Devorador


Fonte: GloboEsporte

Devorador
Fazia anos que eu não via um Grêmio tão sedento da vitória. Não só neste jogo contra o Cruzeiro, mas em todos os últimos jogos. Melhor dizendo, desde que Roger assumiu o tricolor. Sim, todo time teoricamente quer vencer, mas esse time que vemos jogar agora parece dispor a vida pelo resultado. Corre incansavelmente, acredita, confia, luta. E, por causa do empenho, o futebol fica bonito de ver. A vontade se traduz no anseio pelo gol e este anseio é manifestado na velocidade. A velocidade é a aliada do Grêmio porque conseguiu, enfim, evidenciar os talentos do time e as qualidades de cada jogador.

Hoje, vimos um ataque que era uma verdadeira artilharia contra um paredão chamado Fábio. Às vezes, por falta de capricho nos arremates gremistas, noutras vezes o mérito era todo de um goleiro inspirado. Mas a verdade é que se não fosse ele, teríamos uma goleada na Arena.

É claro que o jogo não foi simples. Um time que se expõe em velocidade, com velocidade é contra-atacado. Além disso, tínhamos um adversário de muita qualidade que também queria muito a vitória. Eles também tiveram chances de abrir o placar, talvez até pudessem ter saído com o empate. No entanto não seria nada justo com um time que devora o oponente pelo gol. O Grêmio se tornou um time obstinado a vencer. Vencer o que for: uma dividida, uma jogada, uma corrida, um lance... o jogo. Apenas que não existe desistência. Nosso time não se rende.

E é claro que existem destaques individuais. Walace é um sopro de superioridade técnica e elegância. Ver ele jogar, nos traz sentimentos bons, como o cheiro do churrasco ao meio-dia de um domingo. E Luan? Ah, Luanzito! Tu sofres nos corações desesperados dos passionais torcedores mais instáveis emocionalmente do mundo! Tu és criticado, ó coitado. Mas tu deténs um futebol de extrema inteligência. SIM! EU GRIFO A TUA INTELIGÊNCIA, porque esta é tua principal qualidade. É superior à tua técnica, à tua velocidade. É essa a preciosidade que poucos conseguem enxergar.

Luan é a peça-chave de uma engrenagem toda (a qual falarei muito mais no próximo texto, então fique ligado!), é ele quem interpreta o jogo e abre espaços. Ele erra, é claro que sim. Mas é responsável direto pelos acertos. Embora eu queira destacar, aqui, que esse time vai além dos destaques individuais, sem dúvidas. Melhor dizendo, é uma equipe, que joga como tal, que evidencia o coletivo e que, por causa disso, todos os jogadores acabam se destacando positivamente, como resultado natural da intensidade de todos em campo.

Pode ser que ainda não seja o suficiente para ser campeão, mas é um time que honra a camisa, que se dedica inteiramente, sendo assim ideal para servir como base de um trabalho que Roger deve perpetuar por muitos anos. E mesmo que haja descrença em relação a título ou qualquer outra coisa, esse empenho dos jogadores precisa, sim, ser notado e evidenciado!

Ainda acredito que nos falta elenco para um campeonato desgastante como é o Brasileirão; nós precisamos, sim, de peças de reposição. No entanto, o meu desejo mesmo é que o presidente consiga manter os jovens, a base desse time. Se conseguir, não tenho dúvidas que o Grêmio nos dará muitas alegrias nos próximos anos.

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