Mano avalia início promissor no Grêmio e projeta segundo semestre no clube

Mano completa um mês no Grêmio e faz balanço do trabalho Mano Menezes tomou um susto na estreia no comando do Grêmio, durante o empate em 2 a 2 com o Godoy Cruz, na Argentina, no dia 24 de abril. Esfacelado, o time praticamente não venceu duelos corpo a corpo. Foi este o primeiro diagnóstico (preocupante) que o novo treinador fez ao substituir o argentino Gustavo Quinteros. Sem tempo para iniciar a reconstrução de uma equipe que não mostrava evolução após quatro meses de 2025, precisou pensar em escalações e estratégias "no escuro", como classificou o tamanho do problema em entrevista exclusiva aos veículos do Grupo RBS na tarde de quinta-feira, no CT Luiz Carvalho . Mano Menezes chega para solucionar os problemas do Grêmio A maratona frenética do calendário brasileiro obrigou o gaúcho de 62 anos a "treinar" no primeiro tempo das partidas para, no intervalo, fazer as correções que não podia fazer com a bola rolando. Mas a situação deu indicação de mudança com a aproximação da pausa para a Data Fifa de junho. Apesar da eliminação na Copa do Brasil e classificação apenas para o playoff na Sul-Americana, o Grêmio venceu três jogos seguidos e se distanciou da zona de rebaixamento do Brasileirão.

Desafio na chegada "Acho maior dificuldade foi a densidade de jogos num curto espaço de tempo. Nos primeiros 29 dias, oito jogos e assim seguiu. Para uma equipe que não vinha bem e você chega e assume o trabalho nesse momento, tudo que é necessário é treinar, trabalhar mais, poder fazer as correções, exercitando elas, praticando elas. E tudo isso não foi possível fazer nesse período. Mas, por outro lado, encontramos um grupo com muita vontade de sair da situação que estava, querendo participar muito dessa etapa de reconstrução. Você não tem possibilidade de levar a campo, onde realmente as coisas podem se confirmar ou não. É muito difícil para o treinador colocar a equipe dele em campo sem ter a noção de que ela pode render.

O que mais precisa ajustar? "Todas as ideias são boas se bem executadas. Isso aí precisa ficar claro para todo mundo. Cada um escolhe o seu jeito, acredita no seu jeito, vence do seu jeito. E provavelmente, por ter vencido do seu jeito, é que (Quinteros) mantém aquela ideia mais conceitual. Então o Grêmio tinha escolhido uma ideia, jogava com pontas, trabalhava para que a bola chegasse nas pontas para depois fazer o acabamento da jogada. Não temos atacantes com característica de área para você ficar tentando esse tipo de acabamento. Então, por isso, escolho outra.

Projeção para o segundo semestre "A equipe do segundo semestre vai entregar mais como equipe do que a equipe vem entregando agora. A questão do quanto vai ser essa melhora, nós ainda precisamos ver, porque também temos que ver o que os outros vão fazer. O mais importante para agora é tentar vencer o Corinthians no último jogo antes da parada. Daria 18 pontos e, no visual, estar entre os 10 primeiros, provavelmente. Competições de torneio sempre é possível vencer. E o Grêmio tem muita tradição. Não à toa que venceu tantas Copas do Brasil, Libertadores com essa característica de disputa. Mas temos que passar pelo Alianza Lima (na Sul-Americana), que é onde nos enfiamos nesse momento e temos que resolver. O mais importante é fazer melhor, se cobrar no sentido de estabelecer metas para a gente ir alcançando, que os jogadores enxerguem ali na frente e que se sintam motivados por alcançá-las."