Grêmio tem superávit modesto enquanto rival registra prejuízo gigantesco no ano passado

Na noite da última segunda-feira, Grêmio e Internacional publicaram seus balanços financeiros de 2017, obedecendo a data obrigatória imposta pela legislação brasileira.



E o cenário da dupla gaúcha é bem diferente...

Enquanto os tricolores, na temporada em que ganharam a Libertadores, fecharam o ano no azul, ainda que com um superávit modesto, os colorados, que estavam na Série B, amargaram um prejuízo enorme.

Confira abaixo

Grêmio

Assim como em 2016, o "Imortal" fechou o ano com superávit, mas desta vez o valor foi bem mais modesto. Há dois anos, o lucro foi de R$ 35,327 milhões. Já na temporada passada, foi de R$ 2,757 milhões.

Houve também grande crescimento de receitas: de R$ 212,662 milhões em 2016 para R$ 322,581 milhões em 2017 (incremento de 51,68%).

Os destaque do aumento de arrecadação foram vendas de atletas (+328%); direitos de TV (+19%), receitas publicitárias (+48%) e receitas patrimoniais (+25%).

O aumento de receitas também foi puxado pelo crescimento do quadro social, de 80.442 sócios adimplentes para 91.384 (aumento de 13,6%). Desta forma, a arrecadação com os associados subiu de R$ 51,194 milhões para R$ 66,157 milhões (melhora de 29,22%).

As vendas da Grêmio Mania, loja oficial do clube, também aumentaram: de R$ 8,793 milhões em 2016 para R$ 15,050 milhões no ano passado.

Já o lucro líquido da rede em 2017 foi de R$ 4,7 milhões, representando um aumento de R$ 2 milhões em relação a 2016 - o que corresponde a um incremento de 135%.

Por outro lados, as despesas do departamento de futebol também subiram bastante. Em 2016, foram de R$ 190,241 milhões. Já em 2017, o número foi R$ 250,171 milhões, correspondendo a uma subida de 31,5%.

Esportivamente, foi um bom ano para a equipe tricolor, que conquistou o título da Libertadores, ficou com o 2º lugar no Mundial de Clubes da Fifa, avançou até a semifinal da Copa do Brasil e terminou o Campeonato Brasileiro em 4º lugar.

INTERNACIONAL

Assim como em 2016, o Inter fechou a temporada com déficit. Mas se em 2016 o prejuízo foi de "apenas" R$ 973.734,00, em 2017 o valor é bem maior e bem mais preocupante: R$ 62.568.763,00.

Em um ano em que disputou a Série B e teve pouca coisa para comemorar, o Colorado viu sua receita cair de R$ 266.860.545,00 para R$ 228.012.255,00.

Esse decréscimo foi puxado principalmente pela diminuição dos direitos de TV (de R$ 154.464.747,00 em 2016 para R$ 107.839.23,00 em 2017) e a menor arrecadação via quadro social (de R$ 61.713.438,00 para 55.782.613,00).

Também caíram itens como arrecadação com publicidade (de 5.403.162 para R$ 3.381.190,00) e licenciamento de logomarca (R$ 4.876.696,00 para 2.833.973,00).

Além disso, o Inter, mesmo na segunda divisão, viu seus gastos dispararem: de R$ 170.138.100,00 em 2016 para R$ 213.374.346,00 em 2017.

Isso ocorreu principalmente pela disparada nos salários do departamento de futebol, que cresceram de R$ 88.812.361,00 para R$ 108.086.366,00 de uma temporada para a outra.

As despesas com marketing também tiveram aumento considerável: de R$ 5.217.329,00 em 2016 para R$ 17.395.162,00 em 2017.

Em campo, houve pouco para comemorar no Beira-Rio. O time vermelho perdeu a final do Gaúcho para o Novo Hamburgo, caiu nas oitavas de final da Copa do Brasil e terminou a Série B em 2º lugar - o América-MG levou o título.

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