Wallacer foi o herói da classificação do Juventude contra o Ypiranga (Foto: Rafael Rinaldi/Divulgação Juventude)
Razões não faltam para que Wallacer se sinta em casa no Alfredo Jaconi. O meia é um dos destaques do Juventude no Gauchão e foi o herói da classificação do Juventude às semifinais do estadual ao anotar os dois gols que asseguraram a vitória por 2 a 0 sobre o Ypiranga, no Colosso da Lagoa. Nem parece o mesmo atleta contratado do maior rival, Caxias, no começo do ano. O carioca de 28 anos teve se desdobrar dentro de campo para superar a desconfiança dos torcedores, em especial diante da má campanha da equipe nas primeiras rodadas do campeonato. E conseguiu com protagonismo e confiança do técnico Antonio Picoli, a ponto de ser a esperança de gols do Ju diante do Grêmio, às 16h deste domingo, em Caxias do Sul, pelo jogo de ida da semifinal do Campeonato Gaúcho.
Foi o treinador o responsável pela sua contratação para a temporada. Mais do que justo, portanto, que o jogador retribuísse dentro de campo. Wallacer atuou nas 16 partidas do Juventude pelo Gauchão. Anotou cinco tentos e contribuiu com quatro assistências - também sofreu o pênalti que originou a vitória sobre o Inter. Teve, portanto, participação direta em dez dos 20 gols marcados pela equipe na competição.
- O Picoli é um cara que conheço desde 2013, temos uma grande amizade fora de campo também. Me dá bastante motivação, me dá confiança. Minha chegada foi bem complicada por parte da torcida dos dois lados. Tive uma rejeição muito grande por parte da torcida do Caxias, mas para mim passou. Sempre fui destaque lá e pude provar que fui profissional e dei meu melhor. No Juventude, fui conquistando aos poucos, fazendo meu melhor e marcando alguns gols. Nessa reta final, tenho certeza que a rejeição já é mínima - afirma, ao GloboEsporte.com.
Confira mais trechos da entrevista:
GloboEsporte.com - Qual foi a reação da torcida quando você optou por trocar o Caxias pelo Juventude em 2015?
Wallacer - Por parte da torcida dos dois lados foi bem complicado. Tive uma rejeição muito grande por parte da torcida do Caxias, mas para mim, passou. O que eu fiz no Caxias, eu pude provar que sempre fui profissional lá e dei meu melhor lá. Sempre fui destaque. Fica no passado. Pelo Juventude, fui conquistando aos poucos, fazendo meu melhor, marcando gols. Nessa reta final, tenho certeza que a rejeição já é mínima. Estão felizes pela minha contratação, espero contar com o apoio deles para dar meu melhor.
Você foi o herói da classificação do Juventude ao marcar os dois gols da vitória sobre o Ypiranga. Fez dois gols de centroavante, um até de cabeça. Como você explica esse momento?
É uma coisa que não é muito comum. O Picoli até brincou comigo que se eu fizesse gol de cabeça, a gente iria para a final. E aconteceu. Eu estou bem feliz, queria dividir os méritos com todos da equipe, até porque eu sozinho, não posso fazer nada. A gente sabia das dificuldades que íamos encontrar durante a competição e que tínhamos um grupo forte. Depois de um jogo como esse, recebi varias ligações, elogios de toda a equipe, a gente fica bem feliz e é um motivo a mais de impulso para entrar nessa semifinal com tudo.
Como você avalia essa oscilação do Juventude no Gauchão e o crescimento da equipe na reta final da competição?
É uma coisa normal, todos os times têm uma certa instabilidade. E com a gente não foi diferente. Depois tivemos sequência muito boa, demos uma caída, e nessa reta final, a gente está se reerguendo, está bem focado e esperamos estar bem concentrados para esses próximos jogos. A gente chega a sonhar com a final. É bom, porque na hora do filé mignon, entramos focados. Essa é a fase mais importante do campeonato, nossa equipe tem mostrado amadurecimento, aprendemos bastante com os erros. Nessa fase, os erros têm que ser mínimos. Os jogos são complicados, serão decididos em detalhes. A equipe está preparada para enfrentar qualquer obstáculo. A semifinal vai ser muito difícil. Respeitando a equipe do Grêmio, mas temos totais de fazer bons jogos e conquistar a classificação.
Como você projeta esse confronto contra o Grêmio?
É uma equipe que passou por uma certa instabilidade, mas aos poucos foi encaixando, com a chegada de algumas peças importantes. Vai ser bem complicado, mas esperamos fazer dois excelentes jogos, estar bem concentrados. Contra essas equipes grandes sabe como é. Qualquer brecha que der é fatal. Temos o propósito de jogo que a gente fala sempre. A gente marca como time pequeno e joga, com a bola, como time grande. A gente tem que respeitar bastante o Grêmio, mesmo em casa. Temos que marcar bem primeiro e depois, quando tiver a bola, ter qualidade na frente e ter frieza para concluir bem e, quem sabe fazer, um grande jogo.
Dá para esperar mais dois gols de Wallacer no domingo?
Quem sabe? Vou ficar feliz, mesmo se não fizer gols. Troco meus dois gols, por uma vitória, independente de quem fizer o gol, o importante é estar vencendo.
VEJA TAMBÉM
- Palmeiras prepara investida para contratar titular do Grêmio
- COMPLICOU? Grêmio enfrenta impasse na negociação por novo técnico
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Razões não faltam para que Wallacer se sinta em casa no Alfredo Jaconi. O meia é um dos destaques do Juventude no Gauchão e foi o herói da classificação do Juventude às semifinais do estadual ao anotar os dois gols que asseguraram a vitória por 2 a 0 sobre o Ypiranga, no Colosso da Lagoa. Nem parece o mesmo atleta contratado do maior rival, Caxias, no começo do ano. O carioca de 28 anos teve se desdobrar dentro de campo para superar a desconfiança dos torcedores, em especial diante da má campanha da equipe nas primeiras rodadas do campeonato. E conseguiu com protagonismo e confiança do técnico Antonio Picoli, a ponto de ser a esperança de gols do Ju diante do Grêmio, às 16h deste domingo, em Caxias do Sul, pelo jogo de ida da semifinal do Campeonato Gaúcho.
Foi o treinador o responsável pela sua contratação para a temporada. Mais do que justo, portanto, que o jogador retribuísse dentro de campo. Wallacer atuou nas 16 partidas do Juventude pelo Gauchão. Anotou cinco tentos e contribuiu com quatro assistências - também sofreu o pênalti que originou a vitória sobre o Inter. Teve, portanto, participação direta em dez dos 20 gols marcados pela equipe na competição.
- O Picoli é um cara que conheço desde 2013, temos uma grande amizade fora de campo também. Me dá bastante motivação, me dá confiança. Minha chegada foi bem complicada por parte da torcida dos dois lados. Tive uma rejeição muito grande por parte da torcida do Caxias, mas para mim passou. Sempre fui destaque lá e pude provar que fui profissional e dei meu melhor. No Juventude, fui conquistando aos poucos, fazendo meu melhor e marcando alguns gols. Nessa reta final, tenho certeza que a rejeição já é mínima - afirma, ao GloboEsporte.com.
Confira mais trechos da entrevista:
GloboEsporte.com - Qual foi a reação da torcida quando você optou por trocar o Caxias pelo Juventude em 2015?
Wallacer - Por parte da torcida dos dois lados foi bem complicado. Tive uma rejeição muito grande por parte da torcida do Caxias, mas para mim, passou. O que eu fiz no Caxias, eu pude provar que sempre fui profissional lá e dei meu melhor lá. Sempre fui destaque. Fica no passado. Pelo Juventude, fui conquistando aos poucos, fazendo meu melhor, marcando gols. Nessa reta final, tenho certeza que a rejeição já é mínima. Estão felizes pela minha contratação, espero contar com o apoio deles para dar meu melhor.
Você foi o herói da classificação do Juventude ao marcar os dois gols da vitória sobre o Ypiranga. Fez dois gols de centroavante, um até de cabeça. Como você explica esse momento?
É uma coisa que não é muito comum. O Picoli até brincou comigo que se eu fizesse gol de cabeça, a gente iria para a final. E aconteceu. Eu estou bem feliz, queria dividir os méritos com todos da equipe, até porque eu sozinho, não posso fazer nada. A gente sabia das dificuldades que íamos encontrar durante a competição e que tínhamos um grupo forte. Depois de um jogo como esse, recebi varias ligações, elogios de toda a equipe, a gente fica bem feliz e é um motivo a mais de impulso para entrar nessa semifinal com tudo.
Como você avalia essa oscilação do Juventude no Gauchão e o crescimento da equipe na reta final da competição?
É uma coisa normal, todos os times têm uma certa instabilidade. E com a gente não foi diferente. Depois tivemos sequência muito boa, demos uma caída, e nessa reta final, a gente está se reerguendo, está bem focado e esperamos estar bem concentrados para esses próximos jogos. A gente chega a sonhar com a final. É bom, porque na hora do filé mignon, entramos focados. Essa é a fase mais importante do campeonato, nossa equipe tem mostrado amadurecimento, aprendemos bastante com os erros. Nessa fase, os erros têm que ser mínimos. Os jogos são complicados, serão decididos em detalhes. A equipe está preparada para enfrentar qualquer obstáculo. A semifinal vai ser muito difícil. Respeitando a equipe do Grêmio, mas temos totais de fazer bons jogos e conquistar a classificação.
Como você projeta esse confronto contra o Grêmio?
É uma equipe que passou por uma certa instabilidade, mas aos poucos foi encaixando, com a chegada de algumas peças importantes. Vai ser bem complicado, mas esperamos fazer dois excelentes jogos, estar bem concentrados. Contra essas equipes grandes sabe como é. Qualquer brecha que der é fatal. Temos o propósito de jogo que a gente fala sempre. A gente marca como time pequeno e joga, com a bola, como time grande. A gente tem que respeitar bastante o Grêmio, mesmo em casa. Temos que marcar bem primeiro e depois, quando tiver a bola, ter qualidade na frente e ter frieza para concluir bem e, quem sabe fazer, um grande jogo.
Dá para esperar mais dois gols de Wallacer no domingo?
Quem sabe? Vou ficar feliz, mesmo se não fizer gols. Troco meus dois gols, por uma vitória, independente de quem fizer o gol, o importante é estar vencendo.
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