Foto: Gazeta Press
A escolha do presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, para ser o chefe da delegação brasileira na Copa América dos EUA, em junho, segue a risca uma prática adotada pela CBF nos últimos anos: a de usar a seleção para fazer política. O dirigente do clube carioca foi agraciado com a honraria por sua posição crítica e firme em relação à confederação, comandada por Marco Polo Del Nero. Soma-se a isso a liderança que ele exerce entre os demais grandes clubes do País.
Poucos meses atrás, Bandeira teve voz ativa na realização de torneio organizado pela Primeira Liga, a contragosto da CBF, e foi um dos que apoiaram um movimento que tem vaga na lista dos grandes constrangimentos por que passou Del Nero até hoje. O dirigente do Flamengo e seus pares, de outros clubes, se recusaram a almoçar na sede da CBF, após uma reunião no local, deixando sem ação o anfitrião e os garçons já preparados para servir o grupo.
A CBF age assim há anos, quando precisa indicar um chefe de delegação para compromissos da seleção. Em setembro do ano passado, para dois amistosos nos EUA, contra Costa Rica e a equipe da casa, o convite foi para Gustavo Feijó, vice-presidente que representa a entidade na Região Nordeste. Naquela oportunidade, ele já ensaiava resistência à ideia de um grupo restrito, formado pelo secretário-geral Walter Feldman e pelo diretor de Gestão, Rogério Caboclo, de manter o controle da CBF mesmo com um eventual afastamento definitivo de Del Nero. Hoje, Feijó está totalmente integrado aos seguidores de Del Nero.
Antes disso, em setembro de 2014, a tarefa coube a Ednaldo Rodrigues, presidente da Federação de Futebol da Bahia. Ele chefiou a delegação em outros dois amistosos nos EUA, com Colômbia e Equador. Ednaldo é um dos poucos dirigentes de federação que não mudam de opinião com facilidade, quando confrontados com problemas relacionados à CBF.
Há situações curiosas e às vezes confusas por conta dessas indicações. Para a Copa das Confederações de 2009, na África do Sul, o então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, chamou o coronel Antônio Nunes, hoje um dos vices da entidade, para representá-lo. Numa de suas entrevistas na África, o coronel disse que não levaria de jeito nenhum sua família ao país, no ano seguinte, para ver a Copa do Mundo, em razão da falta de segurança no território sul-africano. O mal-estar foi imediato e a CBF teve de desautorizar o coronel por meio de nota oficial publicada em seu site.
Em 2010, no Mundial, o chefe da delegação foi o então presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, dirigente de clube mais próximo de Teixeira e hoje pré-candidato á presidência da CBF. O uso político não se restringe apenas a pessoas ligadas ao esporte. Recentemente, para a Copa América do Chile, em meados de 2015, Del Nero convidou o empresário João Dória Jr para a missão. No meio da competição, Dória deixou a delegação e voltou para o Brasil e, em seguida, regressou ao Chile. O fato chamou a atenção porque quem ocupa o cargo sempre fica com a delegação, notadamente em torneios oficiais. João Dória, hoje, é pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo.
A chefia de delegação da seleção brasileira é um posto simbólico, sem muita importância no dia a dia das competições ou amistosos. É comum, nessas situações, que o ‘homenageado’ deixe o hotel da equipe e faça um tour pela cidade, com todas as despesas pagas pela CBF.
VEJA TAMBÉM
- Grêmio avança em negociação e está próximo de fechar com Luís Castro
- Atacante de saída? Time do Uruguai enviou uma proposta para comprar atacante do Grêmio
- Grêmio x São Paulo duelam nas quartas da Copinha Feminina; Onde assistir
Poucos meses atrás, Bandeira teve voz ativa na realização de torneio organizado pela Primeira Liga, a contragosto da CBF, e foi um dos que apoiaram um movimento que tem vaga na lista dos grandes constrangimentos por que passou Del Nero até hoje. O dirigente do Flamengo e seus pares, de outros clubes, se recusaram a almoçar na sede da CBF, após uma reunião no local, deixando sem ação o anfitrião e os garçons já preparados para servir o grupo.
A CBF age assim há anos, quando precisa indicar um chefe de delegação para compromissos da seleção. Em setembro do ano passado, para dois amistosos nos EUA, contra Costa Rica e a equipe da casa, o convite foi para Gustavo Feijó, vice-presidente que representa a entidade na Região Nordeste. Naquela oportunidade, ele já ensaiava resistência à ideia de um grupo restrito, formado pelo secretário-geral Walter Feldman e pelo diretor de Gestão, Rogério Caboclo, de manter o controle da CBF mesmo com um eventual afastamento definitivo de Del Nero. Hoje, Feijó está totalmente integrado aos seguidores de Del Nero.
Antes disso, em setembro de 2014, a tarefa coube a Ednaldo Rodrigues, presidente da Federação de Futebol da Bahia. Ele chefiou a delegação em outros dois amistosos nos EUA, com Colômbia e Equador. Ednaldo é um dos poucos dirigentes de federação que não mudam de opinião com facilidade, quando confrontados com problemas relacionados à CBF.
Há situações curiosas e às vezes confusas por conta dessas indicações. Para a Copa das Confederações de 2009, na África do Sul, o então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, chamou o coronel Antônio Nunes, hoje um dos vices da entidade, para representá-lo. Numa de suas entrevistas na África, o coronel disse que não levaria de jeito nenhum sua família ao país, no ano seguinte, para ver a Copa do Mundo, em razão da falta de segurança no território sul-africano. O mal-estar foi imediato e a CBF teve de desautorizar o coronel por meio de nota oficial publicada em seu site.
Em 2010, no Mundial, o chefe da delegação foi o então presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, dirigente de clube mais próximo de Teixeira e hoje pré-candidato á presidência da CBF. O uso político não se restringe apenas a pessoas ligadas ao esporte. Recentemente, para a Copa América do Chile, em meados de 2015, Del Nero convidou o empresário João Dória Jr para a missão. No meio da competição, Dória deixou a delegação e voltou para o Brasil e, em seguida, regressou ao Chile. O fato chamou a atenção porque quem ocupa o cargo sempre fica com a delegação, notadamente em torneios oficiais. João Dória, hoje, é pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo.
A chefia de delegação da seleção brasileira é um posto simbólico, sem muita importância no dia a dia das competições ou amistosos. É comum, nessas situações, que o ‘homenageado’ deixe o hotel da equipe e faça um tour pela cidade, com todas as despesas pagas pela CBF.
VEJA TAMBÉM
- Grêmio avança em negociação e está próximo de fechar com Luís Castro
- Atacante de saída? Time do Uruguai enviou uma proposta para comprar atacante do Grêmio
- Grêmio x São Paulo duelam nas quartas da Copinha Feminina; Onde assistir

Comentários
Enviar Comentário
Aplicativo Gremio Avalanche
Leia também
Comissão técnica de Luís Castro no Grêmio: membros e currículos detalhados.
Luis Castro aceita proposta do Grêmio e retorna ao Brasil.
Grêmio recebe oferta do Nacional por Cristian Olivera
Grêmio avança em negociação e está próximo de fechar com Luís Castro
Grêmio reforça diálogo com CBF e participa de Conselho Técnico do Brasileirão
Ex-jogadores promovem partida solidária com garis do Rio Grande do Sul.
Atacante de saída? Time do Uruguai enviou uma proposta para comprar atacante do Grêmio
Cristian Olivera recebe proposta do Nacional e avalia deixar o Grêmio
Luis Castro está próximo de ser anunciado pelo Grêmio.
Grêmio x São Paulo duelam nas quartas da Copinha Feminina; Onde assistir
Grêmio planeja investida por Veiga, do Palmeiras, a pedido de Luís Castro.
Não vai mais vir? Negociação com Luís Castro trava e acordo demora para sair
Próximas Etapas da Nova Diretoria no Cronograma do Grêmio para 2026
Gremio busca mais recursos para sair do momento difícil no futebol.