Maurício Saraiva: Uma ideia de fazer futebol une a dupla Gre-Nal


Fonte: Globo Esporte

Maurício Saraiva: Uma ideia de fazer futebol une a dupla Gre-Nal
Foto: Lucas Uebel
?Pelo que se houve falar dos ?dirigentes de Grêmio e Inter, eles coincidem sensatamente num ponto importante do fazer futebol de alto rendimento. Se for para trazer jogador mediano, cuja resposta é uma loteria, não faça o negócio.

O risco é alto de criar um teto para um jogador feito em casa que poderia, caso tivesse chance, dar resposta igual ou superior ao contratado. Os melhores times da história do futebol brasileiro sempre tiveram o harmônico casamento entre jogadores experientes e jovens, desde que todos eles com qualidade técnica e ou física para compor uma ideia coletiva de time.

Do Flamengo de 81 ao Inter de 76, dois dos maiores expoentes do cenário brasileiro, a mistura trazia Paulo Roberto Falcão com Figueroa, Manga com Cláudio Duarte, Caçapava com Lula, Raul com Leandro, Lico com Adílio, Nunes com Zico. Avance para o Palmeiras dos anos 90, o Grêmio de 2001 e o Corínthians campeão do mundo de 2000 e verá mistura parecida. O que varia é a dosagem de cascudos vindos do mercado e emergentes talentosos feitos em casa.

As entrevistas dos dirigentes de Grêmio e Inter levam a esta boa conclusão para 2021. O Grêmio tem mais bala do que o Inter para ir ao mercado, mas ainda assim não se aventurará a loucuras que fizeram o Cruzeiro chegar onde chegou, no pior sentido da expressão.



O Inter, então, cuja situação financeira é menos sólida do que a do rival, acertou a mão em Palacios, pedido expresso do treinador, que tem planos para o jovem chileno. Outras posições demandariam reforço no grupo, mas seriam jogadores raros e caros.

Se não houver o tal negócio de ocasião, melhor ir adiante com o que tem na casa. Um bom elenco. Não curto, como pretextou Coudet para ir embora do Inter, nem do nível de Flamengo, Atlético-MG ou Palmeiras. Neste contexto, Grêmio e Inter são candidatos aos principais títulos da temporada. Quanto mais consigam encontrar peças no elenco ou no mercado, tanto mais cresce a candidatura.

O desafio dos dirigentes é praticar a palavra dada. Lá pelas tantas, resultados ruins podem levá-los a uma resposta precipitada para satisfazer as redes sociais enfurecidas e desce no aeroporto um jogador que é contratação, não reforço. Vai demandar convicção dos comandantes que não cometam aventuras.





Grêmio, Opinião, Maurício Saraiva

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28/12/2025