Depois da derrota de 2 a 0 para o Flamengo, em seu penúltimo jogo como técnico do Grêmio , Gustavo Quinteros deu uma declaração que soou como o prenúncio de sua demissão. Ao falar da força de alguns adversários que vinha enfrentando (ou que ainda enfrentaria), os qualificou como times grandes, candidatos ao título brasileiro. Imagino que não fosse a intenção, mas ele parecia, naquele momento, olhar estes oponentes de baixo para cima. E nada é menos Grêmio do que isso. A imortalidade que o hino de Lupicínio Rodrigues exalta não significa jamais perder, porque seria impossível: significa, isso sim, jamais dar-se por morto. É olhar adversários melhores, mais caros, mais badalados, e lembrar que a história do clube foi forjada exatamente na capacidade de superá-los. Ao se permitir lamentar a necessidade de enfrentar aqueles times grandes, candidatos ao título brasileiro, Quinteros mostrou desconhecer o Grêmio. Aí estará a missão inicial (e talvez principal) de Mano Menezes, anunciado nesta segunda-feira como novo técnico tricolor . O Grêmio precisa recuperar sua identidade. Precisa deixar de ser este time que, ao enfrentar um adversário como o Flamengo, nos faz duvidar de algo melhor do que uma derrota simples.
E acredito que ele conseguirá. É factível que Mano faça do Grêmio um time mais seguro, mais organizado – e, consequentemente, mais difícil de ser batido; que organize a equipe a partir da defesa, justamente onde está o maior problema; que aproxime setores e faça os jogadores marcarem mais e melhor. O empate por 1 a 1 no Gre-Nal do último sábado, com o auxiliar James Freitas como interino, mostrou que é possível. Já foi outro Grêmio – muito mais compacto e combativo do que nas partidas anteriores, sobretudo no vexame da goleada de 4 a 1 para o Mirassol. Mano Menezes tem um caminho: é ali, na atuação no clássico, que suas escolhas devem começar. Daquilo que o mercado oferecia, Mano era a melhor opção – por saber organizar times, por ser pragmático e por dar respostas rápidas. O Grêmio fez bem em contratá-lo. Lamento que ele, nos últimos anos, tenha mostrado menos repertório do que o futebol brasileiro passou a exigir – e tenha derrapado em certa arrogância, exemplificada nos reiterados desentendimentos com jogadores e no comportamento à beira do campo.
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