Encontro Nacional Pela Paz no futebol teve Rubens Lopes em um dos debates (Foto:Brunno Dantas/TJRJ)
Magistrados, juristas, autoridades de todas as esferas públicas, dirigentes e representantes da imprensa tiveram uma sexta-feira repleta de discussões sobre o cenário atual da violência no futebol brasileiro. Responsabilidade dos clubes, atuação da Justiça Desportiva, funções do policiamento e do poder público foram debatidos no I Encontro Nacional pela Paz no Futebol, ocorrido na Escola de Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Emerj), órgão ligado ao Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).
Da reunião, a expectativa é a formular um documento com sugestões para melhorar o controle da violência, dentro e fora de campo. Para o Rio de Janeiro, um deles será o estabelecimento de uma delegacia especializada, algo que chegou a estar em discussão há quatro anos, mas foi substituído por outro projeto, como revelou o agora ex-comandante do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), o coronel João Fiorentini.
- Me fizeram uma consulta sobre isso há quatro anos, e criaram o Núcleo de Ação de Grandes Eventos. Outros estados têm a delegacia especializada e o Tribunal concorda que isso seria interessante. Pelo visto, farão essa proposta à Polícia Civil - disse Fiorentini, após um dos painéis de discussão, explicando as razões que recebeu na época para isso:
- Ela explicou que são diversos crimes cometidos pelas organizadas, como crimes de informática, entorpecentes, homicídios... Uma delegacia só não poderia atender, por isso ela criou esse pool de delegacias. Essa é uma questão da Polícia Civil.
Além da implantação de uma delegacia especializada, outras ideias foram discutidas, como o eficaz cadastro de torcidas, instalação de controle biométrico nos estádios, além do monitoramento constante das torcidas organizadas. Houve quem defendesse o fim das organizadas, mas não foi o caso do presidente da Ferj, Rubens Lopes.
- O conceito de torcida organizada e distorcido. Estamos falando de um grupo travestido de torcedores que disputam um monte de coisa.
Afirmo, sem medo de errar, que no Rio, no interior do estádio, a violência não existe. Todo tumulto que acontece é no trajeto ou no entorno - disse Rubinho, que também participou do encontro.
O curioso é que, sobre o local em que ocorrem os episódios de violência, o pensamento de Rubens Lopes foi igual ao do desafeto Peter Siemsen, presidente do Fluminense.
- Hoje, você não vê a violência dentro do estádio, você vê fora. Acho que o Gepe faz um trabalho importante, mas vivemos em uma sociedade com vários problemas, não só no futebol - disse Peter.
Mas o dirigente tricolor alfinetou o comportamento da Ferj no painel da discussão sobre a responsabilidade sobre os atos dos torcedores.
- A lei prevê essa função ao mandante. O papel da Federação é de aprovar o estadio, jamais definir que não tem mandante. A lei prevê o mandante, isso é ilegal. A ilegalidade está na Federação dizer que não tem mandante. Não pode eu querer jogar no Maracanã e a Federação dizer que vai ser em Volta Redonda, com duas torcidas viajando de ônibus. Aí eu não posso ser responsável - reclamou Peter.
O procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, deu a sugestão de que o clube possa responsabilizar judicialmente o torcedor baderneiro, caso o sofra alguma sanção ou prejuízo financeiro através das esferas desportivas.
Vários nomes envolvidos no futebol participaram, além de Peter e Rubinho. O deputado estadual Bebeto compareceu à abertura, o vice jurídico do Flamengo, Flávio Willeman, foi um dos debatedores, assim como o presidente do Vasco, Eurico Miranda. Entre os representantes da imprensa, Luiz Fernando Gomes, editor-chefe do LANCE!.
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- Me fizeram uma consulta sobre isso há quatro anos, e criaram o Núcleo de Ação de Grandes Eventos. Outros estados têm a delegacia especializada e o Tribunal concorda que isso seria interessante. Pelo visto, farão essa proposta à Polícia Civil - disse Fiorentini, após um dos painéis de discussão, explicando as razões que recebeu na época para isso:
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