Com a demissão de Gustavo Quinteros na noite de quarta-feira após a goleada por 4 a 1 sofrida para o Mirassol, a direção do Grêmio dedica as primeiras horas desta quinta para avançar em nomes à disposição no mercado. Mano Menezes e Dorival Júnior são vistos com bons olhos, e Fernando Diniz já teria sido sondado pelo clube, conforme apurou o ge. Quem deve ser o novo técnico do Grêmio?
A mudança também abre caminho para a chegada de um coordenador técnico. Contratar um profissional para auxiliar na gestão do futebol sempre esteve na pauta da gestão Alberto Guerra, mas não era prioridade até então. O entendimento era que os auxiliares Leandro Desábato e Maximiliano Quezada circulavam bastante entre os jogadores. Por isso, não havia urgência em ter mais um profissional para o vestiário. Agora, o cenário mudou. A contratação do coordenador depende de quem será o novo treinador. Contudo, o nome de Luiz Felipe Scolari, o Felipão, seria a primeira opção para o cargo. Por enquanto, fica definido que o auxiliar da comissão permanente James Freitas comanda os treinamentos nos próximos dias e será o técnico no Gre-Nal do próximo sábado, caso o treinador não chegue até lá.
Gustavo Quinteros chegou a Mirassol pressionado. Somava-se contra o treinador a derrota em casa por 2 a 0 para o Flamengo na última rodada. Além disso, carregava desde o Gauchão uma sequência de atuações ruins do time, mesmo quando vencia. O Grêmio perdeu o Gauchão para o Inter – com direito a derrota por 2 a 0 em casa no primeiro jogo da final – e interrompeu a sequência de sete conquistas estaduais iniciada em 2018. A chance desperdiçada de igualar o octa do rival afetou o moral da torcida. Apesar de goleadas contra Caxias, São Luiz e Pelotas, quando começaram os duelos contra os times "padrão Série A" as dificuldades ficaram muito evidentes. Contra a turma da elite, o Grêmio de Quinteros conseguiu apenas duas vitórias, diante do Juventude e do Atlético-MG. No mais, foi derrotado por Inter, Ceará, Flamengo, Juventude (duas vezes) e agora Mirassol.
No meio do caminho, o Tricolor ainda sofreu nas primeiras duas fases da Copa do Brasil. Classificou-se nos pênaltis diante dos modestos São Raimundo-RR e Athletic. Nas duas vitórias pela Sul-Americana, sobre Sportivo Luqueño e Atlético Grau, o desempenho ficou longe de inspirar confiança. Depois da derrota para o Flamengo, a direção bancou o treinador e lhe deu sobrevida pelo menos até o Gre-Nal do próximo sábado. Mas no meio da semana havia o Mirassol, caçula na Série A que não deveria causar tanto sofrimento.
A direção viajou até o interior de São Paulo com a expectativa de que o quadro negativo começasse a ser revertido. Ao contrário, veio uma atuação pior ainda e a goleada de 4 a 1, que deixou o presidente Alberto Guerra "envergonhado", conforme disse em entrevista coletiva na qual anunciou a saída do técnico (leia mais aqui). O requinte de crueldade veio pelos pés do lateral-esquerdo Reinaldo, que fez valer a "lei do ex" em dose dupla. Dos jogadores mais criticados nas últimas temporadas do Tricolor, não teve o contrato renovado no fim de 2025 e assinou com o Mirassol. Na noite passada, marcou um gol de pênalti e outro de falta. Terminado o jogo, os integrantes do departamento de futebol se reuniram com Quinteros e comunicaram o fim de sua passagem após quatro meses.
Em respeito, o grupo aplaudiu Quinteros e a comissão técnica. No Estádio Municipal José Maria de Campos Maia, o presidente Alberto Guerra estava acompanhado do vice-presidente de futebol, Alexandre Rossato, do diretor de futebol, Guto Peixoto, e do executivo de futebol Luís Vagner Vivian. — Eu posso assegurar que os treinos eram muito bons. Os jogadores estavam satisfeitos com o nível de treino. Só que, infelizmente, as coisas não estavam acontecendo dentro de campo. A direção está aqui para se arriscar também, fazendo o melhor para o Grêmio. A gente viu erros individuais de jogadores que não vinham jogando mal, isso não pode ser só na conta do treinador — defendeu Guerra. Infelizmente, não dá para trocar o presidente agora, não dá para trocar os jogadores, aí acaba estourando no treinador.
Alberto Guerra, presidente do Grêmio, Gustavo Quinteros, os auxiliares Leandro Desábato, Maximiliano Quezada e Rodrigo Quinteros (filho) e o preparador físico Hugo Roldán deixaram o estádio Maião já demitidos, mas no mesmo ônibus dos jogadores e da direção. Foram para o hotel, jantaram e, na madrugada, retornaram com a delegação para Porto Alegre em voo fretado. – Buenas noches, buenas noches! – foram as últimas palavras de Quinteros pelo Grêmio. Desde que foi anunciado como substituto de Renato Portaluppi, em 28 de dezembro, Quinteros somou 109 dias à frente do Grêmio. Foram 20 jogos, com nove vitórias, cinco empates e seis derrotas. O aproveitamento foi de 53%. Após quatro rodadas, o Grêmio entrou na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Está na 17ª posição com três pontos. No próximo sábado tem "só" o Gre-Nal 447, na Arena. A bola rola às 21h.
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