Renato, o estrategista

Não seria justo, à esta altura, chamar o treinador do Grêmio de motivador e ponto. As vitórias sobre o Palmeiras na Arena e Cruzeiro no Mineirão, ambas pela Copa do Brasil, tiveram mão do técnico não só no aspecto motivacional. Upa-upa funciona, sim, mas não se basta nem se sustenta. Para jogos deste tamanho, é preciso mais. Renato Portaluppi desenhou seu time ofensivamente para ganhar dos paulistas o jogo de ida das quartas-de-final e formatou defensivamente para vencer os mineiros nas semifinais. Nos dois casos, sempre teve à mão alternativas defensivas e ofensivas para que sua equipe não se desequilibrasse. A vitória em Belo Horizonte, por exemplo, foi reconhecida inclusive por Mano Menezes depois do jogo. Quem conhece treinadores sabe o quanto doi o comandante confessar que o rival lhe foi superior. Mano teve esta grandeza e fez justiça à performance do Grêmio.

Uma eliminação na Arena só viria se o Grêmio desse o lado. Uma desconcentração daquelas de nunca mais esquecer, erros individuais ou soberba. Fora isso, a ida às finais está destinada ao Grêmio, sim. Por mérito próprio, pelo trabalho de Renato com seus comandados. Como ficou evidente, não houve prejuízo qualquer por ter jogado time titular no clássico, da mesma forma como não se viu benefício no poupar titulares de Mano Menezes na Bahia contra o Vitória. O Grêmio sobrou, simples assim.

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