O Grêmio tem sido protagonista às avessas nesta janela de transferências. Sem dinheiro para investir, busca nomes que causam controvérsia na torcida, apesar de respaldados internamente, caso por exemplo de Jael. Mas é justamente este respaldo do técnico Renato Portaluppi que pode dar esperanças para a torcida em melhora do elenco mesmo sem os chamados grandes nomes indicados pelo próprio treinador, conforme ele admitiu em entrevista coletiva. Muito acima de questões táticas, é a maneira na qual ele gere o elenco.
Na mesma entrevista, Renato foi perguntado sobre qual seria o seu segredo na hora de lidar com os jogadores para tirar o melhor deles. Já foi assim em outras passagens no Grêmio e jaté no ano passado. Ramiro e Marcelo Oliveira, por exemplo, melhoraram seu rendimento sob o comando do ídolo gremista. No caso de reforços, rtina semelhante ocorreu em 2010. Nomes como Diego Clementino e Paulão foram indicados por Renato e contratados pelo clube. E tiveram sucesso imediato. Esta é a aposta para Jael, centroavante que fez 12 gols em 24 jogos com o técnico no Bahia, e Cortez, lateral-esquerdo que negocia para ser contratado.
- É o diálogo... Também não vou ficar ensinando todo mundo aqui. A maior prova é ver o trabalho em todos os clubes, inclusive aqui. Até brinco com eles, dois ou três a torcida não queria mais vê-los no time. Jogaram, foram campeões, são ídolos. Os meus números não enganam, qual o segredo?É do Renato. Não vou ensinar ninguém a trabalhar. Tenho o meu jeito e não vou mudar, meu trabalho que dá resultado. O que tá certo, não se muda - riu Renato na coletiva.
Abaixo, o GloboEsporte.com tenta desvendar os segredos do Renato.
Estilo boleirão
Renato tem um carisma e uma maneira de ser que cativam. Desde a ida a praia até a maneira com que faz piadas com os mais jovens. Mas mais do que tudo, é um líder. Foi um líder quando jogador e é agora como treinador. À sua maneira, mas um líder. Sabe centralizar todas as situações - por exemplo, ao indicar reforços de menor expressão e comprar a briga para a diretoria. Já disse mais de uma vez que vai ao departamento médico com frequência para ver os jogadores como estão e se envolvem em questões extra-campo, como de logística. Ano passado, intercedeu para dar uma folga em um fim de semana para o elenco, algo raro.
Confiança no diálogo
Renato conversa muito com o elenco (Foto: Lucas Uebel/Grêmio)
O diálogo talvez seja o ponto central na relação de Renato com os jogadores. Quem assiste aos treinamentos sabe a quantidade de vezes que o treinador reúne os atletas para conversar durante os trabalhos. Pelo menos duas vezes por treino, isso ocorre. No vestiário, ouve os jogadores e integrantes da comissão técnica antes de tomar decisões. E age para que os atletas tenham o menor número de problemas possíveis, intercedendo até em assuntos financeiros. Nesta mesma entrevista, disse que o grupo merecia receber em dia, mesmo que, para isso, não fosse possível contratar os jogadores acima da média que ele havia indicado.
Escudo de ídolo
Renato é ídolo incontestável (Foto: Diego Guichard / GloboEsporte.com)
Renato traz uma bagagem que ninguém mais tem quando trabalha no Grêmio, especialmente: o passado como jogador. O treinador foi a principal figura nas conquistas da Libertadores e do Mundial, em 83, com gols decisivos. Em 2016, ainda liderou a equipe para interromper o jejum de 15 anos sem taças de relevância nacional. Esse passado também pode pesar na hora de negociar algumas situações como a diretoria.
Na temporada passada, por exemplo, conseguiu diminuir a ira dos gremistas em cima de Henrique Almeida, que ofendeu a alguns torcedores com gesto obsceno. Ora, o centroavante haveria de ter dificuldades de entrar na Arena, não fosse Renato. O técnico interveio, pediu compreensão e, após pedido de desculpas público do jogador, foi escalado para a próxima partida. Só foi sacado por decisão técnica.
coração de mãe
O dito popular diz que "coração de mãe, sempre cabe mais um". Um fato do fim do ano passado exemplifica também a preocupação de Renato com todo o ambiente no qual está inserido. O treinador tirou recursos do próprio bolso e fez um aporte financeiro para os funcionários mais humildes do clube, que não estão contemplados no dia a dia do futebol. Tem uma sensibilidade com o contexto todo e até mesmo com todo o futebol, como ocorreu na tragédia envolvendo a Chapecoense (veja no vídeo acima).
ESTILO de jogo
O treinador, óbvio, também trabalha a parte técnica e tática. Especialmente com trabalhos técnicos. Quando chegou ao Grêmio, por exemplo, fez exaustivos trabalhos de finalização, participando ativamente nos exercícios. Nos trabalhos táticos, dá a segurança para os atletas realizarem o que for necessário em campo. E gosta de um estilo de jogo com poucos riscos. Sua defesa joga protegida e todo o time precisa estar imbuído na marcação. Com uma equipe menos propensa a sofrer gols, a vitória fica sempre a um gol de distância.
VEJA TAMBÉM
- Estrutura de trabalho do Grêmio elogiada por Quinteros.
- Grêmio mira zagueiro sérvio, recebe proposta por atacante e reforça time na copinha.
- QUAL SUA OPINIÃO? Grêmio opta por não contratar zagueiros para a próxima temporada
Na mesma entrevista, Renato foi perguntado sobre qual seria o seu segredo na hora de lidar com os jogadores para tirar o melhor deles. Já foi assim em outras passagens no Grêmio e jaté no ano passado. Ramiro e Marcelo Oliveira, por exemplo, melhoraram seu rendimento sob o comando do ídolo gremista. No caso de reforços, rtina semelhante ocorreu em 2010. Nomes como Diego Clementino e Paulão foram indicados por Renato e contratados pelo clube. E tiveram sucesso imediato. Esta é a aposta para Jael, centroavante que fez 12 gols em 24 jogos com o técnico no Bahia, e Cortez, lateral-esquerdo que negocia para ser contratado.
- É o diálogo... Também não vou ficar ensinando todo mundo aqui. A maior prova é ver o trabalho em todos os clubes, inclusive aqui. Até brinco com eles, dois ou três a torcida não queria mais vê-los no time. Jogaram, foram campeões, são ídolos. Os meus números não enganam, qual o segredo?É do Renato. Não vou ensinar ninguém a trabalhar. Tenho o meu jeito e não vou mudar, meu trabalho que dá resultado. O que tá certo, não se muda - riu Renato na coletiva.
Abaixo, o GloboEsporte.com tenta desvendar os segredos do Renato.
Estilo boleirão
Renato tem um carisma e uma maneira de ser que cativam. Desde a ida a praia até a maneira com que faz piadas com os mais jovens. Mas mais do que tudo, é um líder. Foi um líder quando jogador e é agora como treinador. À sua maneira, mas um líder. Sabe centralizar todas as situações - por exemplo, ao indicar reforços de menor expressão e comprar a briga para a diretoria. Já disse mais de uma vez que vai ao departamento médico com frequência para ver os jogadores como estão e se envolvem em questões extra-campo, como de logística. Ano passado, intercedeu para dar uma folga em um fim de semana para o elenco, algo raro.
Confiança no diálogo
Renato conversa muito com o elenco (Foto: Lucas Uebel/Grêmio)
O diálogo talvez seja o ponto central na relação de Renato com os jogadores. Quem assiste aos treinamentos sabe a quantidade de vezes que o treinador reúne os atletas para conversar durante os trabalhos. Pelo menos duas vezes por treino, isso ocorre. No vestiário, ouve os jogadores e integrantes da comissão técnica antes de tomar decisões. E age para que os atletas tenham o menor número de problemas possíveis, intercedendo até em assuntos financeiros. Nesta mesma entrevista, disse que o grupo merecia receber em dia, mesmo que, para isso, não fosse possível contratar os jogadores acima da média que ele havia indicado.
Escudo de ídolo
Renato é ídolo incontestável (Foto: Diego Guichard / GloboEsporte.com)
Renato traz uma bagagem que ninguém mais tem quando trabalha no Grêmio, especialmente: o passado como jogador. O treinador foi a principal figura nas conquistas da Libertadores e do Mundial, em 83, com gols decisivos. Em 2016, ainda liderou a equipe para interromper o jejum de 15 anos sem taças de relevância nacional. Esse passado também pode pesar na hora de negociar algumas situações como a diretoria.
Na temporada passada, por exemplo, conseguiu diminuir a ira dos gremistas em cima de Henrique Almeida, que ofendeu a alguns torcedores com gesto obsceno. Ora, o centroavante haveria de ter dificuldades de entrar na Arena, não fosse Renato. O técnico interveio, pediu compreensão e, após pedido de desculpas público do jogador, foi escalado para a próxima partida. Só foi sacado por decisão técnica.
coração de mãe
O dito popular diz que "coração de mãe, sempre cabe mais um". Um fato do fim do ano passado exemplifica também a preocupação de Renato com todo o ambiente no qual está inserido. O treinador tirou recursos do próprio bolso e fez um aporte financeiro para os funcionários mais humildes do clube, que não estão contemplados no dia a dia do futebol. Tem uma sensibilidade com o contexto todo e até mesmo com todo o futebol, como ocorreu na tragédia envolvendo a Chapecoense (veja no vídeo acima).
ESTILO de jogo
O treinador, óbvio, também trabalha a parte técnica e tática. Especialmente com trabalhos técnicos. Quando chegou ao Grêmio, por exemplo, fez exaustivos trabalhos de finalização, participando ativamente nos exercícios. Nos trabalhos táticos, dá a segurança para os atletas realizarem o que for necessário em campo. E gosta de um estilo de jogo com poucos riscos. Sua defesa joga protegida e todo o time precisa estar imbuído na marcação. Com uma equipe menos propensa a sofrer gols, a vitória fica sempre a um gol de distância.
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