Torcedor Gremista ZH: lições para a semifinal e para o Brasileirão


Fonte: Diário Gaúcho

Foto: Diego Vara / Agencia RBS

Domingo, o Grêmio abre sua participação nas semifinais do Gauchão contra o Juventude, em Caxias do Sul. Espero que a classificação sofrida diante do Novo Hamburgo deixe ensinamentos. Aliás, foi um sofrimento desnecessário.

Por pura incompetência, o Grêmio tornou heroica uma classificação que deveria ser tranquila. Cito algumas lições do susto de quinta-feira passada. Lições que servem para a semifinal e para o Brasileirão.

Para a semifinal do Gauchão

1. Chance cara a cara é para matar

O Grêmio segue misericordioso. Complicou o jogo contra o Noia por pura falta de pontaria e de negoveismo na hora de concluir. Perdemos sete chances cara a cara com o goleiro. Se-te! Só Douglas perdeu três, incluindo o pênalti. Mamute, de boa atuação, errou outras duas. No pênalti sofrido e no final do jogo, o guri errou o tempo da bola e preferiu levar o tombo em vez de concluir e se consagrar.

2. Braian Rodríguez é reserva

A cada jogo o uruguaio mostra porque tem 28 anos e menos de 50 gols na carreira. Braian dá movimentação zero, a bola bate e volta. O time costuma melhorar com a entrada de Mamute, que tem vitória pessoal na marcação. O correto é iniciar com Mamute e colocar Braian no segundo tempo, no momento do abafa, em que o guri fará o lance de linha de fundo para encontrar o uruguaio na área.

3. A defesa está desprotegida

A proteção à defesa foi um pavor contra o Noia e contra o Campinense. Maicon e Ramiro saem para o jogo, auxiliam na criação, mas não marcam. Passou da hora de Walace voltar ao time. O Grêmio necessita de um limpa trilho no meio-campo. Felipão é apaixonado por Fellipe Bastos, que entrou quinta-feira e, lógico, deixou o time lerdo. O Grêmio sé melhorou quando o Noia teve um jogador expulso.

Para o Brasileirão

1. Matías Rodríguez será uma avenida

O argentino vive seu melhor momento no clube. Contudo, segue com dificuldades na marcação. Foi envolvido pelo ataque do Noia, foi presa fácil para o ataque do Campinense, um time de quarta divisão. O que acontecerá quando enfrentar atacantes velozes de equipes como Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Flamengo? Começo a pensar na hipótese de deslocar Ramiro para lateral-direita.

2. Precisamos de reforços para o ataque

Nossos principais homens de referência marcaram apenas uma vez cada na temporada. Braian Rodríguez deixou um contra o Cruzeiro e Mamute o seu contra o Caxias. É nada para quem disputa o Gauchão e teve um jogo da Copa do Brasil. Corremos o risco de termos um dos piores ataques do Brasileirão. Mamute subiu de produção, merece oportunidades, vai ajudar o Grêmio, mas sem bola no barbante não vai estourar. Deixou de marcar duas vezes diante do Noia.

3. Falta poder de reação e decisão

Na hora do sufoco, eis o pipoco. Salário mais alto e fama trazem a responsabilidade de decidir. Do contrário, o salário e a badalação não se justificam. O Grêmio não soube reagir quinta-feira. Levou o gol e os nervos travaram o time. Douglas naufragou. Giuliano, com problema muscular, sumiu. Isso que o adversário era um time do Interior. Há anos que o negoveismo despareceu no Grêmio. Na verdade, o único que justificou fama, salário e presença na Seleção foi Marcelo Grohe, que nos salvou do fiasco ao buscar dois pênaltis.

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17/10/2024