Dudu é o líder nas estatísticas entre os sub-23 (Foto: Marcos Ribolli)
Crise econômica, clubes endividados, necessidade de vender jogadores ou o potencial da nova geração. As razões são várias e podem mudar de acordo com o contexto, mas o fato é que a Série A dá espaço a jovens, e a prova disso está nos números. De acordo com levantamento feito pelo GloboEsporte.com, 690 jogadores já entraram em campo na competição, e 254 deles têm 23 anos ou menos.O número corresponde a 36,8% do total. E surpreende até quem trabalha dentro do futebol, com formação de jogadores. Em uma comparação com 2014 (38,3%), houve uma pequena redução, dentro de uma margem natural de oscilação.
- É uma surpresa positiva, é bom saber que atletas jovens conseguem ter espaço nos profissionais. Isso nos dá uma condição ainda melhor de formar atletas - diz Klauss Câmara, diretor da base do Cruzeiro.
Klauss lembra também que, com o projeto de refinanciamento das dívidas, os clubes terão que investir no máximo 80% de seu orçamento no futebol profissional. Com isso, em tese, precisarão recorrer ainda mais às pratas da casa.
- A consequência disso será um aproveitamento ainda maior da base, e por isso a gestão terá que ser ainda mais profissional e melhorar a qualidade da formação.
Outros dirigentes concordam e afirmam que já veem esse processo acontecer atualmente, com a utilização cada vez maior de atletas jovens.
- Vemos muitos clubes fazendo reformulação, como Grêmio, Fluminense, Corinthians e São Paulo. O Santos retomou agora que o Dorival voltou. Eu acho que é uma tendência para o futuro esse aproveitamento de jogadores da base, até porque com a crise, esse investimento terá que acontecer. Por convicção ou por necessidade - analisa Jorge Macedo, gerente de futebol do Internacional.
Marcelo Teixeira, gerente das categorias de base do Fluminense, atenta para um aspecto importante a ser visto quando jogadores tão jovens atuam nos profissionais: a transição. Ele cita as equipes B europeias como modelo de referência para esse processo.
- É um número positivo, mas temos que ser prudentes. No sub-20, o jogador atua com três grupos de idade diferentes, e no profissional, com 15 anos, ou no caso do Magno Alves, 20 anos a mais. Não é todo jogador que aguenta subir assim de uma hora para outra. Na Europa, há os times B, que ajudam o jogador nesse processo. Ele enfrenta atletas mais velhos, com bagagem, e chega aos profissionais mais preparado.
Jovens jogadores são importantes em seus clubes
Além de muito presentes no Brasileirão em quantidade, os jogadores sub-23 também são importantes em seus times. Há casos no ataque, como Dudu (Palmeiras), Luan (Grêmio) e Clayton (Figueirense), no meio-campo, com Otávio, Nikão e Marcos Guilherme (os três do Atlético-PR), e na defesa, com Alisson (Internacional), Jorge (Flamengo), Felipe Macedo (Goiás), Douglas Santos (Atlético-MG) e Marlon (Fluminense).
O artilheiro entre os sub-23 é Dudu, do Palmeiras, com nove gols marcados, seguido por Gabriel, do Santos, e Luan, do Grêmio, com oito. Dudu e Luan também lideram os sub-23 em assistências, com sete, seguidos por Clayton, do Figueirense, com seis.
Chapecoense é o time mais velho; Goiás, o mais jovem
No Brasileirão, a equipe mais velha é a Chapecoense, com 28,4 anos de média de idade, seguido pelo Vasco, que tem média de 27,2. Corinthians e Atlético-MG, que estão nas duas primeiras colocações, figuram entre os seis mais velhos. O Timão é o quarto, com 27 anos de média, e o Galo é o sexto, com 26,8.
O time mais jovem do Brasileirão é o Goiás, com 24 anos de média de idade, seguido pelo Atlético-PR, com 24,1. O Grêmio, terceiro colocado no torneio, é também o terceiro mais jovem, com 24,9 de média.
Média de idade abaixo das principais ligas
Ao todo, a média de idade do Campeonato Brasileiro é de 25,8 anos, número abaixo das principais ligas. De acordo com um estudo do CIES Football Observatory, instituto que monitora os dados de 31 ligas europeias e publicou um estudo referente ao ano de 2014, o Campeonato Italiano é o mais velho do continente, com 27,3 anos de média, seguido pelo Russo, com 27,2.
O Inglês, liga que reúne a maioria dos jogadores mais caros do mundo, tem 26,8 anos de média, e o Espanhol, 26,2. O Alemão se aproxima, com 25,9, e o Francês se iguala ao Brasileirão com 25,8. Com 24,2 anos de média, o Campeonato Holandês é o mais jovem entre os estudados.
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- É uma surpresa positiva, é bom saber que atletas jovens conseguem ter espaço nos profissionais. Isso nos dá uma condição ainda melhor de formar atletas - diz Klauss Câmara, diretor da base do Cruzeiro.
Klauss lembra também que, com o projeto de refinanciamento das dívidas, os clubes terão que investir no máximo 80% de seu orçamento no futebol profissional. Com isso, em tese, precisarão recorrer ainda mais às pratas da casa.
- A consequência disso será um aproveitamento ainda maior da base, e por isso a gestão terá que ser ainda mais profissional e melhorar a qualidade da formação.
Outros dirigentes concordam e afirmam que já veem esse processo acontecer atualmente, com a utilização cada vez maior de atletas jovens.
- Vemos muitos clubes fazendo reformulação, como Grêmio, Fluminense, Corinthians e São Paulo. O Santos retomou agora que o Dorival voltou. Eu acho que é uma tendência para o futuro esse aproveitamento de jogadores da base, até porque com a crise, esse investimento terá que acontecer. Por convicção ou por necessidade - analisa Jorge Macedo, gerente de futebol do Internacional.
Marcelo Teixeira, gerente das categorias de base do Fluminense, atenta para um aspecto importante a ser visto quando jogadores tão jovens atuam nos profissionais: a transição. Ele cita as equipes B europeias como modelo de referência para esse processo.
- É um número positivo, mas temos que ser prudentes. No sub-20, o jogador atua com três grupos de idade diferentes, e no profissional, com 15 anos, ou no caso do Magno Alves, 20 anos a mais. Não é todo jogador que aguenta subir assim de uma hora para outra. Na Europa, há os times B, que ajudam o jogador nesse processo. Ele enfrenta atletas mais velhos, com bagagem, e chega aos profissionais mais preparado.
Jovens jogadores são importantes em seus clubes
Além de muito presentes no Brasileirão em quantidade, os jogadores sub-23 também são importantes em seus times. Há casos no ataque, como Dudu (Palmeiras), Luan (Grêmio) e Clayton (Figueirense), no meio-campo, com Otávio, Nikão e Marcos Guilherme (os três do Atlético-PR), e na defesa, com Alisson (Internacional), Jorge (Flamengo), Felipe Macedo (Goiás), Douglas Santos (Atlético-MG) e Marlon (Fluminense).
O artilheiro entre os sub-23 é Dudu, do Palmeiras, com nove gols marcados, seguido por Gabriel, do Santos, e Luan, do Grêmio, com oito. Dudu e Luan também lideram os sub-23 em assistências, com sete, seguidos por Clayton, do Figueirense, com seis.
Chapecoense é o time mais velho; Goiás, o mais jovem
No Brasileirão, a equipe mais velha é a Chapecoense, com 28,4 anos de média de idade, seguido pelo Vasco, que tem média de 27,2. Corinthians e Atlético-MG, que estão nas duas primeiras colocações, figuram entre os seis mais velhos. O Timão é o quarto, com 27 anos de média, e o Galo é o sexto, com 26,8.
O time mais jovem do Brasileirão é o Goiás, com 24 anos de média de idade, seguido pelo Atlético-PR, com 24,1. O Grêmio, terceiro colocado no torneio, é também o terceiro mais jovem, com 24,9 de média.
Média de idade abaixo das principais ligas
Ao todo, a média de idade do Campeonato Brasileiro é de 25,8 anos, número abaixo das principais ligas. De acordo com um estudo do CIES Football Observatory, instituto que monitora os dados de 31 ligas europeias e publicou um estudo referente ao ano de 2014, o Campeonato Italiano é o mais velho do continente, com 27,3 anos de média, seguido pelo Russo, com 27,2.
O Inglês, liga que reúne a maioria dos jogadores mais caros do mundo, tem 26,8 anos de média, e o Espanhol, 26,2. O Alemão se aproxima, com 25,9, e o Francês se iguala ao Brasileirão com 25,8. Com 24,2 anos de média, o Campeonato Holandês é o mais jovem entre os estudados.
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