Roger comemora atuação e vitória: "Sabíamos que ia ser um jogo difícil"

Treinador destacou presença da torcida e pediu apoio para o jogo contra o Criciúma, na terça-feira


Fonte: Diário Gaúcho

Roger comemora atuação e vitória: Sabíamos que ia ser um jogo difícil
Foto: Lauro Alves / Agência RBS

Dez jogos, sete vitórias, um empate e aproveitamento de 73% desde que assumiu o time. Os números de Roger Machado no comando do Grêmio são cada vez melhores, e a vitória por 2 a 0 sobre o Vasco mostrou o trabalho do treinador gremista. Após a partida, ele fez questão de ressaltar que esperava um jogo difícil – e que, por isso mesmo, estudou o que fazer para superar a retranca do time carioca.

– Sabíamos que ia ser um jogo difícil, quebra-cabeça, de xadrez, pois sabíamos que o Vasco viria fechado. A gente ia ter que jogar pelos corredores, pelo lado, e foi assim que nasceu o primeiro gol.

Veja outras respostas de Roger sobre a vitória do Grêmio.

Sobre a transformação do time do Grêmio

Sempre vou tentar extrair o melhor e o máximo de cada jogador, individualmente e coletivamente. Esta é a minha função como treinador. Desejo que cada jogador do meu time seja a melhor versão de si mesmo, para que eles possam nos ajudar na plenitude. Isso se faz no dia a dia, estruturando os treinamentos, como foi hoje.

Gritos da torcida

Modéstia à parte, já tinha ouvido outras vezes. A década de 90 foi muito vitoriosa. Mas sempre é muito bom. E na terça, nos jogos em casa, eu quero mais, que o torcedor se comporte da mesma forma. Por vezes percebo o torcedor ansioso, mas peço calma: vamos criar sempre a melhor condição. Acreditem na nossa proposta, no nosso conceito, no que os jogadores estão fazendo em campo. A vitória vai ser sempre pra eles. Mas é sempre agradável ouvir seu nome gritado por 34 mil pessoas, vencendo uma partida.

Desempenho de Luan

Já falei bastante do posicionamento do Luan, o que eu entendo com relação a ele. Ele tem facilidade em jogar nas posições todas. Um jogador com a característica dele, de quase sempre vencer o primeiro combate, tem que jogar perto do gol. Ele recebe na entrelinha, nas costas da defesa, e abre seu mundo pra jogar. Mas tão importante quanto a atuação é a movimentação do Luan. O espaço que ele deixa está sendo usado: ora pelo Giuliano, ora pelo Douglas. É essa movimentação constante que permite desestruturar o adversário.

Importância do trabalho no intervalo

O que a gente tem como intervalo é muito curto. São 15 minutos, mas cinco que eles entram, tomam uma água, cinco minutos pra falar e depois eles voltam. Mas tenho a minha equipe, e a gente tem uma sintonia. Pela estrutura do nosso time e a estratégia do adversário, tentamos antecipar os problemas que teremos e as dificuldades em algumas partes do campo. Aí mostramos no intervalo para os atletas. Nossa dificuldade no primeiro tempo foi que não fizemos a bola entrar nos corredores. O Vasco fez um bloqueio baixo e, principalmente na primeira linha de criação, demoramos um pouco. A gente passa esse feedback, passa pontos importantes, sintetiza e passa pro atleta. Seria um jogo de paciência: o nosso gol sairia, mas era preciso ter paciência para buscar o gol.

Mudança de comportamento do Grêmio

Tenho consciência de que alterei a estrutura do time, usei meus conceitos e passamos a usar o que eu acredito no futebol. Resgatar a confiança do torcedor era uma das facetas que eu buscava. Joguei 10 anos aqui e sei o time que o torcedor quer ver em campo. Fui construindo isso no dia a dia com os atletas, para que o torcedor se identificasse com o time. É um resgate, mas isso tem que ser baseado no trabalho diário. É muito bom, mas por isso que peço que venham ainda mais torcedores, que nos apoiem, que entendam. Tenho que ser fiel às convicções que eu e minha comissão temos, e o torcedor tem que confiar que vamos sempre fazer o melhor.

Situação para nova competição

Posso descansar um pouco a cabeça, mas é difícil por, por mais que não se entre em campo, tem desgaste emocional muito grande. É difícil manter a concentração em duas competições, mas faz parte das minhas obrigações manter os jogadores motivados. É outra competição, muito importante, da qual já fui campeão muitas vezes. Cada jogo é uma decisão, é assim que o jogo pede, e a partir de amanhã (domingo) passamos a estudar: sento e vou debulhar toda e qualquer informação. Sobre o Galhardo e o Marcelo, este foi um pouco mais sério. Eles vão passar por avaliação. Hoje, pedi licença para os meus atletas para elogiar um atleta que fez uma grande atuação, o Erazo. Sentimos as ausências daqueles que jogam habitualmente, mas precisamos elogiar os jogadores que entram. Valorizar o coletivo, saber que estão prontos para nos ajudar.

Desgaste para o jogo contra o Criciúma

Dosando o treinamento, dando tempo maior de recuperação. Muitas vezes, a ideia tática será decidida sentado na cadeira, porque muitas vezes não podemos trabalhar o que queremos, para não desgastar o atleta. O treinamento de sábado pela manhã foi justamente dosando isso, com espaço reduzido, sem muito desgaste, cognitivo, para que eu tenha todo mundo nas melhores condições. É o que temos, com o calendário que temos, e dá para fazer. Criamos as nossas ferramentas para isso.

Atuação do Edinho e força do grupo

Evidente que temos (grupo). Essa declaração (de que não tínhamos grupo) não partiu da gente. Temos um grupo grande, jovem, mas com jogadores experientes. Meu trabalho como treinador é potencializar, extrair o máximo de cada um. Diariamente eu dou o treinamento igual para todos, pois todos precisam saber o que fazer quando entram em campo, e tem funcionado.

Experiência pessoal na Copa do Brasil

Talvez eu mostre os vídeos das quatro finais (risos)... É principalmente conscientizar o jogador de que é uma competição curta, que exige nível de concentração altíssimo, de que é um atalho menor que o Brasileiro e que você tem um título importante. Se começa por aí. O que tento fomentar nos atletas é o desejo de conquistar. Tento criar um ambiente vencedor, em que mais que levantar a taça é deixar um legado por onde você passa. É o que eu friso para eles: tu não constrói o futuro, mas o passado. É disso que tu vai se orgulhar na frente. Essa coesão de grupo que ultrapassa as linhas do campo e faz com que se criem grupos vitoriosos.



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