Giuliano teve mais uma fraca atuação na temporada (Foto: Lucas Uebel/Divulgação Grêmio)
O Grêmio entrou em campo no Nuevo Gasômetro, nesta terça-feira, com uma proposta bem clara: suportar a pressão inicial do San Lorenzo e neutralizar suas investidas pelos lados do campo. Viu a estratégia ruir logo a três minutos de partida, com gol de pênalti de Ortigoza, que permitiu ao Ciclón recuar sua marcação em campo. O resultado foi uma equipe descompactada, com buracos na defesa e pouco incisiva no ataque. Mas que contou com um "milagre" do pé direito de Lincoln para sair com o empate aos 44 do segundo tempo.
O ponto somado fora de casa foi suficiente para deixar o treinador satisfeito com um escore que deixa "bem vivo" o Tricolor na Libertadores. A atuação, porém, fica bem aquém de suas expectativas e povoa seu horizonte com trabalho e ajustes na sequência da temporada.
– A gente sofreu com a qualidade do nosso adversário, que não precisava de outro resultado senão a vitória. O gol cedo estragou nossa estratégia, mas o adversário foi superior. Volto a dizer: o ideal é sempre construir resultados com boas atuações, mas na impossibilidade de atuar bem, pontuar é o mais importante. No momento de hoje, foi o resultado. Não a atuação que me deixou satisfeito. A partir de amanhã (quarta), já se volta a analisar a partida – disse Roger, em sua entrevista coletiva.
O calvário gremista em Buenos Aires iniciou em uma falha sistemática da defesa, a três minutos de jogo. Cerutti dominou pela direita com a linha defensiva composta. Ao puxar para o meio, atraiu quatro gremistas e abriu um buraco na zaga. Ali, Belluschi entrou livre de marcação, quando deveria ser acompanhado por Edinho, e levou Marcelo Oliveira a cometer pênalti infantil, convertido por Ortigoza.

O gol alterou a tônica da partida e obrigou o Grêmio a sair em busca do empate, algo que o Tricolor fez nos cinco minutos seguintes ao tento rival. A partir daí, o San Lorenzo recuou suas linhas em campo, para fechar os espaços em frente à área, no campo defensivo, e anular a movimentação de Douglas, Giuliano, Everton e Luan. Com muitos erros de passe, Maicon também acabou neutralizado. Assim, o Ciclón relegava a bola a Edinho para armar o ataque gremista.
Os argentinos picotaram o jogo com faltas na intermediária ofensiva. Todas cobradas por Douglas, com efetividade nula. E mais: capazes de propiciar contra-ataques na velocidade de Cerutti e Blanco. Com muitos espaços, o San Lorenzo entrava com facilidade na área de Marcelo Grohe, que acabou virando destaque da partida com ao menos quatro defesas difíceis para segurar o rival. Mesmo com Ramiro improvisado na lateral direita para conter as subidas de Blanco, o Grêmio continuou sofrendo nas combinações com Mas. Pela esquerda, Marcelo Oliveira foi facilmente envolvido por Buffarini e Cerutti.
Pouco mudou na segunda etapa. O Ciclón continuou soberano em campo, diante de um ataque gremista inoperante. Maicon recuou para tentar articular as jogadas, assim como Ortigoza – sem sucesso. Na frente, Everton assumiu a referência, e Luan atuou mais recuado, para buscar a bola e conduzi-la ao ataque, mas também foi pouco efetivo.

O Grêmio, com os reservas, no segundo tempo (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)
Roger Machado, então, decidiu mexer no time. Sacou Douglas e Giuliano e mandou a campo Lincoln e Bobô – o último, para tentar empurrar o adversário ainda mais para trás, com imposição física. Mais tarde, ainda mandou Pedro Rocha na vaga de Luan. O que estava ruim ficou pior: a equipe ficou ainda mais desencontrada em campo, com escassas jogadas de ataque.
Por ironia, um lançamento longo deu resultado. Aos 44, Bobô pressionou a defesa rival na intermediária, deixou a bola com Maicon e correu para a área. O volante visualizou a movimentação de Everton na diagonal e fez o passe em elevação. O atacante chegou à linha de fundo e mandou para o meio da área. Bobô trombou com a defesa, e a bola sobrou para Lincoln chutar mascado com o pé direito, que não é seu preferido. A bola passou chorada por baixo das pernas de Caruzzo, que se posicionou em cima da linha, mas não conseguiu ser Geromel por um instante.
Além de reforçar a bola aérea e dar dinâmica à movimentação do time, Roger Machado terá de tratar das substituições forçadas para a partida contra a LDU daqui a um mês, em Quito. O capitão Maicon e o volante Marcelo Oliveira estão fora por suspensão. Walace e Wallace Oliveira devem retornar. Já Miller Bolaños dificilmente terá condições de jogo.
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O Grêmio entrou em campo no Nuevo Gasômetro, nesta terça-feira, com uma proposta bem clara: suportar a pressão inicial do San Lorenzo e neutralizar suas investidas pelos lados do campo. Viu a estratégia ruir logo a três minutos de partida, com gol de pênalti de Ortigoza, que permitiu ao Ciclón recuar sua marcação em campo. O resultado foi uma equipe descompactada, com buracos na defesa e pouco incisiva no ataque. Mas que contou com um "milagre" do pé direito de Lincoln para sair com o empate aos 44 do segundo tempo.
O ponto somado fora de casa foi suficiente para deixar o treinador satisfeito com um escore que deixa "bem vivo" o Tricolor na Libertadores. A atuação, porém, fica bem aquém de suas expectativas e povoa seu horizonte com trabalho e ajustes na sequência da temporada.
– A gente sofreu com a qualidade do nosso adversário, que não precisava de outro resultado senão a vitória. O gol cedo estragou nossa estratégia, mas o adversário foi superior. Volto a dizer: o ideal é sempre construir resultados com boas atuações, mas na impossibilidade de atuar bem, pontuar é o mais importante. No momento de hoje, foi o resultado. Não a atuação que me deixou satisfeito. A partir de amanhã (quarta), já se volta a analisar a partida – disse Roger, em sua entrevista coletiva.
O calvário gremista em Buenos Aires iniciou em uma falha sistemática da defesa, a três minutos de jogo. Cerutti dominou pela direita com a linha defensiva composta. Ao puxar para o meio, atraiu quatro gremistas e abriu um buraco na zaga. Ali, Belluschi entrou livre de marcação, quando deveria ser acompanhado por Edinho, e levou Marcelo Oliveira a cometer pênalti infantil, convertido por Ortigoza.

O gol alterou a tônica da partida e obrigou o Grêmio a sair em busca do empate, algo que o Tricolor fez nos cinco minutos seguintes ao tento rival. A partir daí, o San Lorenzo recuou suas linhas em campo, para fechar os espaços em frente à área, no campo defensivo, e anular a movimentação de Douglas, Giuliano, Everton e Luan. Com muitos erros de passe, Maicon também acabou neutralizado. Assim, o Ciclón relegava a bola a Edinho para armar o ataque gremista.
Os argentinos picotaram o jogo com faltas na intermediária ofensiva. Todas cobradas por Douglas, com efetividade nula. E mais: capazes de propiciar contra-ataques na velocidade de Cerutti e Blanco. Com muitos espaços, o San Lorenzo entrava com facilidade na área de Marcelo Grohe, que acabou virando destaque da partida com ao menos quatro defesas difíceis para segurar o rival. Mesmo com Ramiro improvisado na lateral direita para conter as subidas de Blanco, o Grêmio continuou sofrendo nas combinações com Mas. Pela esquerda, Marcelo Oliveira foi facilmente envolvido por Buffarini e Cerutti.
Pouco mudou na segunda etapa. O Ciclón continuou soberano em campo, diante de um ataque gremista inoperante. Maicon recuou para tentar articular as jogadas, assim como Ortigoza – sem sucesso. Na frente, Everton assumiu a referência, e Luan atuou mais recuado, para buscar a bola e conduzi-la ao ataque, mas também foi pouco efetivo.

O Grêmio, com os reservas, no segundo tempo (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)
Roger Machado, então, decidiu mexer no time. Sacou Douglas e Giuliano e mandou a campo Lincoln e Bobô – o último, para tentar empurrar o adversário ainda mais para trás, com imposição física. Mais tarde, ainda mandou Pedro Rocha na vaga de Luan. O que estava ruim ficou pior: a equipe ficou ainda mais desencontrada em campo, com escassas jogadas de ataque.
Por ironia, um lançamento longo deu resultado. Aos 44, Bobô pressionou a defesa rival na intermediária, deixou a bola com Maicon e correu para a área. O volante visualizou a movimentação de Everton na diagonal e fez o passe em elevação. O atacante chegou à linha de fundo e mandou para o meio da área. Bobô trombou com a defesa, e a bola sobrou para Lincoln chutar mascado com o pé direito, que não é seu preferido. A bola passou chorada por baixo das pernas de Caruzzo, que se posicionou em cima da linha, mas não conseguiu ser Geromel por um instante.
Além de reforçar a bola aérea e dar dinâmica à movimentação do time, Roger Machado terá de tratar das substituições forçadas para a partida contra a LDU daqui a um mês, em Quito. O capitão Maicon e o volante Marcelo Oliveira estão fora por suspensão. Walace e Wallace Oliveira devem retornar. Já Miller Bolaños dificilmente terá condições de jogo.
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