavam que eu sairia do mercado. Mas acreditava que isso seria meu diferencial competitivo dentro da carreira que buscava – destacou Roger, antes de completar:
– Fiquei feliz por ter planejado e conseguido executar um plano de carreira confiando no meu projeto e imaginando que realmente vale a pena você se especializar, pois o mercado vai absorvê-lo. Associando a prática como ex-jogador (com os estudos) você se tornar mais completo.
ROGER MACHADO TÉCNICO? 'CULPA' É DE TITE
Roger sempre faz questão de destacar como surgiu a ideia de, no futuro, ser treinador. Tite, seu então técnico no Grêmio em 2001, percebeu que o comandado tinha qualidade para interpretar situações que norteiam o trabalho de um técnico. Ao entregar um disquete com um programa de análise tática, Tite contribuiria com o primeiro passo na formação do hoje colega de profissão.
– A partir daquele programa que comecei a brincar nas concentrações, fazer anotações e armar times. Foi assim que tomei gosto. Passei a projetar os passos que iria dar após a carreira (como atleta) e como buscar uma formação adequada para ser treinador. Esse momento foi o meu "start". Foi quando fui picado por esse mosquitinho (risos) – destacou Roger.
PEDIDO DE PRANCHETA NO JAPÃO
Após deixar o Grêmio, em 2003, Roger foi defender o Vissel Kobe e, no Japão, deu continuidade ao "início" na carreira de técnico enquanto ainda era atleta. Por conta própria, passou a analisar adversários e a visualizar formações táticas após solicitar uma prancheta do fornecedor de material esportivo do clube, um pedido visto como inusitado para um jogador. A curiosidade, claro, também ajudou, assim como nunca esquecer do ensinamento de Dona Augusta. Roger seguiu empilhando conhecimento.
– Minha experiência prática, como jogador, me deu um conhecimento muito grande, mas eu, Roger Machado, entendi que tinha que buscar outros conhecimentos. Acho que em outras profissões, todos os profissionais estão constantemente buscando também esse conhecimento. Por isso, procuro sempre estar me atualizando – disse Roger, para completar:
– O Brasil escreve muito pouco em relação a futebol. Lá fora é tudo muito mais lastro em relação a isso. Procuro comprar muitos livros, assistir muitos jogos e conversar com outros treinadores. Acho que isso é o mais legal, a troca de conhecimento e ensinamento, temos que nos ajudar.
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Ele quis ir além do óbvio, do simples. Alcançar a condição de técnico "apenas" com a vasta experiência adquirida como atleta multicampeão no Grêmio e nas passagens por Vissel Kobe, do Japão, e Fluminense? Nada disso. O ex-lateral-esquerdo e zagueiro Roger Machado queria mais. Seu desejo era se qualificar para, em um futuro próximo, ser um treinador. O mais completo possível.
A graduação em Educação Física veio em janeiro de 2013 na Faculdade Sogipa, de Porto Alegre, e com as melhores notas da turma quando já era auxiliar no Grêmio (função entre 2011 e o fim de 2013). Roger ainda fez curso de Gestão Esportiva e participou do Fórum Internacional de Futebol (Footecon) por dois anos. Sua mãe de criação, Augusta, sempre o incentivou a buscar cada vez mais conhecimento. Missão que Roger, o responsável por comandar o Tricolor gaúcho desde o dia 26 de maio, tem cumprido com louvor.
– A busca pelo conhecimento é algo constante para mim. Foi algo que foi fomentado desde muito cedo. Minha mãe de criação me ensinou que sempre temos que buscar conhecimento, porque conhecimento ninguém te toma, a não ser que corte tua cabeça fora. E isso eu passo para as minhas filhas também – destacou o treinador, em entrevista ao LANCE!.
Quando decidiu iniciar a graduação em Educação Física, no primeiro semestre de 2009, Roger foi questionado sobre o fato de "sair do mercado" durante quatro anos. Convicto de que tomava a melhor decisão, ele não se arrepende e, hoje, segue colhendo os frutos após ter iniciado como técnico no Juventude e ter passado pelo Novo Hamburgo antes de retornar ao Grêmio com novo status.
– Eu tinha que acumular conhecimento, entender de outro contexto que não a prática no campo. Tinha que ir para a academia buscar outro tipo de conhecimento. Muitas pessoas argumentavam que eu sairia do mercado. Mas acreditava que isso seria meu diferencial competitivo dentro da carreira que buscava – destacou Roger, antes de completar:
– Fiquei feliz por ter planejado e conseguido executar um plano de carreira confiando no meu projeto e imaginando que realmente vale a pena você se especializar, pois o mercado vai absorvê-lo. Associando a prática como ex-jogador (com os estudos) você se tornar mais completo.
ROGER MACHADO TÉCNICO? 'CULPA' É DE TITE
Roger sempre faz questão de destacar como surgiu a ideia de, no futuro, ser treinador. Tite, seu então técnico no Grêmio em 2001, percebeu que o comandado tinha qualidade para interpretar situações que norteiam o trabalho de um técnico. Ao entregar um disquete com um programa de análise tática, Tite contribuiria com o primeiro passo na formação do hoje colega de profissão.
– A partir daquele programa que comecei a brincar nas concentrações, fazer anotações e armar times. Foi assim que tomei gosto. Passei a projetar os passos que iria dar após a carreira (como atleta) e como buscar uma formação adequada para ser treinador. Esse momento foi o meu "start". Foi quando fui picado por esse mosquitinho (risos) – destacou Roger.
PEDIDO DE PRANCHETA NO JAPÃO
Após deixar o Grêmio, em 2003, Roger foi defender o Vissel Kobe e, no Japão, deu continuidade ao "início" na carreira de técnico enquanto ainda era atleta. Por conta própria, passou a analisar adversários e a visualizar formações táticas após solicitar uma prancheta do fornecedor de material esportivo do clube, um pedido visto como inusitado para um jogador. A curiosidade, claro, também ajudou, assim como nunca esquecer do ensinamento de Dona Augusta. Roger seguiu empilhando conhecimento.
– Minha experiência prática, como jogador, me deu um conhecimento muito grande, mas eu, Roger Machado, entendi que tinha que buscar outros conhecimentos. Acho que em outras profissões, todos os profissionais estão constantemente buscando também esse conhecimento. Por isso, procuro sempre estar me atualizando – disse Roger, para completar:
– O Brasil escreve muito pouco em relação a futebol. Lá fora é tudo muito mais lastro em relação a isso. Procuro comprar muitos livros, assistir muitos jogos e conversar com outros treinadores. Acho que isso é o mais legal, a troca de conhecimento e ensinamento, temos que nos ajudar.
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