Quinteros eleva patamar do Grêmio com sua atuação no time.

O Grêmio tá jogando muito mais do que eu, você, o Guerra e o Quinteros imaginávamos. E nem venha com esse papo que é só Gauchão. Afinal, nós cansamos de ver trabalhos que não acontecem nem no estadual (é só olhar o Caixinha no Santos com toda dificuldade). Temos que começar a entender que o Grêmio do Quinteros vai correr o tempo todo, irá marcar sob pressão na frente e, quando recuperar a bola, não terá nenhuma vergonha de chegar em dois ou três toques para finalizar a jogada. E, vamos ser sinceros, é muito bonito de ver também. Ter posse de bola é legal, mas ver os caras correndo como loucos e todo mundo dando passes para frente é uma “novidade” que o Grêmio precisava viver.

Cristaldo foi o protagonista do primeiro tempo. Marcou dois gols e participou do terceiro. E aqui eu preciso retomar algo que falo exaustivamente há mais de ano: Cristaldo é segundo atacante e não necessariamente um armador. Se prestar bem atenção, neste jogo, o Braithwaite foi mais armador que ele. E tá tudo certo. É só uma característica. O Cristaldo é um baita jogador. Eu só tenho certeza que rende melhor estando mais perto do gol do que sendo o pifador como se imaginou. Jogou assim e acabou sendo o melhor em campo, pelo menos no primeiro tempo. No segundo, cansou.

Quem olha para o campo, vê cinco jogadores sufocando a saída de bola do adversário quando o Grêmio não está com a bola. E, quando tem a posse, é triangulação o tempo todo. Um conceito básico de futebol que tá sendo muito bem aplicado pelo Quinteros. Tem sempre três jogadores formando um triângulo perto da bola. Conceito fundamental do jogo. A partir disso, aparecem as individualidades. O Pavón fez um jogo muito bom, mas o Edenilson entrou na ponta e também foi muito bem. O Cristaldo foi o melhor em campo e o Monsalve entrou fazendo gol. Tá na cara que não são casos individuais, é um jeito de jogar que tá começando a dar muito certo.