Zebras da Copa América têm algo em comum: centroavantes 'brasileiros'


Fonte: ESPN

Zebras da Copa América têm algo em comum: centroavantes brasileiros
Paolo Guerrero e Marclo Moreno são os destaques de Peru e Bolívia na Copa América

As quartas de final da Copa América reúnem duas seleções que iniciaram a competição com descrédito. A desconfiança sobre Peru e Bolívia só não foi maior porque ambos os países possuem, em suas respectivas equipes titulares, dois camisas 9 de respeito que, no Brasil, foram multicampeões, goleadores e até se envolveram em algumas polêmicas com a própria torcida.

Paolo Guerrero sequer jogou em seu país natal profissionalmente. Após ser observado e aprovado pelo Bayern de Munique, da Alemanha, por onde jogou até 2006, foi contratado por outro time germânico: Hamburgo. Mas foi em solo verde e amarelo que o atacante se estabilizou profissionalmente.

Em 2012, ele chegou ao Corinthians após o título da Libertadores para ser o principal atacante na disputa do Mundial de Clubes da Fifa, ao final do ano, no Japão, e não decepcionou. Na semifinal, contra o Al-Ahli, do Egito, Guerrero marcou de cabeça o único gol do jogo, após cruzamento de trivela de Douglas. Da mesma forma veio a consagração na grande final. Contra o rico time do Chelsea, o peruano aproveitou rebote após chute espirrado de Danilo na defesa e, mesmo com três jogadores na linha do gol, colocou a bola no fundo das redes londrinas.

O título do mundo o colocou com status de craque do elenco alvinegro e, quando as coisas não iam bem em campo para o Corinthians, ele era um dos primeiros a serem cobrados. Em fevereiro de 2014, por exemplo, membros de uma organizada corintiana invadiram o CT Joaquim Grava para protestarem. Segundo relatos do então presidente Mário Gobbi, Guerrero foi inclusive esganado por um dos integrantes e chegou a pedir dispensa do jogo seguinte, contra a Ponte Preta.

Ainda neste ano, após a eliminação do Corinthians da Libertadores contra o Guaraní, do Paraguai, o centroavante foi criticado nas redes sociais. Na parte de comentários em uma de suas fotos, um torcedor o chamou de pipoqueiro, mercenário e filho da p... Guerrero não deixou por menos e respondeu a ofensa: "Te espero no CT, seu pau no c... Amanhã estarei pela tarde lá. Espero ver você e fale na minha cara", escreveu. Após 102 jogos, 38 gols e três títulos, Guerrero pediu aumento salarial acima dos padrões do time alvinegro, deixou o Parque São Jorge e acertou com o Flamengo, mesmo afirmando que não jogaria em outro clube no Brasil.

Nascido em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, Marcelo Moreno teve um pouco menos de destaque, mas também deixou sua marca com ótima passagem no Brasil. Com pai brasileiro, chegou com 17 anos ao Vitória, onde conquistou o Campeonato Baiano em 2005 e em 2007. Neste mesmo ano chegou na equipe pela qual viraria ídolo: o Cruzeiro. Após um ano e meio, conquistando o Campeonato Mineiro e a artilharia da Libertadores em 2008 com oito gols, Moreno se despediu da torcida celeste para atuar no Shakhtar Donetsk, mas mostrou que a Europa não era o lugar certo para sua carreira.

Até conquistou, em 2008-09, o título da extinta Copa da Uefa. O atacante, no entanto, não era primeira escolha do ataque do time ucraniano e sequer entrou em campo na final contra o Werder Bremen. Um ano depois, atuou pelo próprio time alemão por empréstimo e fez apenas 13 jogos. Em 2010, novo empréstimo, desta vez para o Wigan, da Inglaterra, onde atuou apenas 12 vezes e sequer marcou gols.

Sua volta ao futebol brasileiro foi de redenção. Contratado em definitivo pelo Grêmio, Moreno conseguiu jogar mais - 44 jogos e 12 tentos em dois anos. Em 2013, foi emprestado ao Flamengo, onde conquistou a Copa do Brasil, mas não teve o brilho esperado. Cogitado no Palmeiras para uma possível troca com o argentino Barcos, o pai e empresário do boliviano, Mauro Martins, polemizou ao detonar tanto a equipe alviverde paulista, como o time rubro-negro carioca.

"Ele tem de jogar numa equipe maior que o Grêmio, não menor. Fui jogador de futebol por 16 anos, e meu filho tem de subir na carreira. O Flamengo estava louco atrás dele, e agora está o Palmeiras. Tudo equipe fracassada", disse à época. A imagem do atacante ficou abalada graças ao episódio, mas não evitou com que o Cruzeiro apostasse em seu retorno em 2014. Com ele de titular, o time celeste se sagrou bicampeão brasileiro, campeonato o qual foi às redes 15 vezes e teve grande parcela de contribuição pelo título.

Nesta quinta-feira, Paolo Guerrero e Marcelo Moreno se encontram pelas quartas de final da Copa América, às 20h30 (de Brasília), em Temuco, e tentam transformar um jogo desinteressante, em princípio, num grande duelo de camisas nove.

FICHA TÉCNICA:
BOLÍVIA X PERU

Local: Estádio Germán Becker, em Temuco (Chile)
Data: 25 de junho de 2015 (Quinta-feira)
Horário: 20h30(de Brasília)
Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia)
Assistentes: Alexander Guzmán (Colômbia) e Cristian de la Cruz (Colômbia)

BOLÍVIA: Romel Quiñónez, Edemir Rodríguez, Ronald Raldes, Cristian Coimbra e Leonel Morales; Alejandro Chumacero, Walter Veizaga, Ricardo Pedriel, Pablo Escobar e Martin Smedberg; Marcelo Moreno. Técnico: Mauricio Soria

PERU: Pedro Gallese, Luis Advíncula, Carlos Zambrano, Carlos Ascues e Juan Vargas; Paolo Hurtado, Joel Sánchez, Edwin Retamoso e Christian Cueva; Jefferson Farfán e Paolo Guerrero. Técnico: Ricardo Gareca

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