Lucas foi capitão do Liverpool contra o Crystal Palace (Foto: Reuters)
Os torcedores assíduos do lendário estádio de Anfield estão mais do que acostumados a ver Lucas Leiva se desdobrar em campo para blindar a defesa do Liverpool. Não à toa. Dono da camisa 21 dos Reds há oito anos, o brasileiro é o atleta mais longevo do atual elenco, desde a saída do ídolo Steven Gerrard.
Quase uma década de casa não impede, porém, que o volante se reinvente no clube, revigorado pela chegada de Jürgen Klopp, a ponto de vivenciar experiências inéditas em solo inglês. Ou melhor, um novo cargo: o de capitão da equipe, mesmo que apenas por um jogo.
Com a faixa afixada no braço direito pela primeira vez, Lucas orquestrou os movimentos do time na derrota por 2 a 1 para o Crystal Palace, pela 12ª rodada da Premier League, graças aos desfalques do lesionado Henderson, atual capitão, e de James Milner. Um momento especial, mesmo que ofuscado pelo revés – o primeiro sob o comando do treinador alemão.
– Não tínhamos o Henderson, nem o Milner, então assumi a braçadeira de capitão. Pelo fato de ser o jogador mais antigo no clube, o treinador acabou me valorizando e foi um momento muito especial para mim. Estou há muitos anos no clube e sei o quanto é importante ser o capitão do Liverpool. Nessa ocasião, eu tive oportunidade de puxar a frente, vamos dizer assim. Infelizmente o resultado não foi o melhor, mas foi um momento especial – afirma o volante ao GloboEsporte.com.
Ocasião especial potencializada pela boa fase vivida pelo brasileiro desde a chegada de Klopp, há pouco mais de um mês. Ao seu jeito duro e direto, típico de alemão, o treinador deu "energia nova" a Lucas, que não saiu mais da equipe desde então e esteve presente em todos os jogos com o comandante até aqui.
– Eu acredito que a chegada do Klopp me deu uma energia nova, um gás novo. Ele mostra que tem bastante confiança em mim. Desde que chegou, foram sete jogos em quatro semanas. Um número alto, mas ele já conseguiu dar uma cara diferente para o time. Tenho aprendido bastante com ele.
É muito exigente, mas tem ideias claras sobre o futebol. Tenho me dado bem com ele nesse primeiro mês. É um cara bem direto, como eu imaginava, por conhecer a cultura alemã, mas é bem aberto, também. Nos sentimos perto, sabendo que quem é o chefe é ele. Tem que cumprir a ordem – assegura o brasileiro.
Tanto evoluiu com Klopp que Lucas assumiu a liderança da Premier League em número de desarmes. São 55 em 12 jogos, contra 51 do vice-líder, Erik Pieters, do Stoke City. Estatística que corrobora com seu atual momento pelo Liverpool, um dos melhores em oito anos, de acordo com o próprio jogador, mas que não o resume com exatidão.
Chegada de Klopp deu nova energia a Lucas (Foto: Reuters)
O volante evita se apegar aos dados para resumir sua relação com os Reds. Mira o passado e viaja até 2007, ano de sua chegada. De lá para cá, superou a desconfiança inicial da torcida e algumas lesões, como a do ligamento cruzado do joelho, que o tirou do final da temporada para virar um dos xodós da torcida do clube.
– É difícil dizer, porque eu tive grandes momentos no clube, mas tem sido realmente uma das minhas melhores fases dos meus anos de Liverpool. Já são muitos anos e consegui adquirir um respeito da torcida, mas no início foi bem complicado, pela adaptação, até em relação ao futebol.
Tive um início bem difícil e realmente tive que mudar a opinião das pessoas. Não estava preparado. Mas tive força de vontade, tive treinadores que me ajudaram a evoluir. Isso foi muito bom para seguir aqui, num clube com que tenho uma identificação muito grande e hoje estou na minha nona temporada – avalia.
Tanto se sente à vontade na terra dos Beatles que os quase nove anos de Liverpool já pesam sobre seu futuro, em uma projeção de uma ainda longínqua aposentadoria. Revelado pelo Grêmio na árdua campanha pela Série B, em 2005, o volante permaneceu dois anos no clube. Fixou residência em Porto Alegre e firmou laços duradouros com o Tricolor, time do coração.
Não à toa, Lucas nunca escondeu o desejo de encerrar a carreira com a camisa gremista. Tampouco descarta seguir no Liverpool até pendurar as chuteiras.
– É difícil falar dessas coisas, porque as coisas acontecem de uma forma que você não espera. É algo que eu sempre tive vontade, de um dia poder retornar ao Brasil e jogar no Grêmio novamente. Sempre tive em mente. Foi o clube que me abriu as portas. Porto Alegre é a cidade em que tenho casa, é minha cidade. Tenho uma relação muito especial. Mas só o tempo dirá. Não sei se não vou encerrar minha carreira no Liverpool – projeta.
Lucas chegou ao Liverpool no segundo semestre de 2007. Desde então, conquistou o título da Copa da Liga Inglesa na temporada 2011/12. É o primeiro brasileiro a marcar pelo clube inglês. Soma, ao todo, seis gols e 288 partidas pelo clube.
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Quase uma década de casa não impede, porém, que o volante se reinvente no clube, revigorado pela chegada de Jürgen Klopp, a ponto de vivenciar experiências inéditas em solo inglês. Ou melhor, um novo cargo: o de capitão da equipe, mesmo que apenas por um jogo.
Com a faixa afixada no braço direito pela primeira vez, Lucas orquestrou os movimentos do time na derrota por 2 a 1 para o Crystal Palace, pela 12ª rodada da Premier League, graças aos desfalques do lesionado Henderson, atual capitão, e de James Milner. Um momento especial, mesmo que ofuscado pelo revés – o primeiro sob o comando do treinador alemão.
– Não tínhamos o Henderson, nem o Milner, então assumi a braçadeira de capitão. Pelo fato de ser o jogador mais antigo no clube, o treinador acabou me valorizando e foi um momento muito especial para mim. Estou há muitos anos no clube e sei o quanto é importante ser o capitão do Liverpool. Nessa ocasião, eu tive oportunidade de puxar a frente, vamos dizer assim. Infelizmente o resultado não foi o melhor, mas foi um momento especial – afirma o volante ao GloboEsporte.com.
Ocasião especial potencializada pela boa fase vivida pelo brasileiro desde a chegada de Klopp, há pouco mais de um mês. Ao seu jeito duro e direto, típico de alemão, o treinador deu "energia nova" a Lucas, que não saiu mais da equipe desde então e esteve presente em todos os jogos com o comandante até aqui.
– Eu acredito que a chegada do Klopp me deu uma energia nova, um gás novo. Ele mostra que tem bastante confiança em mim. Desde que chegou, foram sete jogos em quatro semanas. Um número alto, mas ele já conseguiu dar uma cara diferente para o time. Tenho aprendido bastante com ele.
É muito exigente, mas tem ideias claras sobre o futebol. Tenho me dado bem com ele nesse primeiro mês. É um cara bem direto, como eu imaginava, por conhecer a cultura alemã, mas é bem aberto, também. Nos sentimos perto, sabendo que quem é o chefe é ele. Tem que cumprir a ordem – assegura o brasileiro.
Tanto evoluiu com Klopp que Lucas assumiu a liderança da Premier League em número de desarmes. São 55 em 12 jogos, contra 51 do vice-líder, Erik Pieters, do Stoke City. Estatística que corrobora com seu atual momento pelo Liverpool, um dos melhores em oito anos, de acordo com o próprio jogador, mas que não o resume com exatidão.
Chegada de Klopp deu nova energia a Lucas (Foto: Reuters)
O volante evita se apegar aos dados para resumir sua relação com os Reds. Mira o passado e viaja até 2007, ano de sua chegada. De lá para cá, superou a desconfiança inicial da torcida e algumas lesões, como a do ligamento cruzado do joelho, que o tirou do final da temporada para virar um dos xodós da torcida do clube.
– É difícil dizer, porque eu tive grandes momentos no clube, mas tem sido realmente uma das minhas melhores fases dos meus anos de Liverpool. Já são muitos anos e consegui adquirir um respeito da torcida, mas no início foi bem complicado, pela adaptação, até em relação ao futebol.
Tive um início bem difícil e realmente tive que mudar a opinião das pessoas. Não estava preparado. Mas tive força de vontade, tive treinadores que me ajudaram a evoluir. Isso foi muito bom para seguir aqui, num clube com que tenho uma identificação muito grande e hoje estou na minha nona temporada – avalia.
Tanto se sente à vontade na terra dos Beatles que os quase nove anos de Liverpool já pesam sobre seu futuro, em uma projeção de uma ainda longínqua aposentadoria. Revelado pelo Grêmio na árdua campanha pela Série B, em 2005, o volante permaneceu dois anos no clube. Fixou residência em Porto Alegre e firmou laços duradouros com o Tricolor, time do coração.
Não à toa, Lucas nunca escondeu o desejo de encerrar a carreira com a camisa gremista. Tampouco descarta seguir no Liverpool até pendurar as chuteiras.
– É difícil falar dessas coisas, porque as coisas acontecem de uma forma que você não espera. É algo que eu sempre tive vontade, de um dia poder retornar ao Brasil e jogar no Grêmio novamente. Sempre tive em mente. Foi o clube que me abriu as portas. Porto Alegre é a cidade em que tenho casa, é minha cidade. Tenho uma relação muito especial. Mas só o tempo dirá. Não sei se não vou encerrar minha carreira no Liverpool – projeta.
Lucas chegou ao Liverpool no segundo semestre de 2007. Desde então, conquistou o título da Copa da Liga Inglesa na temporada 2011/12. É o primeiro brasileiro a marcar pelo clube inglês. Soma, ao todo, seis gols e 288 partidas pelo clube.
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