Téo Gutiérrez, destaque colombiano do River, está na mira do Corinthians (Reprodução / Instagram)
Corinthians de olho em Teo Gutiérrez, Palmeiras à espera de Lucas Barrios, Osvaldo a caminho do Flu, Andrezinho já no Vasco... A caça por reforços no Brasileirão está aberta, e vêm do futebol internacional os principais sonhos de consumo dos grandes clubes brasileiros. Querer, no entanto, nem sempre é poder, e as estatísticas mostram um mercado mais movimentado por especulações do que por reforços confirmados em 2015. Reaberta no último dia 22, a janela de transferências para jogadores vindos do exterior é a que tem os piores números na década, e tem até o dia 21 de julho para mudar esta realidade.
Seja pela crise financeira que assola o Brasil, com a alta do dólar, ou por uma maior responsabilidade dos dirigentes, a verdade é que desde 2011 nunca tão poucos jogadores foram contratados fora do país. Contando apenas a janela de verão, os 422 atletas registrados na CBF representam queda significativa em relação aos 445 do ano passado. A melhor marca foi alcançada em 2013, com 528, seguido por 499 em 2011 e 490 na temporada seguinte. Em números absolutos, 2013 também apresenta a melhor marca, com 766, mas a diferença para o segundo colocado diminui: 753, em 2011. Para o mercado atual assumir o topo da tabela, será preciso contratar 344 nomes até 21 de julho, número inimaginável no panorama atual (confira a tabela abaixo).
Diretor de registros e transferências da CBF, Reynaldo Buzzoni aponta uma série de fatores que contribuem para o esfriamento no mercado. Além das transações muitas vezes ultrapassarem a capacidade financeira dos clubes, por conta da desvalorização da moeda brasileira, há o risco de sanções mais graves por compromissos não cumpridos, conforme prevê a MP do futebol a ser votada em Brasília:
– Esse novo cenário pode ser analisado por vários ângulos, que estão interligados. Temos uma nova realidade para investidores no futebol brasileiro. O dólar subiu. Há um ano, um salário de U$S 100 mil custava R$ 200 mil. Agora, custa R$ 300 mil. Também é importante destacar que os clubes precisam se adequar ao fair-play financeiro, que prevê a possibilidade de punição a quem atrasar o pagamento dos jogadores. Alguns gestores, inclusive, estão estabelecendo um teto salarial. O entendimento dos números de contratações envolve tudo isso - afirmou Buzzoni.
Apesar da queda significativa em relação a anos anteriores, os números da CBF apontam o Brasil como o país que mais registra atletas, representando 13% do mercado mundial em transferências internacionais. A marca é mais do que o dobro da Argentina, segunda colocada, com 6%. As estatísticas mostram ainda uma tendência de negociações com custo mínimo para os clubes, somente com os salários de reforços com vínculos encerrados com seus clubes. Muitos deles, por sinal, fazem o caminho de volta após experiências malsucedidas no exterior. Portugal, por exemplo, é o maior exportador, mas com 98% de brasileiros que voltam para casa.
O futebol europeu é ainda responsável por mais da metade dos jogadores que chegam ao país: 53% das transações, seguido por 25% da Ásia, 14% da América do Sul, 4,5% das Américas Central e do Norte, e somente 3,5% da África. Apesar do mercado sul-americano cada vez mais ser uma válvula de escape dos clubes, somente 12% dos contratados nas janelas não são brasileiros, com destaque para 3% de argentinos e 2% de uruguaios. Por fim, a média de idade dos reforços vindos do exterior é de 26,2 anos.
Autor de três gols pelo Paraguai na Copa América, Lucas Barrios trocou o futebol francês pelo Palmeiras (Foto: Reuters)
Números que ajudam a mostrar o cenário de um mercado que, mesmo em baixa, ainda surge como principal fonte de contratações de peso para equipes da Série A do Brasileirão. Seja para melhorar as estatísticas ou para reforçar o elenco, o tempo está correndo. Faltam 20 dias para os clubes se movimentarem. Depois, só ano que vem.
Confira outras estatísticas:
Reforços em fim de contrato
2011 – 536
2012 – 530
2013 – 552
2014 – 446
2015 – 294
Origem dos jogadores
53% - Europa
25% - Ásia
14 % - Conmebol
4,5% - Concacaf
3,5% - África
Nacionalidade
88% brasileiros
3% argentinos
2% uruguaios
7% de outras nacionalidades
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Seja pela crise financeira que assola o Brasil, com a alta do dólar, ou por uma maior responsabilidade dos dirigentes, a verdade é que desde 2011 nunca tão poucos jogadores foram contratados fora do país. Contando apenas a janela de verão, os 422 atletas registrados na CBF representam queda significativa em relação aos 445 do ano passado. A melhor marca foi alcançada em 2013, com 528, seguido por 499 em 2011 e 490 na temporada seguinte. Em números absolutos, 2013 também apresenta a melhor marca, com 766, mas a diferença para o segundo colocado diminui: 753, em 2011. Para o mercado atual assumir o topo da tabela, será preciso contratar 344 nomes até 21 de julho, número inimaginável no panorama atual (confira a tabela abaixo).
Diretor de registros e transferências da CBF, Reynaldo Buzzoni aponta uma série de fatores que contribuem para o esfriamento no mercado. Além das transações muitas vezes ultrapassarem a capacidade financeira dos clubes, por conta da desvalorização da moeda brasileira, há o risco de sanções mais graves por compromissos não cumpridos, conforme prevê a MP do futebol a ser votada em Brasília:
– Esse novo cenário pode ser analisado por vários ângulos, que estão interligados. Temos uma nova realidade para investidores no futebol brasileiro. O dólar subiu. Há um ano, um salário de U$S 100 mil custava R$ 200 mil. Agora, custa R$ 300 mil. Também é importante destacar que os clubes precisam se adequar ao fair-play financeiro, que prevê a possibilidade de punição a quem atrasar o pagamento dos jogadores. Alguns gestores, inclusive, estão estabelecendo um teto salarial. O entendimento dos números de contratações envolve tudo isso - afirmou Buzzoni.
Apesar da queda significativa em relação a anos anteriores, os números da CBF apontam o Brasil como o país que mais registra atletas, representando 13% do mercado mundial em transferências internacionais. A marca é mais do que o dobro da Argentina, segunda colocada, com 6%. As estatísticas mostram ainda uma tendência de negociações com custo mínimo para os clubes, somente com os salários de reforços com vínculos encerrados com seus clubes. Muitos deles, por sinal, fazem o caminho de volta após experiências malsucedidas no exterior. Portugal, por exemplo, é o maior exportador, mas com 98% de brasileiros que voltam para casa.
O futebol europeu é ainda responsável por mais da metade dos jogadores que chegam ao país: 53% das transações, seguido por 25% da Ásia, 14% da América do Sul, 4,5% das Américas Central e do Norte, e somente 3,5% da África. Apesar do mercado sul-americano cada vez mais ser uma válvula de escape dos clubes, somente 12% dos contratados nas janelas não são brasileiros, com destaque para 3% de argentinos e 2% de uruguaios. Por fim, a média de idade dos reforços vindos do exterior é de 26,2 anos.
Autor de três gols pelo Paraguai na Copa América, Lucas Barrios trocou o futebol francês pelo Palmeiras (Foto: Reuters)
Números que ajudam a mostrar o cenário de um mercado que, mesmo em baixa, ainda surge como principal fonte de contratações de peso para equipes da Série A do Brasileirão. Seja para melhorar as estatísticas ou para reforçar o elenco, o tempo está correndo. Faltam 20 dias para os clubes se movimentarem. Depois, só ano que vem.
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Reforços em fim de contrato
2011 – 536
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2014 – 446
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Origem dos jogadores
53% - Europa
25% - Ásia
14 % - Conmebol
4,5% - Concacaf
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Nacionalidade
88% brasileiros
3% argentinos
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