Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)
Presidente Romildo Bolzan dissolveu departamento para recuperar autoestima do vestiário
Após oito anos, o Grêmio volta a sentir em campo os reflexos de brigas políticas nos bastidores do clube. Por mais que os dirigentes garantam que não haja interferência das disputas internas no vestiário, o Tricolor repete em 2016 o ano de 2008, quando o time então treinado por Celso Roth perdeu fôlego na reta final do Brasileirão e perdeu o título, dentre outros fatores, devido à eleição presidencial que opunha a cúpula.
Há pelo menos uma semana, já existia um burburinho de que algo estava errado no departamento de futebol gremista. Em correntes políticas diferentes, o vice de futebol Alberto Guerra e o vice eleito, então no posto de diretor, Antônio Dutra Júnior, entraram em rota de colisão com a aproximação da votação para renovação de 150 cadeiras e 30 suplentes do Conselho Deliberativo. O pleito ocorre no próximo dia 24.
Em ebulição, a disputa entre os dirigentes extravasou na última segunda-feira, quando vazaram conversas de WhatsApp em que Dutra reclamava da postura de Guerra após a derrota por 4 a 0 para o Coritiba, no dia 7 de setembro, para seu grupo político.
A crítica era de que o vice de futebol teria chegado ao Paraná apenas duas horas antes do jogo e retornaria a Porto Alegre no dia seguinte antes da delegação, sem sofrer os efeitos da pressão da torcida. Porém, após a goleada, Guerra voltou no mesmo voo dos jogadores.
A crise estava instalada, ainda mais que, dentro de campo, o time começava a ficar cada vez mais longe do G-4 – sem falar na chance de título, que é mínima. Então, veio a derrota para a Ponte Preta, com o quinto jogo seguido sem vitória.
Pedro Geromel e Edílson evidenciaram o descontentamento do grupo com a falta de opções qualificadas no plantel. Em seguida, o presidente Romildo Bolzan Júnior anunciou a saída de Roger Machado, em pedido “irreversível”. Horas depois, o vice de futebol Alberto Guerra e seu assessor Alexandre Rolim entregaram seus cargos, e Antônio Dutra foi realocado no Conselho de Administração para o qual foi eleito.
Derrotado na eleição presidencial em 2008, Odone perdeu força no vestiário (Foto: Diego Guichard/Globoesporte.com)
O momento atual remete a 2008. O mês era outubro, e o Grêmio já começava a derrapar na liderança do Brasileirão com Celso Roth. Com a aproximação das eleições presidenciais – que ocorreriam no dia 18 do mês –, a instabilidade política tomou forma e se instalou no vestiário.
Tudo porque o então presidente Paulo Odone apoiava a chapa de Antônio Vicente Martins, e seus principais homens do departamento de futebol, André Krieger e Luiz Onofre Meira, fecharam com a oposição, encabeçada por Duda Kroeff.
Apadrinhado de forma decisiva por Fábio Koff, maior dirigente da história do clube, Kroeff venceu o pleito. No dia da votação, o Grêmio foi ao Canindé e perdeu por 2 a 0 para a Portuguesa. Derrotado nas urnas, Odone viu sua ascendência no grupo cair, e o Tricolor cambaleou por mais três jogos na liderança até ser definitivamente ultrapassado pelo São Paulo, que sagrou-se campeão.
Para tentar juntar os cacos até a eleição no Conselho Deliberativo, Romildo Bolzan Júnior dissolveu seus pares na direção – apenas o executivo interino Júnior Chávare permaneceu, mas voltou para as categorias de base. Integrante do Conselho de Administração, Adalberto Preis será anunciado como vice de futebol.
A meta é reunificar a cúpula e revigorá-la com novos nomes. Além de contratar o substituto de Roger Machado – o clube encaminhou a contratação de Renato Portaluppi –, os dirigentes terão o desafio de extirpar as brigas internas pelo bem comum e a dignidade no Brasileiro. Já que título e o G-4 devem ficar novamente pelo caminho.
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Há pelo menos uma semana, já existia um burburinho de que algo estava errado no departamento de futebol gremista. Em correntes políticas diferentes, o vice de futebol Alberto Guerra e o vice eleito, então no posto de diretor, Antônio Dutra Júnior, entraram em rota de colisão com a aproximação da votação para renovação de 150 cadeiras e 30 suplentes do Conselho Deliberativo. O pleito ocorre no próximo dia 24.
Em ebulição, a disputa entre os dirigentes extravasou na última segunda-feira, quando vazaram conversas de WhatsApp em que Dutra reclamava da postura de Guerra após a derrota por 4 a 0 para o Coritiba, no dia 7 de setembro, para seu grupo político.
A crítica era de que o vice de futebol teria chegado ao Paraná apenas duas horas antes do jogo e retornaria a Porto Alegre no dia seguinte antes da delegação, sem sofrer os efeitos da pressão da torcida. Porém, após a goleada, Guerra voltou no mesmo voo dos jogadores.
A crise estava instalada, ainda mais que, dentro de campo, o time começava a ficar cada vez mais longe do G-4 – sem falar na chance de título, que é mínima. Então, veio a derrota para a Ponte Preta, com o quinto jogo seguido sem vitória.
Pedro Geromel e Edílson evidenciaram o descontentamento do grupo com a falta de opções qualificadas no plantel. Em seguida, o presidente Romildo Bolzan Júnior anunciou a saída de Roger Machado, em pedido “irreversível”. Horas depois, o vice de futebol Alberto Guerra e seu assessor Alexandre Rolim entregaram seus cargos, e Antônio Dutra foi realocado no Conselho de Administração para o qual foi eleito.
Derrotado na eleição presidencial em 2008, Odone perdeu força no vestiário (Foto: Diego Guichard/Globoesporte.com)
O momento atual remete a 2008. O mês era outubro, e o Grêmio já começava a derrapar na liderança do Brasileirão com Celso Roth. Com a aproximação das eleições presidenciais – que ocorreriam no dia 18 do mês –, a instabilidade política tomou forma e se instalou no vestiário.
Tudo porque o então presidente Paulo Odone apoiava a chapa de Antônio Vicente Martins, e seus principais homens do departamento de futebol, André Krieger e Luiz Onofre Meira, fecharam com a oposição, encabeçada por Duda Kroeff.
Apadrinhado de forma decisiva por Fábio Koff, maior dirigente da história do clube, Kroeff venceu o pleito. No dia da votação, o Grêmio foi ao Canindé e perdeu por 2 a 0 para a Portuguesa. Derrotado nas urnas, Odone viu sua ascendência no grupo cair, e o Tricolor cambaleou por mais três jogos na liderança até ser definitivamente ultrapassado pelo São Paulo, que sagrou-se campeão.
Para tentar juntar os cacos até a eleição no Conselho Deliberativo, Romildo Bolzan Júnior dissolveu seus pares na direção – apenas o executivo interino Júnior Chávare permaneceu, mas voltou para as categorias de base. Integrante do Conselho de Administração, Adalberto Preis será anunciado como vice de futebol.
A meta é reunificar a cúpula e revigorá-la com novos nomes. Além de contratar o substituto de Roger Machado – o clube encaminhou a contratação de Renato Portaluppi –, os dirigentes terão o desafio de extirpar as brigas internas pelo bem comum e a dignidade no Brasileiro. Já que título e o G-4 devem ficar novamente pelo caminho.
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Comentários
Comentários (2)
Quando vão entender que a torcida quer que essa corja que fica disputando beleza no Grêmio não nos interessa. Nos queremos time e títulos é só que nos interessa. Que essa corja vá pra pqp. Com esse monte de vertentes querendo o poder que rumo o Clube pode tomar????? Babacas.....
enquanto essa corja política não for extirpada de dentro do Grêmio sogreremos com a seca de títulos. Deveríamos mudar o estatuto para definir um limite de idade e principalmente um limite de reeleição no Conselho para oxigenar a instituição e limpar o clube desses caras que só tem feito mal ao clube.
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