Grêmio mira 5 desafios para recolocar "trem nos trilhos" durante o Brasileirão

Tricolor começa trabalho novo a partir desta quarta-feira, com mudança na diretoria Por Eduardo Moura Porto Alegre


Fonte: Globo esporte

Grêmio mira 5 desafios para recolocar trem nos trilhos durante o Brasileirão
Fred e Pedro Geromel compõem a atual zaga do Grêmio (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)
Não houve mudança na comissão técnica, como é de praxe nos clubes pelo Brasil.

Mas dá para dizer que o Grêmio começa um novo trabalho a partir desta quarta-feira.

A reorganização do departamento de futebol, confirmada oficialmente, tem cinco desafios pela frente para o Campeonato Brasileiro que já inicia no próximo domingo, contra o Corinthians, em São Paulo.

São pontos que o novo vice de futebol Alberto Guerra, junto aos seus diretores Alexandre Rolim e Antônio Dutra Jr., terá de atacar a partir de agora.

Como ele mesmo afirmou, para recolocar o “trem nos trilhos”.

Alguns, claro, dizem respeito mais ao técnico Roger do que aos dirigentes.

Mas o clube, no geral, terá de ajustar detalhes para entrar no Brasileiro com esperança de algo maior.

– O plantel é bom e precisa de ajustes. Um trem que saiu dos trilhos e vamos colocar outra vez para colher resultados – sentenciou Alberto Guerra.

A primeira situação diz muito respeito a Roger – embora tenha dedo dos dirigentes, que serão citados no tópico posterior. O treinador gremista precisa armar uma maneira de resguardar mais seu sistema defensivo.

É verdade que a bola parada é o grande pesadelo do clube em 2016. Portanto, o Grêmio precisa entrar em campo bem organizado neste ponto e também com a segurança de que não vazará. Fica mais perto das vitórias, por consequência.

No ano, o clube gaúcho contabiliza 30 gols sofridos em 26 partidas oficiais, sem contar o gol contra de Kadu no amistoso com o Danubio, na Arena.

É quase a quantidade de gols sofridos em todo o Brasileirão do ano passado, quando teve a segunda melhor defesa da competição, com 32 gols sofridos.

É, de longe, o ponto mais preocupante para a equipe no restante da temporada.

BUSCAR REFORÇOS



Alberto Guerra e Alexandre Rolim trabalharão em busca de reforços (Foto: Lucas Uebel / Grêmio, DVG)

É justamente pelos defeitos na defesa que o Grêmio está no mercado.

Terá de contratar um lateral-direito, já que improvisa Ramiro na função, e um zagueiro para ser parceiro de Pedro Geromel.

Há a possibilidade de um lateral-esquerdo ainda ser buscado, embora haja atualmente Marcelo Oliveira, Marcelo Hermes e Lucas Lovat, 19 anos, contratado recentemente para a base por empréstimo junto ao Avaí.

Para a lateral, nomes como o de Zeballos, já tentado anteriormente neste ano, e Edenilson, do Udinese, são opções palpáveis.

Para a zaga, o clube já cogitou em 2016 Felipe Trevizan, do Hannover, e Cleber, do Hamburgo, mas ambas negociações não foram efetivadas – a segunda, por falta de recursos.

Situação que mudará, segundo relato de Guerra.

– A capacidade de qualquer clube do Brasil não é boa. Os clubes passam por dificuldades, reestruturações de contas passadas.

É normal. Agora, eu tenho falado com o presidente e ele tem intenção de abrir mais o cofre talvez, para que a gente possa se reforçar e fazer um melhor campeonato este ano.

Acredito que o Grêmio não é pior que a grande maioria, também não é melhor que todos.

Se formos certeiros, podemos fazer um bom Brasileiro – disse o novo vice.

Segundo o dirigente, já houve contatos e início de trabalho na busca por novos jogadores.

Além de atletas para completar o plantel defensivamente, há também a possibilidade mais remota de buscar opções para o setor ofensivo.

CONTRATAR UM EXECUTIVO



Coordenador da base, Chávare pode ser executivo do profissional (Foto: Rodrigo Fatturi/Grêmio)

Nenhum dos três novos dirigentes pode se dedicar 100% do tempo para o futebol gremista. O clube debate, sem pressa, mas com necessidade, a busca por um diretor executivo, remunerado, que pense exclusivamente para o clube.

Rui Costa foi demitido após a queda na Libertadores – a curiosidade é que foi parceiro de Guerra no futebol em 2010, ainda quando Rui não era profissional do futebol.

A pressão em cima de seu nome era grande. Agora, é função do trio – com o Conselho de Administração gremista, claro – buscar uma opção no mercado.

Um dos nomes que tem apoio de integrantes do Conselho de Administração é Júnior Chávare, coordenador da base. Mas Guerra, em entrevista coletiva, desconversou quando perguntado sobre o colega. Não há pressa na contratação de um profissional da área.

– Para ser sincero, não conversei com o presidente Romildo e o Conselho de Administração sobre o executivo – resumiu.

REANIMAR ELENCO APÓS TRÊS QUEDAS



Grupo retomou os treinamentos na segunda-feira (Foto: Lucas Uebel/Grêmio)

Também uma tarefa diretamente ligada a Roger, mas que passa pela diretoria.

É necessário transmitir confiança aos atuais jogadores, mesmo que se busque reforços no mercado para encorpar o elenco.

Com as três eliminações em cinco meses, o time fica com a autoestima estremecida. E isso se reflete em atuações.

São duas partidas sem vencer, os dois jogos com o Rosario Central, pela Libertadores.

Roger precisa recolocar a equipe em seu melhor nível, visto no Brasileirão de 2015 e em alguns jogos deste ano.

A tão falada intensidade é um dos pontos que faz falta, principalmente na hora de defender – o ataque do Grêmio é dos mais positivos do país.

Guerra reconheceu que talvez tenha sido um erro prometer um título no início da temporada, pela pressão que gerou ao elenco.

– Todos querem jogadores completos, com qualidade técnica e liderança.

A gente cobra e é cobrado, e respeitamos toda a decisão. Depois vamos discutir se deu certo ou errado.

Acredito muito neste time. Senão, não estaria aqui – disse o vice de futebol.

Antes do jogo com o Timão, ainda serão dois turnos de trabalho nesta quarta, treinos na quinta, na sexta e no sábado.

Tempo para que o trabalho do treinador seja não só tático, mas também psicológico.

RECONQUISTAR A TORCIDA



Protesto da torcida ocorreu no aeroporto e no CT (Foto: Jefferson Botega/Agência RBS)

Desde a última quinta-feira, quando o Grêmio foi eliminado da Libertadores, ocorreram dois protestos da torcida.

Um no desembarque da delegação, no aeroporto Salgado Filho, na sexta-feira, e outro no CT Luiz Carvalho, na tarde de segunda-feira. Isso deixa claro as desconfianças com o time e a relação conturbada após os resultados ruins deste ano.

O primeiro jogo dentro de casa do Tricolor só ocorre contra o Flamengo, no outro domingo.

É a chance de retornar para a Arena com uma vitória nas costas e sem toda a carga negativa da eliminação na Libertadores.

Novo insucesso contra o Corinthians pode piorar ainda mais o clima não só com a torcida, mas também em relação às cobranças no trabalho de Roger Machado.

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