Maicon volta a falar em perseguição no São Paulo: "Nunca vou aceitar"

Volante lembrou críticas da torcida no clube paulista e reiterou desejo de ficar


Fonte: Globo Esporte

Maicon volta a falar em perseguição no São Paulo: Nunca vou aceitar
Maicon não esconde o desejo de ficar no Grêmio em 2016 (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)

Maicon trocou o São Paulo pelo Grêmio em março de 2015. Cansado do que chamou à época de "perseguição" da torcida em decorrência dos maus resultados da equipe paulista no início do ano, o volante encontrou em Porto Alegre um novo motivo para sorrir. Firmou-se no time de Roger Machado e ainda ganhou a braçadeira de capitão após a venda do zagueiro Rhodolfo para o futebol turco.

Por isso, o retorno do meio-campista foi celebrado pelos tricolores contra o Santos, na quinta-feira, pela 30ª rodada do Brasileirão. O Grêmio venceu na Arena por 1 a 0 e tirou nove pontos de diferença para o Peixe, o quarto colocado.

Após a partida, reforçou a vontade de permanecer na capital gaúcha ao final do ano e falou nos motivos que o fizeram sair do clube do Morumbi. Foi perguntado sobre a sua saída do São Paulo por um repórter da Rádio CBN. Perguntou, sem se exaltar, se ele havia mudado seu estilo de jogo no Grêmio. Diante da resposta negativa, sorriu e afirmou não entender direito a situação que viveu no clube paulista.

- Aceito as críticas, porque as produtivas vão me acrescentar muito em campo. O que não aceitei lá (no São Paulo) foi perseguição. Isso não vou aceitar nunca. E acho que nenhum vai aceitar. De trabalho, ninguém nunca vai poder falar de mim. Sempre trabalhei e joguei com os treinadores campeões: Paulo Autuori, Muricy, Leão, Ney Franco. Fiz 160 jogos, não me vejo como o problema do clube. Há coisas que a gente nunca vai entender - disse Maicon.

Maicon voltou ao time titular na vitória sobre o Santos (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)

Para seguir atuando na Arena, o volante havia até pedido ao então presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, sua liberação. O valor para fechar sua compra está estipulado em R$ 9 milhões - o Grêmio já negocia para diminuir a quantia e compor até com jogadores a negociação. O objetivo de uma das lideranças do grupo de Roger Machado é levar o Tricolor a um título de expressão, algo que não acontece desde a Copa do Brasil de 2001. O Grêmio levantou o último caneco no Gauchão de 2010.

- Meu objetivo é muito grande, quero ser campeão com os meus companheiros, estamos fazendo um grande trabalho. Estive por três anos lá, sou muito grato de ter jogado em um grande clube como é o São Paulo, mas tem coisas que nunca vamos entender. Não só comigo, com outros jogadores que passaram e estão lá, que você vê que são de qualidade, mas recebem críticas. Não tenho mais 18, 19 anos. Sei administrar muito bem essas situações. Se eu jogar mal, as críticas são normais, eu não sou ignorante a esse ponto. Mas perseguir é complicado - ressaltou.

Hoje, o camisa 19 é peça fundamental no esquema tricolor. Tanto que a equipe teve dificuldades durante sua ausência por lesão na coxa direita. Quando Maicon não está em campo, inclusive, Roger precisa rearranjar a dupla de volantes. Pois Edinho e Walace têm características de marcação e não apresentam a mesma qualidade que ele na saída de bola.

Maicon volta a entrar em campo pelo Grêmio novamente na Arena, no próximo domingo, diante da Chapecoense. O tricolor gaúcho é terceiro colocado na tabela, com 55 pontos.

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