A perfeição, no futebol, é um conceito que se permite uma licença poética. Para ser perfeito, o time não precisa necessariamente ganhar todos os jogos, não errar passes, encantar o mundo. A perfeição, no futebol, pode vir em forma de duas palavras: tríplice coroa.
Um feito que Barcelona e Juventus poderiam alcançar. Mais do que uma taça, era a perfeição que estava em jogo.
Na noite de sábado, no Estádio Olímpico de Berlim, o Barcelona da temporada 2014-15 atingiu a perfeição: venceu a Juventus por 3 a 1 e conquistou o título da Champions League, somando a taça continental às da Liga Espanhola e da Copa do Rei.
Uma perfeição que não se desenhou sem derrotas - pelo contrário, que se construiu a partir delas -, mas que, neste sábado, viveu de poucos passes errados e, mais uma vez, encantou o mundo. Suárez e Rakitic marcaram os gols; Morata fez o gol italiano.
A torcida da Juventus, que cantou pelos quatro cantos de Berlim às vésperas do jogo, dividiu o estádio com os rivais, mas era mais apática antes do início do jogo. Uma preocupação que se justificou logo.
Neymar recebeu a primeira bola aos 2 minutos. Messi, aos 3. Na primeira em jogada em que ambos participaram, o Barcelona abriu o placar. Messi recebeu no meio, virou o jogo para Jordi Alba, que tabelou com Neymar; o brasileiro viu Iniesta entrando na área, e o espanhol - com a calma que costuma ter nesses momentos decisivos - tocou para o meio.
Ivan Rakitic, de primeira, fez 1 a 0. Na primeira jogada de Messi, e sem que Luis Suárez tivesse participado do jogo.
A torcida do Barcelona explodia no estádio com seus gritos tradicionais. "I si tots animem, guanyarem", cantava a parte azul e grená do estádio. Se todos torcerem, ganharemos. E todos torciam.
O time catalão dominava a posse de bola e o jogo. O segundo gol poderia ter saído com Neymar, que não alcançou um lançamento de Neymar; ou com Daniel Alves, parado por uma defesa mágica do lendário goleiro Gianluigi Buffon; Suárez também teve chances, duas, mas a falta de pontaria - e mais uma vez Buffon - impediram que o placar aumentasse.
A Juventus, entre apática e assustada, tentava pressionar no campo de ataque para tentar provocar erros da defesa azul e grená. Foi assim que Marchisio, Vidal e Morata criaram boas chances; os três chutaram para fora, e a primeira etapa terminou com vantagem mínima para os catalães.
O segundo tempo começou com o Barcelona novamente no ataque. E com Suárez, mais uma vez, perdendo boas oportunidades de marcar - de novo, parando em Buffon e errando a pontaria na hora de concluir.
Mas, para um time que quer chegar à perfeição, errar demais pode custar caro. E o Barcelona errou aos 9 minutos, quando Tévez recebeu dentro da área. O argentino chutou no canto esquerdo de Ter Stegen, e o goleiro defendeu bem; mas, no rebote, Alvaro Morata - ex-jogador do Real Madrid - empurrou para o gol.
A Juventus empatava, a torcida renascia e o título da Champions League estava mais aberto do que nunca. Foi assim durante dez minutos, em que o time italiano teve o comando do jogo e poderia ter conseguido, ele sim, o caminho para sua tríplice coroa.
Só que, aos 22 minutos, Lionel Messi acordou. O argentino, ora desatento, ora ausente, apareceu em uma de suas arrancadas pelo meio. O chute parou em Buffon, mas Suárez, no rebote, aproveitou para fazer o 2 a 1.
Três minutos depois, o Barcelona chegou a marcar pela terceira vez. Mas a cabeçada de Neymar tocou na mão do brasileiro antes de entrar. O árbitro Cuneyt Çakir, auxiliado por um dos árbitros de linha de fundo, anulou a jogada.
O Barcelona ainda desperdiçou uma boa chance com o zagueiro Gerard Piqué, que falhou na conclusão.
Mas o terceiro gol, àquela altura, era supérfluo. Bastava frear o ataque da Juventus para o time catalão comemorar seu quinto título no maior torneio interclubes europeu. E o Barcelona freou. Com Ter Stegen, com Mascherano, com Busquets, Piqué, e até com os atacantes, marcando como se fossem zagueiros.
O título, com todo o sofrimento dos minutos finais, é a consagração de um time que entra para a história por seu supertrio de ataque - com os gols de Luis Suárez e Neymar, chegou a 122 gols.
Mas também por um meio-campo que conseguiu dinamizar um estilo de jogo que já era visado pelos rivais; por um treinador que conseguiu tirar o melhor de seus craques, mesmo que jamais tenha tido a melhor das relações com nenhum deles.
Afinal, a perfeição no futebol admite sua licença poética. E o Barcelona, mesmo com todas as suas imperfeições, termina a temporada 2014-15 como um time que ganhou tudo. E que, se não foi invencível durante toda o tempo, foi perfeito quando precisava ser.
FICHA TÉCNICA
JUVENTUS 1X3 BARCELONA
Final da Liga dos Campeões da Europa
Local: Estádio Olímpico de Berlim, na Alemanha
Data: 6 de junho de 2015 (sábado)
Árbitro: Cuneyt Cakir (TUR)
Assistentes: Bahattin Duran e Tarik Ongun (ambos TUR)
Cartões amarelos: Arturo Vidal, Paul Pogba (Juventus)
Juventus: Buffon; Lichtsteiner, Bonucci, Barzagli e Evra; Pirlo, Pogba, Marchisio e Vidal; Morata e Tévez. Técnico: Massimiliano Allegri.
Barcelona: Ter-Stegen; Daniel Alves, Piqué, Mascherano e Alba; Busquets, Rakitic e Iniesta; Luis Suárez, Messi e Neymar. Técnico: Luis Enrique.
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Uma perfeição que não se desenhou sem derrotas - pelo contrário, que se construiu a partir delas -, mas que, neste sábado, viveu de poucos passes errados e, mais uma vez, encantou o mundo. Suárez e Rakitic marcaram os gols; Morata fez o gol italiano.
A torcida da Juventus, que cantou pelos quatro cantos de Berlim às vésperas do jogo, dividiu o estádio com os rivais, mas era mais apática antes do início do jogo. Uma preocupação que se justificou logo.
Neymar recebeu a primeira bola aos 2 minutos. Messi, aos 3. Na primeira em jogada em que ambos participaram, o Barcelona abriu o placar. Messi recebeu no meio, virou o jogo para Jordi Alba, que tabelou com Neymar; o brasileiro viu Iniesta entrando na área, e o espanhol - com a calma que costuma ter nesses momentos decisivos - tocou para o meio.
Ivan Rakitic, de primeira, fez 1 a 0. Na primeira jogada de Messi, e sem que Luis Suárez tivesse participado do jogo.
A torcida do Barcelona explodia no estádio com seus gritos tradicionais. "I si tots animem, guanyarem", cantava a parte azul e grená do estádio. Se todos torcerem, ganharemos. E todos torciam.
O time catalão dominava a posse de bola e o jogo. O segundo gol poderia ter saído com Neymar, que não alcançou um lançamento de Neymar; ou com Daniel Alves, parado por uma defesa mágica do lendário goleiro Gianluigi Buffon; Suárez também teve chances, duas, mas a falta de pontaria - e mais uma vez Buffon - impediram que o placar aumentasse.
A Juventus, entre apática e assustada, tentava pressionar no campo de ataque para tentar provocar erros da defesa azul e grená. Foi assim que Marchisio, Vidal e Morata criaram boas chances; os três chutaram para fora, e a primeira etapa terminou com vantagem mínima para os catalães.
O segundo tempo começou com o Barcelona novamente no ataque. E com Suárez, mais uma vez, perdendo boas oportunidades de marcar - de novo, parando em Buffon e errando a pontaria na hora de concluir.
Mas, para um time que quer chegar à perfeição, errar demais pode custar caro. E o Barcelona errou aos 9 minutos, quando Tévez recebeu dentro da área. O argentino chutou no canto esquerdo de Ter Stegen, e o goleiro defendeu bem; mas, no rebote, Alvaro Morata - ex-jogador do Real Madrid - empurrou para o gol.
A Juventus empatava, a torcida renascia e o título da Champions League estava mais aberto do que nunca. Foi assim durante dez minutos, em que o time italiano teve o comando do jogo e poderia ter conseguido, ele sim, o caminho para sua tríplice coroa.
Só que, aos 22 minutos, Lionel Messi acordou. O argentino, ora desatento, ora ausente, apareceu em uma de suas arrancadas pelo meio. O chute parou em Buffon, mas Suárez, no rebote, aproveitou para fazer o 2 a 1.
Três minutos depois, o Barcelona chegou a marcar pela terceira vez. Mas a cabeçada de Neymar tocou na mão do brasileiro antes de entrar. O árbitro Cuneyt Çakir, auxiliado por um dos árbitros de linha de fundo, anulou a jogada.
O Barcelona ainda desperdiçou uma boa chance com o zagueiro Gerard Piqué, que falhou na conclusão.
Mas o terceiro gol, àquela altura, era supérfluo. Bastava frear o ataque da Juventus para o time catalão comemorar seu quinto título no maior torneio interclubes europeu. E o Barcelona freou. Com Ter Stegen, com Mascherano, com Busquets, Piqué, e até com os atacantes, marcando como se fossem zagueiros.
O título, com todo o sofrimento dos minutos finais, é a consagração de um time que entra para a história por seu supertrio de ataque - com os gols de Luis Suárez e Neymar, chegou a 122 gols.
Mas também por um meio-campo que conseguiu dinamizar um estilo de jogo que já era visado pelos rivais; por um treinador que conseguiu tirar o melhor de seus craques, mesmo que jamais tenha tido a melhor das relações com nenhum deles.
Afinal, a perfeição no futebol admite sua licença poética. E o Barcelona, mesmo com todas as suas imperfeições, termina a temporada 2014-15 como um time que ganhou tudo. E que, se não foi invencível durante toda o tempo, foi perfeito quando precisava ser.
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Juventus: Buffon; Lichtsteiner, Bonucci, Barzagli e Evra; Pirlo, Pogba, Marchisio e Vidal; Morata e Tévez. Técnico: Massimiliano Allegri.
Barcelona: Ter-Stegen; Daniel Alves, Piqué, Mascherano e Alba; Busquets, Rakitic e Iniesta; Luis Suárez, Messi e Neymar. Técnico: Luis Enrique.
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