É hora de o Grêmio "decolar" (mais uma vez) no Brasileirão

O Grêmio não tem uma tabela exatamente fácil pela frente. Os próximos dois jogos vão ser desafiadores: Fluminense no Maracanã e Palmeiras no Allianz Parque. A boa notícia é que o Imortal tem um histórico de crescer nas dificuldades, ainda mais com Renato Portaluppi, como na classificação improvável à Libertadores e na conquista improvável do Hepta em 2024, como na "sobrevivência" aos vários jogos com a equipe totalmente reserva no começo do Brasileirão, devido a datas malfadadas da FGF e da Libertadores. Perdeu todos, e isso estamos tentando recuperar agora.

Ademais, o Clube de Todos teve problemas com apito e STJD, isso é nítido. Qual time tem só dois pênaltis no Brasileirão, e uns 15 contra, muitos deles descabidos? Considero que o Grêmio é o clube mais prejudicado pela CBF e STJD não só em 2024, mas em 2023, quando lhe foi tirado o título, e não foi só contra o Corinthians, e além disso nos anos anteriores fomos vítimas de equívocos gigantescos. Essa realidade não cabe no discurso do rival, que tem um conselheiro eleito e ativo, Francisco Novelletto, como vice da CBF, embora réu condenado e investigado até por improbidade administrativa e citado como interferente direto na arbitragem pelo jornalista Jorge Nicola.

Tudo bem, a CBF não é confiável, nem a Conmebol, nem a FGF, e árbitros ruins ou mal-intencionados vão continuar apitando. Como Édina Batista, Wilton Pereira Sampaio, Flávio de Souza, Ramon Abatti, Raphael Claus e Luiz Flávio de Souza (sempre alvos de reclamação, marcou pênalti duvidoso para o Vitória contra o Flu). Pouco podemos fazer. Mas não é hora de priorizar o apito maléfico e motivo de desconfiança no Grêmio, é hora de organizar o time, lidando com seguidas lesões e desfalques por cartões.

Voltam Dodi e Diego Costa, um titular, outro um dos melhores centroavantes que já atuaram no Brasil, já indicado a Chuteira de Ouro, com carreira brilhante em times de ponta da Europa. É exímio cabeceador, e pode jogar com Braithwaite. Dodi é o único e melhor marcador nato à frente da zaga (direção gremista: dois volantes marcadores, no mínimo, para 2025, um deles titular). Villasanti é volante construtor box to box, aliás, vem sendo o melhor do Brasil. É uma pena sobrecarregá-lo com toda a marcação do meio, diante de laterais que não marcam. E que fase de João Pedro! Seria muito ruim trocá-lo por Igor Serrote, convocado ao Sub-2o, ou mesmo Fábio?

É um jogo de cada vez.

O Grêmio cresce nas adversidades, e elas não costumam ser poucas. Mas é urgente, como mencionamos, ter um time bem distribuído tática e tecnicamente, porque contra o Atlético-GO foi um "deus-nos-acuda" em que as individualidades salvaram o clube mais popular do Sul. Aguardemos a arbitragem e o VAR contra o Flu, estamos de olho. E a escalação de Renato Portaluppi, que declarou que o Grêmio não tem titulares hoje, se dá conforme o jogo. Está certo. Mas não se pode perder o entrosamento, e isso falta ao Imortal. Obs.: o que acontece com Kannemann, sem rodeios, é uma infâmia considerando sua história no Tricolor. Ninguém sabe por que não joga, em um momento ruim de Jemerson como zagueiro-esquerdo e sem Gustavo Martins, lesionado.

Avante, Grêmio, fugir do Z4, carimbar uma vaga na Sul-Americana, único título oficial atual que falta ao Clube de Todos, e, quem sabe... Quem sabe o que mais? O Grêmio é o Grêmio. Hora de honrar o manto e a torcida apaixonada!

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