Fora da Copa do Brasil, Luciano tenta se confirmar como opção do Grêmio para a Libertadores

Com o jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil contra o Athletico-PR marcado para a próxima quarta-feira (14), o técnico Renato Portaluppi vai poupar os titulares diante do Flamengo no sábado (10), às 19h, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. A escolha dará a oportunidade para Luciano estrear com a camisa do Grêmio — o atacante ficou no banco de reservas no empate com a Chapecoense na segunda-feira (5) e não entrou no decorrer da partida.



Por já ter disputado a Copa do Brasil pelo Fluminense, Luciano pode defender o Grêmio apenas no Brasileirão e na Libertadores. Versátil, o jogador é opção para Renato Portaluppi tanto para o centro do ataque quanto para os lados do campo.

Nos primeiros ensaios para o jogo contra o Flamengo, Luciano apareceu como homem mais adiantado do ataque. Nesta função, pode brigar pela titularidade com André, que, apesar dos dois gols contra o Libertad, pela Libertadores, ainda segue sendo contestado.

— O Luciano jogou bastante como centroavante em 2018 com o Marcelo Oliveira. Ele fez essa função em razão da lesão do Pedro — lembra Hector Werlang, setorista do Fluminense pelo site Globoesporte.com.

Em 2019, com o Fluminense já sob o comando de Fernando Diniz, Luciano passou a ser utilizado na criação de jogadas. Muitas vezes atuou pelo lado direito do campo, posicionamento que Alisson faz atualmente no Grêmio, mas com liberdade para aparecer pelo centro. Mesmo assim, marcou 15 gols em 31 partidas — média de 0,48 por jogo.

— Ele vinha jogando mais pela direita, mas tinha liberdade para flutuar. Buscava muito o jogo e ajudava a organizar o time. Em alguns momentos, funcionava até atrás do Ganso aparecendo para armar — destaca o repórter Victor Lessa, da Rádio Globo/CBN, do Rio de Janeiro.

Jogador com "característica para o Grêmio"
Ainda que tenha vivido seu melhor momento no Fluminense atuando recuado, Luciano é visto como um jogador capaz de render bem também como centroavante. Auxiliar técnico de Tite na Seleção Brasileira e que trabalhou com Luciano no Corinthians, Cléber Xavier destaca que o estilo do novo contratado do Grêmio combina com o jeito de jogar do time de Renato Portaluppi.

— Em um time como o do Grêmio, que trabalha muito em função do centroavante, não apenas com o cruzamento, mas também com a construção por dentro, ele pode ter uma grande importância. Esse perfil que o Grêmio tem de levar a bola por dentro, tendo Maicon e Matheus Henrique por trás, o Everton fazendo a diagonal, pode favorecer ao Luciano — avalia Cléber Xavier.

No Corinthians, Luciano chegou a ser o substituto de Paolo Guerrero na função de centroavante em 2014. Depois de sofrer uma grave lesão no ligamento cruzado anterior do joelho direito, ele voltou em 2016 e disputou com o próprio André a vaga no comando do ataque do time paulista.

Embora não seja propriamente um jogador de referência, Cléber Xavier destaca que Luciano tem uma capacidade física que permite jogar também entre os zagueiros adversários. Ele não chega a ser um falso 9, como foi Luan em outros momentos.

— O Luan é mais construtor que ele. Embora o Luan tenha sido goleador do Grêmio em determinado momento, é um jogador que vem um pouco mais de trás. O Luciano é mais centroavante que o Luan. Ele tem força também para aguentar esse tranco do zagueiro — completa.

Curiosamente, Luciano fez seu último jogo pelo Fluminense diante do Flamengo, o adversário do Grêmio neste sábado. O clássico Fla-Flu foi disputado no dia 9 de junho. Apesar dos dois meses longe dos gramados, o atacante tem condições físicas para jogar desde o início no final de semana.



— Ele fez 31 jogos no ano. Então rapidamente vai se recondicionar e se adaptar a essa nova metodologia de trabalho — observou o preparador físico gremista Rogério Dias, o Rogerinho, sobre a condição de Luciano.

Grêmio, Luciano, Libertadores, Tricolor, Brasileirão

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