CBF definiu novos critérios para punir reclamações em 2015 Foto: Ricardo Duarte / Agencia RBS
A nova orientação para os árbitros punirem com cartão os jogadores que reclamam durante as partidas do Brasileirão resultou em um crescimento significativo no número de punições no campeonato deste ano em relação às três temporadas anteriores.
Em 2015, foram 131 amarelos e 10 vermelhos nas primeiras 11 rodadas. À mesma altura da competição entre 2012 e 2014, a média era de 44,3 amarelos e 2,3 vermelhos.
A terceira rodada deste ano foi a que registrou o maior número de punições — 20 amarelos e um vermelho. No levantamento, casos de recebimento de segundo cartão amarelo no jogo foram computados por Zero Hora como expulsão.
Para Sérgio Corrêa, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, havia a necessidade de uma medida drástica para reduzir o número e a intensidade das reclamações durante as partidas.
— Quando o doente está na UTI, o remédio é mais forte. À medida que ele vai melhorando, você dá um tratamento mais leve. A meta desse ano foi a cruzada pelo respeito. Havia um desrespeito generalizado. O árbitro é uma autoridade desportiva. Os jogadores eram treinados para que eles fossem para cima do árbitro em bloco para evitar punições, e isso foi admito pelo Juninho Pernambucano. Os torcedores, que são apaixonados, acabavam brigando. É um ciclo perigoso.
O aumento no número de cartões por reclamação não incomoda Sérgio Corrêa, que garantiu estar satisfeito com os resultados nas primeiras 11 rodadas.
— Tivemos 20 jogos com pelo menos 60 minutos de bola rolando nas primeiras 11 rodadas contra apenas cinco em 2014. Estamos muito felizes com os resultados. Não me preocupo com um ou dois jogadores de forma isolada. A grande maioria tem entendido e apoiado, assim como a própria imprensa. O jogador tem que jogar, o árbitro apita.
Ninguém levou mais cartões por reclamação do que o Inter no período. São 20 advertências e quatro expulsões por contestar decisões da arbitragem entre 2012 e 2015 — dos quais sete amarelos e um vermelho são de Andrés D'Alessandro.
A opinião dos especialistas
Leonardo Gaciba, TV Globo
"Ano passado, existia uma omissão muito grande. Os jogos estavam chatos. Cada falta marcada era um bolo de jogadores. Agora, alguns árbitros estão punindo com rigor excessivo. Alguns jogadores também não acharam um ponto correto em relação ao que se pode reclamar, o que é normal, e o que é passível em relação a cartão vermelho. Um exemplo é o caso do Anderson. Mas estamos com mais tempo de bola rolando. Tem menos bolinho, tem mais bola rolando. Se esse for o preço a se pagar, eu acredito que valha a pena. Como um todo, tem coisas a se acertar. Vários árbitros já foram punidos, tanto por excesso quanto por omissão. Eles saem da escala, mas essas punições não são divulgadas. Toda a mudança tem um peso até se conseguir achar o equilíbrio. Mas, em um contexto, acredito que venha sendo um movimento positivo".
Diori Vasconcelos, Rádio Gaúcha
"Antes, era muito ruim porque era de qualquer jeito. Agora, está muito ruim pelo rigor excessivo. A CBF quer promover uma mudança de cultura e está querendo fazer isso na marra. Quem não quiser, toma amarelo. Talvez o que falte seja uma mudança mais gradual. Não é na marra que a coisa se resolve. A CBF precisa buscar o contato com os clubes. Nenhum campeonato do mundo é tão rigoroso. É necessário separar o que é reação natural de jogo, reflexo de campo, de reclamação desrespeitosa. Senão, tudo o que é falado passa a ser punido. Aí tira a naturalidade do jogo. A CBF pode buscar um meio termo. A tendência é que a determinação fique mais natural com o passar do tempo".
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Em 2015, foram 131 amarelos e 10 vermelhos nas primeiras 11 rodadas. À mesma altura da competição entre 2012 e 2014, a média era de 44,3 amarelos e 2,3 vermelhos.
A terceira rodada deste ano foi a que registrou o maior número de punições — 20 amarelos e um vermelho. No levantamento, casos de recebimento de segundo cartão amarelo no jogo foram computados por Zero Hora como expulsão.
Para Sérgio Corrêa, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, havia a necessidade de uma medida drástica para reduzir o número e a intensidade das reclamações durante as partidas.
— Quando o doente está na UTI, o remédio é mais forte. À medida que ele vai melhorando, você dá um tratamento mais leve. A meta desse ano foi a cruzada pelo respeito. Havia um desrespeito generalizado. O árbitro é uma autoridade desportiva. Os jogadores eram treinados para que eles fossem para cima do árbitro em bloco para evitar punições, e isso foi admito pelo Juninho Pernambucano. Os torcedores, que são apaixonados, acabavam brigando. É um ciclo perigoso.
O aumento no número de cartões por reclamação não incomoda Sérgio Corrêa, que garantiu estar satisfeito com os resultados nas primeiras 11 rodadas.
— Tivemos 20 jogos com pelo menos 60 minutos de bola rolando nas primeiras 11 rodadas contra apenas cinco em 2014. Estamos muito felizes com os resultados. Não me preocupo com um ou dois jogadores de forma isolada. A grande maioria tem entendido e apoiado, assim como a própria imprensa. O jogador tem que jogar, o árbitro apita.
Ninguém levou mais cartões por reclamação do que o Inter no período. São 20 advertências e quatro expulsões por contestar decisões da arbitragem entre 2012 e 2015 — dos quais sete amarelos e um vermelho são de Andrés D'Alessandro.
A opinião dos especialistas
Leonardo Gaciba, TV Globo
"Ano passado, existia uma omissão muito grande. Os jogos estavam chatos. Cada falta marcada era um bolo de jogadores. Agora, alguns árbitros estão punindo com rigor excessivo. Alguns jogadores também não acharam um ponto correto em relação ao que se pode reclamar, o que é normal, e o que é passível em relação a cartão vermelho. Um exemplo é o caso do Anderson. Mas estamos com mais tempo de bola rolando. Tem menos bolinho, tem mais bola rolando. Se esse for o preço a se pagar, eu acredito que valha a pena. Como um todo, tem coisas a se acertar. Vários árbitros já foram punidos, tanto por excesso quanto por omissão. Eles saem da escala, mas essas punições não são divulgadas. Toda a mudança tem um peso até se conseguir achar o equilíbrio. Mas, em um contexto, acredito que venha sendo um movimento positivo".
Diori Vasconcelos, Rádio Gaúcha
"Antes, era muito ruim porque era de qualquer jeito. Agora, está muito ruim pelo rigor excessivo. A CBF quer promover uma mudança de cultura e está querendo fazer isso na marra. Quem não quiser, toma amarelo. Talvez o que falte seja uma mudança mais gradual. Não é na marra que a coisa se resolve. A CBF precisa buscar o contato com os clubes. Nenhum campeonato do mundo é tão rigoroso. É necessário separar o que é reação natural de jogo, reflexo de campo, de reclamação desrespeitosa. Senão, tudo o que é falado passa a ser punido. Aí tira a naturalidade do jogo. A CBF pode buscar um meio termo. A tendência é que a determinação fique mais natural com o passar do tempo".
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