Renato diz que presidente deu "carinho" e que ainda "não engoliu" perda do Gauchão

A reunião do elenco e da comissão técnica com o presidente Romildo Bolzan Júnior na quinta-feira segue como assunto principal no Grêmio. Em entrevista coletiva nesta sexta, o técnico Renato Portaluppi rechaçou o teor de cobrança do encontro e disse ter recebido um "carinho" e um abraço do mandatário aos atletas. Além disso, defendeu novamente o rendimento do time em 2017, embora ainda não tenha "engolido" a eliminação no Gauchão.

Romildo esteve no vestiário do CT Luiz Carvalho na quinta-feira para uma reunião. Conversou com jogadores, técnico e restante dos funcionários para alinhar os objetivos e passar que os próximos dias serão decisivos. A interpretação de que o encontro foi para uma cobrança fez Renato se estender em uma pergunta e repetir mais de uma vez que houve carinho e abraço aos atletas.

– Queria colocar para vocês que têm todo direito de falarem, comentarem, é o trabalho de vocês, independente de quem quer que seja. Queria falar: ele é uma pessoa muito querida por mim e pelo grupo. Ele esteve conversando com o grupo, com alguns membros da comissão, e veio dar total apoio ao grupo e comissão. Temos a maratona de jogos decisivos. Veio dar um abraço, um carinho. As pessoas começam a distorcer, isso e aquilo. Têm todo o direito. O que eu estou colocando é que o presidente veio abraçar todo mundo, sabe que estamos totalmente juntos com ele e ele com a gente. Se ele viesse fazer cobranças, que não foi o caso, tem todo o direito. É o presidente – disse o treinador gremista.

Um pouco do clima tenso e de desconfiança que começou a rondar o Grêmio vem da queda na semifinal do Gauchão – outra parte é por conta do desempenho apresentado nas últimas partidas. E a eliminação nos pênaltis para o Novo Hamburgo está atravessada na gargante do comandante gremista. Mas os resultados em Libertadores e Primeira Liga respaldam o trabalho feito até agora, defendeu Renato.

– O único problema que temos são os problemas de lesões. O Grêmio acabou o ano jogando um futebol que estava encantando, ganhou uma Copa do Brasil, há cinco meses, um título que não ganhava há 15 anos. Teve um acidente de trabalho grave, que não engoli, que é a perda do Gauchão. Foi grave. Por outro lado, passou de fase na [Primeira] Liga, é líder na Libertadores, aí pergunto: o que está errado? Tem que voltar a jogar o futebol do ano passado? Sim. Reconheço que não vem jogando. Mas o problema mais importante é o problema de lesões.

O Grêmio estreia neste domingo no Campeonato Brasileiro contra o Botafogo, às 19h, na Arena. A equipe não contará com Maicon e Bolaños, machucados, e com o lateral-direito Edílson, suspenso nas três primeiras rodadas do Brasileirão por conta de expulsão no Gre-Nal do ano passado. A equipe, segundo o treinador, está definida, embora ele tenha mantido o mistério sobre a escalação.

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