Gre-Nais decisivos #2: os chutaços de Valdomiro e Catimba que valem taças

Segunda parte da série ingressa nos anos 1970 e relembra um título de cada rival; finais de Gauchão em Gre-Nal estão empatadas em 12 a 12 têm tira-teima histórico


Fonte: Globo Esporte

Gre-Nais decisivos #2: os chutaços de Valdomiro e Catimba que valem taças
Todos devem conhecer a expressão "pegar na veia". É quando o pé encontra a face perfeita da bola (ou vice-versa) e o único destino dela vira estufar as redes do adversário. Todos conhecem, mas colocar em prática são outros quinhentos. Perícia inerente aos grandes jogadores. Aos grandes jogos. A Valdomiro e André Catimba, personagens de dois Gre-Nais que decidiram os Gauchões de 1974 e 1977, respectivamente, para Inter e Grêmio.

Trata-se do segundo capítulo da série do GloboEsporte.com que irá relembrar, em 12 partes, os Gre-Nais que decidiram os campeões gaúchos de 24 edições do torneio, como ocorrerá nos próximos dois domingos, em que haverá o desempate, o tira-teima (a conta está em 12 a 12) - o critério adotado na pesquisa considera clássicos que decidiram o campeão. Não precisa ser necessariamente uma final em mata-mata, mas a última rodada de um hexagonal, por exemplo. Os números são da pesquisa de Gustavo Manhago, chefe de redação de Esportes da RBS TV.

O INCRÍVEL MANGA E O FOGUETE DE VALDOMIRO

Valdomiro pega de primeira e marca golaço em 1974 no Beira-Rio (Foto: Reprodução)

Que ano o de 1974. O Rio Grande do Sul perdera o seu campeão do mundo Everaldo. Quatro anos após o Tri na Copa do México, o lateral-esquerdo foi vítima de um acidente de carro. No mesmo dia em que o goleiro do Inter Manga fora vazado após invencibilidade de mais de mil minutos no Gauchão. Vazar Manga foi o que o Grêmio não conseguiu fazer no Gre-Nal decisivo de 1º dezembro de 1974. As equipes chegaram iguais em pontos à última rodada. Era vencer ou vencer.

O Inter tentava o hexa. Mas o Grêmio jogava melhor. Os dedos tortos e monstruosos do goleiro brasileiro de sotaque espanhol, no entanto, se multiplicavam. O Inter foi mais efetivo. Ancheta afastou mal cruzamento no segundo tempo e Valdomiro, de reserva criticado a atleta com maior número de jogos na história do Colorado, soltou um foguete difícil de ver até em câmera lenta.

O zagueiro uruguaio não se conformava. O ponteiro vermelho exultava. Faltava apenas um título para igualar a maior série gremista, o hepta.

CATIMBA CHUTA CERTO, MAS SALTA ERRADO



Por falar em série invicta... Em 1977, o Inter já era octa. E queria ser campeão gaúcho pela nona vez consecutiva. A estima tricolor estava em frangalhos. A reconquista começou a tomar forma em 1976, com a contratação de Telê Santana. A ideia era conceber uma equipe experiente, capaz de mesclar raça e técnica. Uma equipe com o poder de desbancar o Inter. Telê manteve nomes como Ancheta, Yura e Tarciso. Do Flamengo, surgiu o cerebral Tadeu Ricci. De Minas Gerais, o ainda jovem Éder trazia o seu chute potente.

O último a chegar ao grupo é, hoje, o primeiro a ser lembrado. André Catimba deixou o Guarani para fazer um dos gols mais importantes da história do Grêmio. Tarciso havia desperdiçado um pênalti no início do jogo. Mas Yura, o Passarinho, deu asas a Catimba, que invadiu a área, aos 42 minutos daquele 25 de setembro de 1977, e surpreendeu o goleiro ao chutar alto, com o pé direito, fatal. O Grêmio, que jogava pelo empate, poderia enfim sair da fila. Já Catimba foi direto para o hospital. Não sem antes, saltar rumo à história.

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