VITÓRIA SE PERDE EM CONTRADIÇÕES E ATÉ CITA INTER NOCASO LUCAS ESTEVES: NOTÍCIA É DE QUE JOGADOR QUER JOGAR NO GRÊMIO


Fonte: Leila Krüger

VITÓRIA SE PERDE EM CONTRADIÇÕES E ATÉ CITA INTER NOCASO LUCAS ESTEVES: NOTÍCIA É DE QUE JOGADOR QUER JOGAR NO GRÊMIO
VITÓRIA SE PERDE EM CONTRADIÇÕES E ATÉ CITA INTER NOCASO LUCAS ESTEVES: NOTÍCIA É DE QUE JOGADOR QUER JOGAR NO GRÊMIO

Aqui vou dar minha opinião pessoal, após ler opiniões de especialistas em Direito Desportivo e me informar com jornalistas, além de minha tentativa de esclarecer os fatos. O Grêmio depositou cerca de R$ 6 milhões para quitar a multa do lateral-esquerdo Lucas Esteves. Conforme a Lei Pelé, basta que a multa seja paga e o jogador estará liberado, ainda mais se não quiser permanecer no clube onde está. Bem, a conta de depósito e o valor foram informados pelo Vitória, ou por quem o clube permitiu que os representasse. Dito isso, não há muito o que os baianos possam fazer, a despeito do esbravejo de "agora é guerra, vamos entrar pesado" do presidente Fábio Mota.

Fábio Mota alega que havia uma cláusula que previa que, ao se pagar o valor da multa, que era baixa, apenas 1 milhão de dólares, o clube poderia pagar 100 mil dólares e ficar com o atleta. Isso por si só já contraria a Lei Pelé, que estabelece que, em se pagando a multa rescisória ao clube, e este tendo recebido, não adianta devolver, não adianta acionar cláusulas. E essa cláusula, existia ou foi adicionada sem conhecimento do Grêmio, por deslealdade? Vejo muita deslealdade na ação do Vitória, olhando de fora, não como gremista. Advogados em peso consideram essa cláusula inválida e estranha, assim como o Imortal.

Agora, pensemos: por que o Vitória permitiu e esperou o Grêmio enviar o PIX, e só depois pagou (supostamente) o jogador para que ficasse, 100 mil dólares, e devolveu o valor integral? Será que não pegou o dinheiro do Grêmio, conseguiu um empréstimo para enviar a Lucas Esteves como "fico", e depois devolveu o PIX? Porque poderia ter pagado esses 100 mil dólares antes de receber o PIX, que o próprio Vitória autorizou, informando a conta de depósito.

Mota, o presidente que gosta de falar e expor na mídia comprovantes sigilosos e suspeitos de negociação, chegou a elogiar o rival Sci, dizendo que os colorados desistiram da compra após tomarem conhecimento da tal cláusula, "esses sim tiveram um comportamento exemplar". Um comportamento exemplar de um clube que deve a todo mundo e está ameaçado de ações jurídicas porque sequer paga. E se Lucas Esteves não quis jogar no Sci, ainda mais sabendo da fama de mau pagador, de contratos e salários? E se o Sci, cheio de dívidas, com Bernabéi, Wesley, Thiago Maia, não tivesse 1 milhão de dólares à vista? Até porque "vendia a alma" para manter Bernabéi à época por 5,5 milhões de euros.

Mais: anuncia-se que o próprio jogador Lucas Esteves não quer ficar e quer muito jogar no Grêmio. Que pena, não é mesmo, presidente Mota? Por isso Esteves ingressou na Justiça Desportiva para rescindir seu contrato com o Vitória e jogar no Clube de Todos. "Ah, mas ainda é jogador do Vitória." O que se publicou por ai é que o atleta declarou que não recebeu nenhuma quantia, os tais 100 mil dólares, para ficar. Ou não aceitou.

Lucas Esteves deseja muito amplificar sua carreira em um clube maior e mais vencedor, com mais torcida como o Grêmio. Está certo. Se empresários podem aliciar, um clube igualmente pode, talvez burlando a Lei.

ARTIMANHAS DO VITÓRIA

Mas o Vitória tem uma carta na manga: alegar assédio ao jogador Lucas Esteves por parte do Grêmio. O que, até agora, se mostra incongruente: o jogador quer sair, e como provar que foi coagido diretamente por empresários? Quem não quereria jogar em um clube mais tradicional e com mais camisa? Conversas entre empresários e jogadores ocorrem o tempo todo. Será que a suposta coação do Grêmio é que fez Lucas Esteves querer sair do Vitória e ir para o Grêmio?

Mais que isso: como referido, o Vitória, ou seus representantes, autorizaram o Grêmio a depositar o PIX, portanto, a cumprir a Lei Pelé: pagar a multa e levar o jogador. Qualquer cláusula adicional a isso não se aplica porque contradiz a Lei Desportiva, faz-se nula. A conta do E.C. Vitória foi disponibilizada para o depósito. Não me diga que os empresários aliciadores do Grêmio descobriram a conta e depositaram, se arriscando a descumprir a suposta cláusula do "fico"!

O Vitória está ingressando na Justiça contra o Grêmio por aliciamento: é sua tentativa, mas não vemos base contundente até aqui. O clube disponibiliza a conta, recebe a multa mas não sabia de nada? O jogador quer sair, e quem vai provar que por aliciamento? Porque essa cláusula de, após receber a multa poder segurar o jogador, repetindo, contraria a Lei Pelé: pagou a multa, depositando na conta do clube detentor do atleta, levou.

É um caso tão estapafúrdio - e amador, a meu ver, da parte do Vitória - que muitos juristas, como o advogado Andrei Kampff, especialista em Direito Desportivo, disse nunca ter visto caso semelhante. Que gambiarra faz o Vitória! Expôs a devolução do PIX para Venê Casagrande, citou a tal cláusula e que a pagou, em conflito com a fala do jogador que, como se viu nas redes, afirmou não ter recebido. O próprio lateral acionou a Justiça para ser liberado.

Mais ou menos assim: a Justiça determina que não se podem apreender bens de uso básico, como fogão, cama etc., ao se penhorar bens por uma dívida em causa perdida. O agente judiciário vai lá verificar o que pode penhorar para leilão, não encontra nada para levar, talvez tenham escondido tudo. Mas, no contrato assinado entre as partes, o credor fez uma cláusula de que poderiam levar qualquer bem da residência do devedor. Isso vai contra a Lei pré-estabelecida e é nulo. Esse é um comparativo que consigo fazer com o caso do Vitória contra o Grêmio.

PRESIDENTE DA CBF, EDNALDO, É TORCEDOR DO VITÓRIA

Agora veremos o quanto relações pessoais podem interferir em um caso que, à vista da maioria dos juristas, exceto de Fábio Mota e dos aliados do Vitória, é favorável ao Grêmio. Ednaldo, presidente da CBF, é presidente do clube baiano. A CBF já tem fama de casos suspeitos de corrupção, dentro e fora de campo. Veremos se a Lei vai prevalecer.

No fim, quem passa vergonha no meu ponto de vista é o Vitória: Lucas Esteves na Justiça para ser liberado, mas o clube insiste em prendê-lo mesmo tendo recebido a multa que o liberaria. O presidente Fábio Mota segue fazendo ameaças e declarações: não é erguendo a voz que vai vencer, é mostrando provas e agindo em conformidade com a Lei Desportiva Brasileira.

O caso está na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), órgão criado em 2016 pela CBF, tanto pela parte do Grêmio como do Vitória. E ainda do atleta Lucas Esteves que deseja liberação imediata do clube nordestino.

Veremos se esta cláusula existe, se o jogador recebeu e aceitou o "fico" de 100 mil dólares, somente após o PIX do Grêmio cuja conta para depósito o próprio Vitória forneceu, o que indica que o clube de Mota sabia de tudo e não foi aliciado. Veremos se essa cláusula é capaz de sobressair à Lei Pelé de pagamento de multa e liberação dos jogadores: por isso, os times colocam multas nas alturas, para não perderem o jogador.

Seria fácil se pudessem fazer cláusulas como as que Mota alega ter em mãos! Todo mundo faria! Agora, resta a força política, ultimamente debilitada, dentro e fora de campo, do Jurídico do Grêmio. É questão de Justiça, de cumprir a Lei. No Brasil, adoram relativizar as leis, o que nos faz uma semi-democracia, inclusive no futebol.

Em 2018, o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, por ser torcedor do River ou apoiar o clube argentino, descumpriu a Lei Desportiva da Libertadores e não excluiu os Millonarios da competição, com perda de pontos ou por descumprimento de regra, na invasão do suspenso técnico Gallardo ao estádio durante o jogo e inclusive ao vestiário. O Grêmio foi desclassificiado. Outra injustiça acontecerá por motivos aparentemente pessoais? Por interferência externa que invalide a Lei?

Aguardamos cenas dos próximos capítulos. Agora eu, se fosse Lucas Esteves, pediria para não jogar o BaVi, Bahia x Vitória, já que está em uma situação complicada e, até onde foi divulgado, quer sair. Que papelão, hein, Vitória! Fábio Mota, fale menos e prove mais. E sem pessoalidade com o presidente torcedor da CBF. É apenas falatório e "golpe do PIX" até que se prove o contrário, mas de maneira veemente e dentro da Lei Pelé e de toda a Lei Desportiva.

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