Já havia escrito em alguns textos acerca da crise moral que vive o futebol. Escrevi sobre a imoralidade das decisões do STJD, a imoralidade dos jogadores mercenários e também a respeito da imoralidade da arbitragem tendenciosa. No Gauchão, a crise moral afeta, também, a federação.
Neste ano, presenciamos jogos tensos, de fortes críticas à arbitragem e confusão nas arquibancadas. Na última semana, durante a partida entre Brasil de Pelotas e Inter, o jogo ficou parado 45 minutos por confusão da torcida. Os ânimos estavam acirrados na arquibancada e também dentro de campo, com jogadores revoltados a cada marcação do juiz. E não era porque a marcação estava incorreta; sinceramente, não vi nenhum erro grotesco de arbitragem. Entretanto, esse clima tenso que pairava não só nos jogadores, como também na torcida, vem de muito antes do jogo.
Ao meu ver, o que vem acontecendo neste campeonato é um acúmulo de revoltas com decisões incoerentes e com descaso à regra. Uma indignação de todos com o modo antiético com o qual o futebol está sendo conduzido. É como numa sociedade: o Estado precisa de normas para ordenar a vida da sua população. Assim também é no futebol. Contudo, quando há omissão na aplicação dessas normas ou quando elas só se aplicam a alguns casos, o resultado é a insubordinação dessa sociedade.
Há alguns anos que presenciamos injustiças no futebol. E se o futebol não é justo dentro do riscado, pelo menos fora dele deveria ser. É para isso que existem regras, estatutos, punições. É para isso que existe o juiz. Há muito tempo assistimos jogos e campeonatos serem decididos no apito, enquanto as determinações do órgão responsável pela justiça desportiva são decididas no poder de influência. O acúmulo de todas essas coisas faz o torcedor, o jogador e até mesmo os clubes, duvidarem da idoneidade dos responsáveis pela lisura de um campeonato.
E é por isso que chegamos nesse colapso ético sem precedentes: ninguém mais se sente assegurado pelas regras do futebol, as quais são facilmente burladas ou invertidas dependendo de quem for o beneficiado. Seja qual for a decisão em campo: a marcação da falta, do pênalti ou da expulsão, são motivos suficiente para se iniciar uma confusão generalizada, mesmo que o juiz tenha agido corretamente, pelo fato de que ninguém mais confia na imparcialidade dos seus atos. Isto é o que se tem quando se invertem valores: conceitos de certo ou errado, outrora sólidos, passam a ser ilimitadamente relativizados e as pessoas não sabem mais como agir. É o princípio da injustiça.
O que escrevo, aqui, não é uma justificativa aos vandalismos da arquibancada, jamais! Mas é um entendimento de que as contradições na aplicação da regra e a falta de integridade da federação podem, sim, contaminar os jogadores e a torcida, uma vez que elas interferem nos ânimos de um jogo e podem determinar um resultado.
Acaba que a desarmonia numa decisão, tal qual "a bola na mão", que só é pênalti quando convém ser, ou a indecência do presidente da Federação Gaúcha, que frente a um caso de racismo limitou-se a dizer que "foi compreensível", são fatos que fazem do Gauchão a terra de ninguém. Uma terra sem leis. E numa terra sem leis o quem governa é o caos.
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O que escrevo, aqui, não é uma justificativa aos vandalismos da arquibancada, jamais! Mas é um entendimento de que as contradições na aplicação da regra e a falta de integridade da federação podem, sim, contaminar os jogadores e a torcida, uma vez que elas interferem nos ânimos de um jogo e podem determinar um resultado.
Acaba que a desarmonia numa decisão, tal qual "a bola na mão", que só é pênalti quando convém ser, ou a indecência do presidente da Federação Gaúcha, que frente a um caso de racismo limitou-se a dizer que "foi compreensível", são fatos que fazem do Gauchão a terra de ninguém. Uma terra sem leis. E numa terra sem leis o quem governa é o caos.
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