Everton é o absurdo que o Grêmio necessita toda vez que entra em campo

Fabio Chiorino e Rodrigo Borges

"Não tem nada pelo Everton. Uma coisa absurda, por tudo que jogou na Copa América. Achávamos que iria ter uma enxurrada de propostas, mas nada até agora". Há dez dias, foi esta a declaração de Deco Nascimento, diretor de futebol do Grêmio. De lá para cá, nada mudou. O Arsenal sinalizou interesse, mas preferiu apostar no marfinense Nicolas Pépé. O Napoli pintou como destino possível, mas nada de concreto até agora. Se a declaração do dirigente foi feita em tom de lamento, quem deve comemorar é o torcedor. Foi com Everton que começou a ser desenhada a vitória do Grêmio sobre o Athletico pela semifinal da Copa do Brasil. Não foi apenas uma assistência. O toque sutil que culminou no gol de André é mais uma obra do jogador diferenciado e que não desliga um minuto sequer na partida. No segundo tempo, arrancada até ser parado com falta, convertida em gol na sequência por Jean Pyerre. Uma realidade no Grêmio, 'Cebolinha' também é hoje nome certo na cabeça de Tite para a Seleção Brasileira. O absurdo de não ter sido vendido até agora pode prejudicar as pretensões financeiras do clube, mas é uma benção para os torcedores. Totalmente focado nos dois torneios mata-mata que restam na temporada, as chances de sucesso do Grêmio passam obrigatoriamente pelos pés e pela inteligência de seu camisa 11.


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