[Grêmio Avalanche]: Acabou a paz


Fonte: Grêmio Avalanche

[Grêmio Avalanche]: Acabou a paz
Foto: Jefferson Botega/Agência RBS
Cabeças rolaram após mais uma eliminação gremista, e não me refiro a Rui Costa e César Pacheco que foram demitidos após a derrota por 3 x 0, diante do Rosário Central. Falo de nós, gremistas, que envoltos aos mais diversos pensamentos vivemos um melancólico déjà vu, revivendo o amargo gosto da derrota, da desclassificação, do fracasso. São inúmeras dúvidas e acusações sobre possíveis culpados pela atual situação.

Entre as que mais incomoda, está a árdua missão de tentar entender o que foi que aconteceu com o Grêmio? Quando foi que deixamos de ser temidos por adversários dos mais variados escalões? Quando foi que o Grêmio deixou de ser Grêmio?

Fica praticamente impossível não ser saudosista ao tratar desse assunto, mas mesmo num passado recente houveram elencos que, infelizmente, também não foram vencedores, mas que vendiam muito caro suas derrotas, exigindo que os adversários fizessem um esforço sobre-humano para nos superar. Hoje? Bem, hoje o esforço sobre-humano deu lugar ao discurso desumano.

O clube que já chegou a jogar e vencer três partidas no mesmo dia, hoje não consegue chegar na final do Gauchão pois teve que “poupar os jogadores”. Ora bolas, poupem a nossa paciência, que está no limite, se é que já não excedeu.

Se fossem escrever mais cartas, como fiz ao “Capitão Desumano”, título que Maicon ganhou dos nossos leitores, faltariam links para hospedar tantas postagens. Afinal, não sei se haveria perdão com uma só alma viva que hoje exerce a profissão de jogador profissional do Grêmio, nem de nenhum dos engravatados que ocupam a diretoria. Sobraria até para os caras de jaleco, do departamento médico conhecido pela famigerada caxumba. Mas, usando do bom senso e sabendo que preciso me acalmar antes de fazer alguma análise, deixo as cartas para alguma outra oportunidade.

Enfim, não há como voltar no tempo e fazer diferente no Gauchão e na Libertadores, mas o Brasileirão está aí. Se eu pudesse fazer um pedido nos momentos que precedem a maior competição nacional, com certeza pediria aos jogadores que deixassem de ser bunda moles, criassem vergonha na cara e não dessem a mínima pra quem está do outro lado, tudo isso sem ter que bater em ninguém nem ferir alguma regra do esporte. Sem perseguição, mas diria ao Maicon que não voltasse aos microfones comentar uma provocação por parte do Inter dizendo que “quando nós ganhamos não provocamos”. Tudo bem, Maicon, lembrou uma baita vitória que vocês conquistaram, mas da próxima vez, por favor, provoquem!

Porém, como não tenho acesso e muito menos poder sobre o grupo de atletas, faço um pedido aos torcedores, pelo menos a uma fração da torcida do Grêmio que nos honra acessando o material que produzimos com a mesma paixão que temos pelo Grêmio. A estes, peço respeitosamente: chega de apoio incondicional!

Vamos pros treinos ameaçar os jogadores? Quebrar tudo? Não, é lógico que não. Somos civilizados, jamais faríamos algo nesse sentido. Mas chega de perder na quarta e cantar no domingo. Chega de apanhar e voltar a torcer como se nada houvesse acontecido. Tá mais do que na hora de cobrar cada um dos jogadores, sem exceção. Cobrar técnico, dirigente, presidente, todos! Eles tem que ter noção de quem representam e o quanto esperamos retribuição por todo o apoio que depositamos nessa instituição. Basta de perder e achar que está tudo bem. Ninguém mais aguenta o discurso “fomos bem, mas perdemos, faz parte do jogo”.

O apoio incondicional é o único culpado? Não, não é. Aliás, ele já foi fundamental para evitar situações ainda piores pelos lados do Olímpico e da Arena, mas não é mais válido. Está mais do que na hora de encerrar a monotonia que há depois de cada fracasso.

Cada um de nós precisa tirar seu sustento passando o dia todo trabalhando sob pressão de supervisores, e ninguém morreu por conta disso. Nenhum atleta vai perder a perna se for cobrado pela torcida que investe no clube que paga seu salário.

Que cada um sinta o peso de uma eliminação, pra que faça o possível e o impossível para que isso não se repita. Se não, continuaremos reféns de jogadores que chegam com belos discursos, perdem com belos discursos e se despedem com belos discrusos. A diferença é que eles vão, e a gente fica.

Saudações e força, tricolores!


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