Coluna do Cacalo: a dança dos técnicos no Brasileirão

Foto: Fernando Gomes / Agencia RBS

É impressionante o que acontece com a dança dos técnicos no Brasileirão. Foram disputadas tão somente cinco rodadas, e o número de treinadores que deixaram seus cargos supera a quantidade de jogos disputados pelos times brasileiros. E me refiro a profissionais de qualidade, com grife, como é o caso de Felipão, Marcelo Oliveira e Vanderlei Luxemburgo, só para citar os mais conhecidos.

Tenho para mim que, na grande maioria dos casos em que ocorrem essas demissões, a responsabilidade isolada por maus resultados não pertence tão somente aos técnicos. Eventualmente, um ou outro pode estar fazendo um mau trabalho, mas, inegavelmente, em muitos casos, ele também não tem como ser milagreiro.

Há casos em que sofre com a carência de jogadores para formar um time competitivo. Outro obstáculo é o pouco tempo para desenvolver um trabalho na maior parte das vezes. O que se pode discutir sobre a qualidade do profissional é quando, após longo tempo de trabalho, os resultados não sejam satisfatórios e torna-se imperioso, a mudança do comando técnico.

Toyota Cup

Falta no futebol brasileiro uma competente avaliação de quem dirige sobre a real capacidade dos técnicos e das pressões que recaem sobre esse profissional. Às vezes, eles se tornam incapazes de reagir diante de maus resultados.

Mudando o tema, chama a atenção a mudança de postura de muitos gremistas que costumam enviar mensagens para a coluna (e nos últimos dias elas quase atingiram uma centena) quanto ao orgulho com que se dizem campeão do mundo pela Toyota Cup. Finalmente, houve um reconhecimento definitivo da legitimidade, da lisura e da seriedade da Toyota Cup conquistada pelo Grêmio.

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