Após deixar o Grêmio, Rui Costa afirma: 'Era fundamental que houvesse uma mudança'

A eliminação do Grêmio para o Rosario Central na Libertadores colocou sobre Rui Costa, então executivo de futebol, a marca de primeiro profissional a deixar o clube em um movimento de reformulações pretendido pelo presidente Romildo Bolzan. A saída foi oficializada no início da tarde desta sexta-feira e, em sua primeira manifestação após a queda, o ex-executivo explicou que o clima desfavorável começou a se armar antes mesmo da partida de quinta na Argentina. As informações são da Rádio Gaúcha.

— Foi um desligamento consensual por conta de tudo que precedeu a partida. Eu sei o legado que deixei, os erros que cometi. Agradeço muito ao nosso torcedor e peço desculpas por, neste exercício, não ter conseguido um título. O futebol é assim — disse. — Foi uma decisão necessária, era fundamental que houvesse uma mudança. Acho que agora a equipe terá mais tranquilidade para seguir o caminho. A dor do torcedor é a minha dor. Mas tenho certeza que o Roger, com a comissão técnica, vai levar o Grêmio a conquistas — avaliou em entrevista ao programa Hoje nos Esportes.

Alvo de críticas por parte da torcida, Rui Costa reconhece que a responsabilidade recairia sobre seus ombros em um momento difícil do Grêmio. Em três anos e meio como executivo de futebol, ele contratou 51 jogadores, mas nenhum título foi conquistado.

— Esse protagonismo tem ônus e bônus. Vivi momentos no clube em que meu trabalho foi endeusado por contratações que fiz. Mas essa responsabilidade, quando os fracassos se somam, é natural que o protagonista dos bônus seja o do ônus também. Pode haver um exagero, mas isso é normal. É um processo absolutamente inerente ao trabalho do executivo — opinou.

Fora do Grêmio, Costa acredita que sua saída seja suficiente para mudar alguns processos do clube. Ele reiterou a confiança sobre a comissão técnica e o grupo de jogadores.

— Esse grupo é um grupo que assume responsabilidade. O que se viu ontem (quinta) foi um time que foi absolutamente superior ao nosso. Disseram que faltou raça, espírito. Não. Sobrou qualidade dos adversários. Agora o Brasileiro vai começar e eu tenho plena confiança que esse grupo fará um grande Campeonato Brasileiro. Acredito muito no material humano que o Grêmio tem — afirmou.

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