Deputado Jardel dispensa servidores e "some"; Danrlei rompe com parceiro

Conduta pessoal do ex-centroavante foi determinante para quebra da parceria entre os dois ídolos gremistas na década de 1990; ex-centroavante exonera 17 pessoas


Fonte: globoesporte.com

Deputado Jardel dispensa servidores e some; Danrlei rompe com parceiro
Jardel não foi localizado após saídas de funcionários
(Foto: Thaís Jorge)


A ainda curta empreitada de Jardel na política ganhou um novo capítulo. O ex-centroavante, que se elegeu deputado estadual no Rio Grande do Sul, com 41.227 votos pelo PSD, desligou 17 assessores nesta segunda-feira. Paralelo a isso, a conduta apresentada fez Danrlei, deputado federal pelo mesmo partido, resolver romper com o antigo parceiro de títulos no Grêmio, nos anos 1990.

Um dos exonerados consultados pelo GloboEsporte.com, que pediu para não ser identificado, não escondeu a decepção. Porém, disse que o comportamento do ídolo tricolor nos últimos dias "estava diferente". A reportagem não conseguiu contato com Jardel, que, segundo o assessor, ainda não foi localizado.

- Fomos surpreendidos com a medida do deputado. Ele demitiu 17 pessoas. Umas duas ou três apenas que foram realocadas. Ele andava instável emocionalmente nos últimos dias. Não sabemos do seu paradeiro desde quarta - afirma.

Por mais que as exclusões do gabinete não tenham influenciado o rompimento por parte de Danrlei, o procedimento de Jardel estava desgostando o ex-goleiro. Uma nota emitida pelo ex-camisa 1 critica aquilo que considera "falha em princípios éticos como lealdade, confiança e consideração":

- Por dever de lealdade e compromisso político com os milhares de gaúchos que elegeram não apenas Jardel mas também a mim, rompo publicamente com este a quem confiei minhas mais profundas e sinceras expectativas. Alguém que logo no início de uma longa jornada, a de um mandato parlamentar, falha em princípios éticos como lealdade, confiança e consideração. Não quero relacionar-me publicamente com quem conduz seu mandato e sua vida da maneira como meu ex-colega demonstrou que vai conduzir.

Logo após se eleger com votação surpreendente na última eleição, Jardel foi alvo de críticas nas redes sociais, o que fez se calar. Aos poucos, voltou a comentar sobre suas ideias e prometeu, entre suas plataformas, dar atenção ao esporte, à educação e à saúde.

Jardel e Danrlei fizeram parte do time comandado por Felipão na década de 1990 que foi campeão da Libertadores da América em 1995. Jardel, inclusive, terminaria a competição como artilheiro, dono de 12 gols.

> Confira a nota de Danrlei na íntegra:

"A arte ou ofício de exercer a boa política carrega consigo responsabilidade, solidariedade, lealdade e compromissos maiores de todos os representantes parlamentares com seus eleitores e com a sociedade como um todo que tem o dever de representar. Por mais de 20 anos, fui colega de clube, parceiro e amigo do hoje Dep. Mario Jardel de Almeida Ribeiro, tendo, inclusive, buscado estimular sua candidatura nas últimas eleições, até como forma de superação de estágios pessoais que em outras circunstâncias sei que seriam difíceis de transpor.

Empenhei-me pessoalmente em sua eleição, dedicando esforço pessoal, carinho, amizade e até compromisso político com seu voto. A eleição de Mario Jardel à Assembleia Legislativa contou com um verdadeiro “time político” tanto meu quanto do PSD que já vinham envolvidos com minha candidatura e meu desempenho junto à Câmara dos Deputados. A sua eleição representou não apenas uma vitória deste grupo, mas também o êxito de uma missão partidária ao qual não apenas Jardel, como também este "time Pessedista" e os meus eleitores puderam se identificar ao longo desta caminhada.

Lamento, contudo, que mesmo sendo um período curto em que exerce seu mandato na Assembleia Legislativa, eu me obrigue, por dever de lealdade e compromisso político com os milhares de gaúchos que elegeram não apenas Jardel mas também a mim, a romper publicamente com este a quem confiei minhas mais profundas e sinceras expectativas.

Alguém que logo no início de uma longa jornada, a de um mandato parlamentar, falha em princípios éticos como lealdade, confiança e consideração. Não quero relacionar-me publicamente com quem conduz seu mandato e sua vida da maneira como meu ex-colega demonstrou que vai conduzir.

A partir de agora, declaro meu rompimento político e pessoal com Mario Jardel, justamente por ele descumprir tais normas elementares sobre a qual tínhamos consenso e acordo que haveríamos de cumprir. Espero que pelo menos mantenha o compromisso político de honrar o mandato que o PSD ajudou-o a conquistar."

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