Cacalo: 'não me sinto à vontade de chamar os atletas de dopados'

Wellington e Nilton foram flagrados no antidoping
Foto: Montagem sobre fotos Agência RBS

Dois atletas do Inter foram flagrados com exame de dopagem positivo, em face da utilização de substância proibida diurética. Não me agrada muito dizer que os atletas estavam dopados, pois penso que é um termo pesado, muito embora seja regularmente utilizado em todos os esportes.

Como reconhecidamente não entendo da matéria, fui buscar auxílio em quem conhece o assunto, médicos e farmacêuticos bioquímicos.

Grosso modo, pois me fogem termos técnicos, a conclusão que cheguei inicialmente partiu do próprio Inter, que, tendo conhecimento do fato, solicitou, como todos fazem, a contraprova, que confirmou a utilização de substância proibida.

Chama a atenção e chamou a minha, foi o fato de serem dois atletas consumidores.

A singela explicação técnica que obtive é que um remédio diurético altera o metabolismo de quem o utiliza, seja qual for a razão, na medida em que é usado para recuperar uma situação de desalinho clínico, o que caracterizaria a proibição de ser utilizada, de acordo com a lei antidopagem.

Por outro lado, ouvi também que esse tipo de medicamento ou substância, pode — no condicional — mascarar a existência de outras substâncias mais fortes e, digamos, mais proibidas.

De qualquer sorte, os atletas estão punidos preventivamente e não há risco de punição ao clube, como informou o advogado do Inter, Rogério Pastl, que é muito competente.

Desdobramentos

O caso terá desdobramentos que podem criar prejuízos anímicos aos próprios atletas, como também aos colegas, em face da punição aos companheiros. Concluindo, num caso como esse, da forma que se tornou público, não me sinto à vontade em chamar os atletas de dopados.

Apenas se valeram de substâncias proibidas pela legislação, porque não se pode medir o tipo de vantagem que teriam levado ao se utilizarem do referido medicamento.

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