Convocado constantemente para a seleção do Uruguai, Martín Silva viveu um pesadelo na goleada sofrida pelo Vasco, por 4 a 1, para o Palmeiras, no último domingo, em São Januário. O goleiro voltava ao time após dois meses de ausência devido à disputa da Copa América e à recuperação de uma lesão. E virou o vilão. No primeiro tempo, o Verdão já vencia por 3 a 0, e para muitos ele falhou nos três gols. Celso Roth não teve dúvidas em substituí-lo no intervalo. O uruguaio sequer foi relacionado para o jogo desta quarta-feira, contra o Corinthians. A substituição de goleiros é algo pouco comum no futebol, mas não inédito.
Outros casos entraram para a história, seja no futebol brasileiro ou pela América do Sul e Europa. Houve quem reagisse com ódio, partindo para cima do técnico, e quem reagisse com tristeza, chorando ao deixar o campo.
Ira de Jorge Villapando, do Jaguares
Taça Libertadores de 2011. O Junior Barranquilla, da Colômbia, recebia o Jaguares, do México. A partida valia vaga nas quartas de final. Depois de ter falhado no primeiro e no terceiro gols da equipe colombiana, o goleiro Jorge Villalpando, do Jaguares, foi substituído pelo técnico Jorge Cruz para a entrada de Villaseñor. Revolta foi a única reação do camisa 1 do time mexicano: tresloucado, ele simplesmente saiu do gol direto para o banco de reservas para brigar com o treinador. Acabou contido pelos colegas de equipe. Menos mal que o Jaguares arrancou empate por 3 a 3 e garantiu a classificação.
Pressão sobre Wellerson, do Fluminense
O Fluminense lutava contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro de 1997 e recebeu o América-RN nas Laranjeiras em 28 de setembro. O Tricolor vencia por 1 a 0 quando Wellerson tomou aquele frango em chute de longa distância de Wanderley. Os visitantes viraram a partida ainda na primeira etapa. Muito vaiado pela torcida, Wellerson não suportou e pediu para sair no intervalo. O goleiro chorou. E, para sair do estádio, precisou pegar carona... no carro da Polícia Militar. O América-RN venceu por 4 a 2, e a situação do Flu, que acabou caindo para a Série B, ficou desesperadora.
"Contusão" de Hiran, do Atlético-MG
Era a primeira partida da decisão do Campeonato Mineiro de 1998 entre Cruzeiro e Atlético-MG. Mineirão lotado. Foi no dia 7 de junho, e curiosamente os dois times estavam sem seus goleiros titulares - Taffarel, do Galo, e Dida, da Raposa, estavam com a Seleção na Copa do Mundo da França. Atuaram em seus lugares, respectivamente, Hiran e Paulo César. A equipe celeste partiu para cima e abriu logo o placar, num gol de Fabio Junior. Hiran ficou parado, não pulou para tentar defender. A primeira etapa terminou 3 a 1, e o goleiro do Galo teria alegado contusão para não prosseguir na segunda etapa. Acabou substituído por Emerson. O placar foi 3 a 2 para os cruzeirenses. Na partida seguinte, após empate por 0 a 0, sagraram-se tricampeões.
Choro de Javier García, do Boca Juniors
Javier Garcia, Boca Juniors X Tigres 2008 (Foto: Agência AP)
Mal no lance, Javier Garcia toma o gol e é sacado no Boca x Tigre de 2008 (Foto: Agência AP)
Nesse caso, houve final e choro. No fim de 2008, foi disputado um triangular final do Apertura, um dos campeonatos nacionais da Argentina. A última partida, dia 23 de dezembro, era Boca Juniors x Tigre, no El Cilindro, estádio do Racing. Aos 22 minutos do segundo tempo, Gimenez cruzou a bola na área sem muito perigo. O goleiro Javier García relutou e não saiu. Ficou parado. Leandro Lazzaro entrou e marcou aquele que acabou sendo o gol da vitória do Tigre.
Logo após o lance, García escondeu o rosto, mas não escondeu o choro. O técnico Carlos Ischia não teve dúvida em trocá-lo por Josué Ayala. Cabisbaixo, deixou o gramado e depois tentou justificar a falha alegando más condições físicas. O Boca perdeu o jogo mas levou o título no saldo de gols.
A chutada de balde de Júlio César, do vila nova
No Serra Dourada, 16 de setembro, o Vila Nova recebeu o Santo André pela Série C do Brasileiro de 2012. E os visitantes saíram na frente, abrindo 2 a 0 no placar. Foi assim que terminou o primeiro tempo e a passagem do goleiro Júlio César pelo clube. Não dá para dizer que o camisa 1 levou dois frangos, mas as duas bolas, principalmente a cobrança de falta de Bady no segundo gol, eram defensáveis. As vaias incomodaram o goleiro, que já estava insatisfeito com a diretoria. Não deu outra. Pediu para ser substituído, pegou as coisas e anunciou a saída do clube. Chutou o balde. O técnico Ney da Matta pôs Ruan, o time reagiu e chegou ao empate por 2 a 2.
muitas vaias para gustavo, do sport
Essa foi pela Série B de 2006. O Sport enfrentou o Paulista na Ilha do Retiro em 4 de agosto. Muito criticado em algumas rodadas, Gustavo acabou falhando num gol do Paulista e foi muito vaiado pela torcida. No intervalo, o técnico Dorival Júnior resolveu sacar o goleiro e colocou Magrão em campo. O Sport perdeu o jogo por 2 a 1. Mas no fim do ano acabou conquistando o vice-campeonato - atrás apenas do Atlético-MG - e o acesso à Série A.
haja frango de baruch, do concordia chijana
Israelense Idan Baruch falha em três gols e é eleito pior da Europa no ano (Foto: Reprodução)
O israelense Idan Baruch disputava a última rodada do Campeonato Romeno de 2012. Era sua segunda partida pelo Concordia Chijana, que enfrentava o Vaslui. A atuação do goleiro foi tão ruim, mas tão ruim, que ele acabou sendo eleito o pior da Europa por causa desse jogo. Ele simplesmente falhou em três gols.
No primeiro, tentou socar a bola. Socou o ar. No segundo, tentou agarrá-la e a viu deslizar entre as mãos. Depois, em cruzamento para a área, a bola passou ao seu lado. O que aconteceu? Gol. No intervalo, o técnico Laurentiu Reghecampf o retirou do time. Só que não tinha mais jeito. O time foi goleado por 4 a 0.
Tiro de meta fatal de carl ikeme, do Wolverhampton
Dia ingrato para Carl Ikeme, em Wolverhampton Wanderers X Bristol City (Foto: Getty Images)
Um tiro de meta polêmico. E fatal. Ainda mais num campeonato badalado com o Inglês, mesmo que pela segunda divisão. Ainda mais que Carl Ikeme, goleiro do Wolverhampton Wanderers, conseguiu a proeza de se atrapalhar com um companheiro na partida contra o Bristol City. Deu no quê? Gol contra.
Na cobrança, Ikeme passou a bola para David Davis - isso, David Davis. Sob marcação DD tentou devolver-lhe a bola. E aí foi gol contra. E por baixo das pernas. A trapalhada não custou a derrota. Os Wolves venceram por 2 a 1 e até se afastaram da lanterna. Mas Carl Ikeme saiu mais cedo. Foi sacado do time.
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Ira de Jorge Villapando, do Jaguares
Taça Libertadores de 2011. O Junior Barranquilla, da Colômbia, recebia o Jaguares, do México. A partida valia vaga nas quartas de final. Depois de ter falhado no primeiro e no terceiro gols da equipe colombiana, o goleiro Jorge Villalpando, do Jaguares, foi substituído pelo técnico Jorge Cruz para a entrada de Villaseñor. Revolta foi a única reação do camisa 1 do time mexicano: tresloucado, ele simplesmente saiu do gol direto para o banco de reservas para brigar com o treinador. Acabou contido pelos colegas de equipe. Menos mal que o Jaguares arrancou empate por 3 a 3 e garantiu a classificação.
Pressão sobre Wellerson, do Fluminense
O Fluminense lutava contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro de 1997 e recebeu o América-RN nas Laranjeiras em 28 de setembro. O Tricolor vencia por 1 a 0 quando Wellerson tomou aquele frango em chute de longa distância de Wanderley. Os visitantes viraram a partida ainda na primeira etapa. Muito vaiado pela torcida, Wellerson não suportou e pediu para sair no intervalo. O goleiro chorou. E, para sair do estádio, precisou pegar carona... no carro da Polícia Militar. O América-RN venceu por 4 a 2, e a situação do Flu, que acabou caindo para a Série B, ficou desesperadora.
"Contusão" de Hiran, do Atlético-MG
Era a primeira partida da decisão do Campeonato Mineiro de 1998 entre Cruzeiro e Atlético-MG. Mineirão lotado. Foi no dia 7 de junho, e curiosamente os dois times estavam sem seus goleiros titulares - Taffarel, do Galo, e Dida, da Raposa, estavam com a Seleção na Copa do Mundo da França. Atuaram em seus lugares, respectivamente, Hiran e Paulo César. A equipe celeste partiu para cima e abriu logo o placar, num gol de Fabio Junior. Hiran ficou parado, não pulou para tentar defender. A primeira etapa terminou 3 a 1, e o goleiro do Galo teria alegado contusão para não prosseguir na segunda etapa. Acabou substituído por Emerson. O placar foi 3 a 2 para os cruzeirenses. Na partida seguinte, após empate por 0 a 0, sagraram-se tricampeões.
Choro de Javier García, do Boca Juniors
Javier Garcia, Boca Juniors X Tigres 2008 (Foto: Agência AP)
Mal no lance, Javier Garcia toma o gol e é sacado no Boca x Tigre de 2008 (Foto: Agência AP)
Nesse caso, houve final e choro. No fim de 2008, foi disputado um triangular final do Apertura, um dos campeonatos nacionais da Argentina. A última partida, dia 23 de dezembro, era Boca Juniors x Tigre, no El Cilindro, estádio do Racing. Aos 22 minutos do segundo tempo, Gimenez cruzou a bola na área sem muito perigo. O goleiro Javier García relutou e não saiu. Ficou parado. Leandro Lazzaro entrou e marcou aquele que acabou sendo o gol da vitória do Tigre.
Logo após o lance, García escondeu o rosto, mas não escondeu o choro. O técnico Carlos Ischia não teve dúvida em trocá-lo por Josué Ayala. Cabisbaixo, deixou o gramado e depois tentou justificar a falha alegando más condições físicas. O Boca perdeu o jogo mas levou o título no saldo de gols.
A chutada de balde de Júlio César, do vila nova
No Serra Dourada, 16 de setembro, o Vila Nova recebeu o Santo André pela Série C do Brasileiro de 2012. E os visitantes saíram na frente, abrindo 2 a 0 no placar. Foi assim que terminou o primeiro tempo e a passagem do goleiro Júlio César pelo clube. Não dá para dizer que o camisa 1 levou dois frangos, mas as duas bolas, principalmente a cobrança de falta de Bady no segundo gol, eram defensáveis. As vaias incomodaram o goleiro, que já estava insatisfeito com a diretoria. Não deu outra. Pediu para ser substituído, pegou as coisas e anunciou a saída do clube. Chutou o balde. O técnico Ney da Matta pôs Ruan, o time reagiu e chegou ao empate por 2 a 2.
muitas vaias para gustavo, do sport
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