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Forjado contra craques, Geromel se derrete ao Grêmio: 'Torcedor a mais'

Zagueiro fala dos tempos de Europa, quando marcou Robben, Messi e cia., da permanência em 2016 e da briga por título e G-4: "Libertadores está de bom tamanho"


Fonte: GloboEsporte

Forjado contra craques, Geromel se derrete ao Grêmio: Torcedor a mais
Pedro Geromel concedeu entrevista exclusiva (Foto: Eduardo Moura/Globoesporte.com)

Há menos de dois anos, Pedro Geromel desembarcava em Porto Alegre para ser jogador do Grêmio. Aos 28 anos, teria sua primeira oportunidade de atuar em um grande clube do futebol brasileiro. De desconhecido, em 22 meses, passou a afirmação do elenco tricolor e uma das referências na função no cenário nacional. No Rio Grande do Sul, chegou a ser cogitado como opção real para a Seleção. Fascinado por Porto Alegre, o zagueiro deixa claro: seu futuro é no Tricolor.

Estou fascinado pela cidade e pelo carinho dos torcedores. Estou muito feliz aqui. Além de jogador, um torcedor a mais.
Geromel, sobre futuro no clube

Acostumado à vida na Europa - atuou cinco anos em Portugal, quatro na Alemanha e um ano e meio na Espanha -, Geromel se diz encantado com o que tem em Porto Alegre. O rendimento em campo, por outro lado, encanta os gremistas. O camisa 3 é líder de desarmes do Brasileirão, com 195 em 23 jogos. Pelo alto, mostra supremacia, a ponto de voltar ao time no 0 a 0 com o Cruzeiro e ser o melhor da equipe em campo.

- Marquei Robben, Ribery, Messi, Cristiano (Ronaldo). Sempre jogamos contra esses jogadores e sabemos que a margem de erro é mínima. Tem que estar concentrado, independentemente do adversário, para fazer seu melhor. E isso faz com que tenha sempre o mesmo nível. Essa regularidade é muito importante - disse Geromel, que concedeu entrevista para o GloboEsporte.com e para a RBS TV.

O zagueiro, um dos destaques do Grêmio, tem contrato se encerrando no final do ano. Porém, já há um vínculo de mais seis meses acertado. Falta apenas a homologação do documento com o Colônia, da Alemanha. O Tricolor já tem um acerto para que Geromel permaneça ao final de junho de 2016, quando expira também seu contrato com os alemães. Deixa claro seu sentimento:

- Além de jogador, um torcedor a mais - sorri o atleta.

> Confira a entrevista completa:
Você ficou fora e os resultados não vieram. Deu para ver também sua importância no grupo. Como foi observar de fora? E a importância do retorno?

É difícil ver de fora, estar querendo ajudar. Tinha jogado quase todos os jogos desde que o Roger assumiu, fiquei um jogo fora por suspensão, se não me engano contra o Sport. No resto, estava sempre presente. Não poder estar ali por lesão é complicado. Infelizmente, tivemos alguns resultados que não foram positivos, mas com certeza vamos voltar ao caminho das vitórias.

Queria relembrar seu início na Europa. Veio de lá para fazer sucesso no Brasil mais velho… Como é para fazer essa "carreira inversa"?

Acho que é importante salientar que quando cheguei, era quinta opção de zaga. Tinha Saimon, Bressan, Werley, Rhodolfo. Cheguei em Bento, um se machucou, outro não podia jogar. Fui ganhando chance, mas tive que trabalhar. Fiquei acho que uns três meses… Não fui convocado para os jogos da final do Gauchão no ano passado. Tinha chegado de fora, queria mostrar meu trabalho, mas não estava tendo possibilidade. O time estava bem, não vinha tomando gols. Queria ajudar e não me deixaram, mas fiquei trabalhando, sempre com seriedade. Acho que devia servir de exemplo para os jovens, que hoje chegam e já não jogam de começo.

E ficam de birra ainda...

É, com o próprio Zé Roberto, no ano passado, tive o exemplo. Teve dificuldade no começo do ano, mas sempre treinou sério. Quando mudou o treinador, Felipão chegou e perguntou: "joga na lateral?". Ele com 40 anos. E disse que queria ajudar, que jogava. São exemplos que ficam de coisas boas para os jovens.

O que mais marcou do período da Europa?
Foi um aprendizado enorme, se jogo do jeito que eu jogo, é pela experiência que peguei lá. Pelo que convivi, de marcar os melhores do mundo. Faz com que você aprenda, evolua. Não têm o talento brasileiro, mas compensam na força e inteligência tática. Aliando isso, têm grandes chances de ter sucesso.

Falou que marcou os melhores do mundo. Quem você marcou?
Marquei Robben, Ribéry, Messi, Cristiano (Ronaldo). Sempre jogamos contra esses jogadores. E sabemos que a margem de erro é mínima. Tem que estar concentrado, independentemente do adversário, para fazer seu melhor. E isso faz com que tenha sempre o mesmo nível. Essa regularidade é muito importante.

Esperava viver essa boa fase e reconhecido pelo clube?
Lá fora fui bastante reconhecido, fui capitão do Colônia no último ano que joguei. Joguei nos melhores campeonatos do mundo. Isso tudo para mim era normal. Quando vim, fiquei até feliz com esse anonimato. Andava na rua, fazia tudo e ninguém me reconhecia (risos). É sempre bom ser reconhecido pelo trabalho, pelo meu futebol.

Como avalia o seu momento no Grêmio? Muita gente não conhecia quem era o Geromel e hoje até tem apelido, ídolo da torcida…
É importante ressaltar o momento do clube. Estamos em terceiro no Brasileirão, não é por acaso, jogando bom futebol. Todo mundo bem. É muito mais fácil encaixar em um time que está jogando bem. Quem entra, consegue dar continuidade e ir bem. É fruto do trabalho do grupo todo.

Muitos falam em melhor zagueiro do Brasileiro, em chance na Seleção. Encara como tudo isso?
É bom ser reconhecido pelo trabalho, é um prazer ter meu nome associado com a Seleção. Ficaria muito feliz se fosse, mas estou 100% focado nos últimos nove jogos para fazer um bom campeonato com o Grêmio.

Ainda dá para alcançar o Corinthians?
A gente está em terceiro, a poucos pontos deles. É difícil, eles não perdem. Vamos fazer o possível para pressioná-los, e também temos que estar cientes que temos que ganhar nossos jogos para chegar perto deles, senão, não será possível.

Vocês ainda falam em título. Mas a classificação para a Libertadores já fica de bom grado pelo que se falava do Grêmio antes da competição?
Creio que se a gente sentasse em janeiro e firmasse: esse ano vocês vão para a Libertadores. Que vocês acham? Não vão ser campeões, mas vão para a Libertadores. Acho que 90% dos trabalhadores do Grêmio, direção e jogadores, assinaria. Não podemos ser céticos e dizer que queremos o título a qualquer custo. Vamos brigar, faremos o possível, conquistar o máximo de pontos para quem sabe conquistar o título. Mas Libertadores está de bom tamanho.

Qual a importância desta parada na reta final?
A comissão tem tudo planejado para deixar a gente tinindo neste momento e encher o tanque. Pegar os nove jogos que faltam, estar com toda a força possível e conseguir a maior parte de pontos.
O preparador físico já disse que o bicho vai pegar…

Acho bom, importante para encher o tanque. Me lesionei após jogar uma série de jogos seguidos. Vamos ter a parada para fazer academia, fazer trabalho de força. A parte tática o Roger tem muito a acrescentar, com a qualidade dele e seu trabalho. A gente vai limar as arestas para terminar bem o campeonato.

O Geromel fica no Grêmio em 2016?
Tenho contrato até junho de 2016, está praticamente certo que até junho eu sou do Grêmio. Só falta homologar uma situação lá na Alemanha.
Você já disse que fica em 2016. Mas imagino que o assédio ao Geromel seja maior, a partir das boas atuações. Seu futuro é no Grêmio?
Estou muito feliz aqui, desde que cheguei, o Grêmio me recebeu de portas abertas, o torcedor. Estou fascinado pela cidade e pelo carinho dos torcedores. Não vejo por que sair daqui.

Dá pra dizer então que está fascinado pelo Grêmio?
Com certeza. Além de jogador, um torcedor a mais.


Geromel vive grande momento no Grêmio (Foto: Lucas Uebel / Grêmio, DVG)

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