Derrota preocupante no México

Deixar três pontos em solo mexicano não seria de se estranhar numa estreia de Libertadores. Estádio pequeno, alguma altitude, adversário em turbulência precisando reverter início de crise eram ameaças ao Grêmio. Pior foi ver o time gaúcho sendo melhor no onze contra onze e infinitamente inferior quando passou a ter um homem a mais na expulsão de Velasco. A entrada de Cueva no segundo tempo fustigando Wallace Oliveira pelo corredor ofensivo esquerdo foi fatal. Por lá saiu o primeiro gol na bola aérea que segue apavorando o torcedor gremista.

Pelo outro lado, Esquivel sobrou todo tempo em cima de Marcelo Oliveira. A estratégia de atuar em cima da fragilidade dos laterais resultou bem-sucedida, o Toluca venceu com pleno merecimento. Preocupou o abatimento do time ao sofrer o gol com um minuto do segundo tempo e ficar sem reação. A altitude, embora não seja boliviana, tirou qualquer iniciativa de Luan, irreconhecível. O extraclasse mal tocou na bola, não houve jogo ofensivo, o Grêmio só chutou na direção do gol com Everton faltando três minutos para o fim. O mesmo Everton teve antes no primeiro tempo a bola do jogo no melhor momento do Grêmio na partida, mas desperdiçou.

A classificação não está ameaçada pela derrota, foi só a estreia, mas obriga o Grêmio a uma resposta pronta, imediata e positiva nos dois jogos em casa. Bolãnos já deverá ter condição, o estádio estará cheio de gremistas. Porém, o abatimento emocional na dificuldade impressionou. Que estejam todos entristecidos e que o sentimento dure uns dias, normal. A arregimentação para virar a cena, entretanto, será preciso uma capacidade de reação que servirá de teste para o time gremista.

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