De maneira alguma quero desmerecer o rival, e a rivalidade histórica, emocionante, que move multidões, o Grenal. A meu entender, a mais acirrada disputa entre clubes do Brasil e da América Latina, ultrapassa o futebol. Sim, mais que Boca e River. Cruzeiro e Galo. Muito mais que Palmeiras e Corinthians. Na verdade, não quero nem falar do Inter, aqui falo de Grêmio. E não quero falar, muito menos, da "Dupla". Essa coisa de Dupla, mesmos patrocinadores, "50%/50% no RS" (na verdade, a supremacia azul é bem maior entre os gaúchos, e no Sul, e no Brasil e até no globo, clube não mais regional que é). Não digo isso com soberba, ao menos tento. É que chegou a hora de o Grêmio se desligar de seu "irmão siamês" no futebol, dessa co-dependência que não há em nenhuma outra rivalidade do mundo, muito menos no Brasil. E, enfim: o Grêmio PRECISA virar SAF, e não "A Dupla precisa virar SAF" (com a mesma SAF, inclusive). O Grêmio precisa de uma SAF à sua altura, com 220 títulos desde sua fundação, diante de apenas 119 do rival, contando eles o feminino, é só conferir nos sites oficiais dos clubes.
Então, chega de Dupla. Até porque a violência, especialmente do lado de lá, e a belicosidade, recusando estádio ao Grêmio sem casa, a solidariedade, agredindo jogadores e torcedores gremistas, cantos homofóbicos, órgãos públicos clubistas, impunidade para eles, rigor para o Maior do Sul, tudo isso faz com que seja insustentável A Dupla. Acho eu que o Internacional precisa muito mais ser Dupla do Grêmio que o oposto. O Grêmio tem se destacado mais, antes e após os anos 2000, que os anos 2000 foram os tempos áureos do Internacional. Aí você fala na década de 1970: ganharam Taça Brasil CBD, nunca Brasileirão CBF, jogaram dez vezes a série prata, a antiga B, com um título. Grêmio jogou uma vez, sagrou-se uma vez campeão. Unificaram títulos do campeonato nacional antigo, mas não as segundonas? Eles que falam tanto em "rebaixamento". Pois que falem, já caíram, time grande cai, até times maiores que times grandes vão ao descenso, com mais torcida e títulos. E com Mundial, sim senhor, que não adianta espernearem os colorados, únicos que não aceitam que o Grêmio é campeão mundial, isso nem se discute entre outras torcidas. Ah, patrocinador diferente? Moldes diferentes?Então cancelem seu tri CBD que não é nem nunca foi CBF.
Bem, mas como eu ia dizendo. SAF. O marco do fim da Dupla. Já escrevi um artigo aqui sobre isso. Renato Portaluppi declarou já, inteligente como é, que o futuro do futebol é SAF. E é o futuro do Grêmio, de tantos vilipêndios e agruras financeiras, vendas baratas demais, gestões ruins. Ou o Grêmio vira SAF assim que possível, ou ficará para trás de vez. Veja: Fortaleza, Botafogo, Bahia, Vasco, Athletico (com "h" e nova identidade visual), até RBB Bragantino (embora este ande mal) ressuscitaram. Imagine uma SAF em um clube com a história, a camisa e a torcida do Imortal. Torcida esta escolhida a mais fiel em recente pesquisa, podem averiguar no Google. Talvez por isso essa torcida tenha medo de "perder o clube que lhe pertence", o clube que lhe mora no coração, que é seu próprio coração, para uma administração empresarial, ou melhor, uma SAF. Os clubes sempre são primordialmente sua torcida, por isso não perderá.
Perderá, isso sim, se não permitir evoluir e se torne SAF. E não a mesma SAF do Inter, e não os mesmos patrocinadores, e não qualquer SAF. Cruzeiro e Atlético-MG têm suas SAFs e seus patrocinadores individuais, Vitória não recorre aos mesmos patrocinadores e nem é SAF como o rival Bahia, Corinthians não é SAF como o Palmeiras é com a Crefisa na prática, e Leila Pereira mudou a história do Palmeiras como Textor está mudando o Botafogo, e o Grupo City o Bahia, e estão reerguendo outros "esquecidos" como Fortaleza e Vasco.
Olhe para a parte de cima da tabela do Brasileirão: todos SAFs. Exceto Flamengo e São Paulo que tem três mundiais, Campeão de Tudo, a camisa muito lhe pesa, é o maior do Brasil. E, repito: Palmeiras na prática é uma SAF da Crefisa. De Leila Pereira.
O fim da "Dupla", por fim, não significa a derrocada da rivalidade, nem perto disso. Nem que ambos não sejam gigantes. Mas, insisto: o Grêmio cada vez mais clama por seu próprio protagonismo, por seus próprios patrocinadores, por sua própria SAF. Gestões mais profissionais, e o fim desta mania de viver sofrendo por falta de dinheiro, mesmo com recordes de vendas, sócios, marketing. Em uma SAF, há vários modelos e ajustes a serem definidos. Mas a quem, dentro do Grêmio, não interessa entregar seu cargo, sua gestão, seu acesso ao Financeiro do clube? Compra-se mal e vende-se mal, não existe dinheiro para competir com as SAFs ou com o Flamengo que não precisa disso, ao menos por enquanto, é um caso único no futebol da América Latina.
Alô, Alberto Guerra, alô, Antônio Brum, alô, Vivian (quem?), de tão questionadas competências e habilidades financeira e administrativas. O Grêmio está caindo de maduro para virar SAF. Qual SAF? Me parece que já houve o interesse do Grupo City. Textor seria bom. E tem outras, sei lá, o futebol no Brasil e no mundo está se tornando isso: Sociedade Anônima de Futebol - SAF. Nenhum grande clube da Europa ou do Brasil deixou de ter apaixonada torcida, e cada vez maior, e cada vez mais competitividade e títulos, por ter se tornado SAF. Só aqui, na "aldeia", insistem com "A Dupla" e o medo da SAF. Banrisul pode ser patrocinador de ambos, devido aos "favores financeiros", mas menor. Esportes da Sorte, idem. Até o material esportivo é hora de trocar, o Imortal já viceja uma proposta muito mais rentável de uma multinacional, apesar de a Umbro já pagar mais ao Grêmio que a Adidas ao Inter. A Adidas parece renegar os clubes da América do Sul, folga-se em sua grife, doa pouco e não parece ter muito gosto estético. Diferente de na Europa. Um tipo de colonialismo, talvez. Talvez, é só uma opinião.
Por fim: se Cacalo estivesse vivo, e não mais está, e que o Deus dos céus azuis com nuvens brancas e o brilho do Sol das taças o receba, e que seja imortalizado entre os gremistas; se vivo estivesse, diria: Grêmio, seja SAF. Cacalo sempre tentou o melhor para o Imortal, brigava com todo mundo pelo seu clube, com a imprensa, com quem tentasse diminuir o tamanho do "tri-rebaixado". E ao mesmo tempo tricampeão da América, campeão do mundo, 220 títulos, o maior time fora de Rio-São Paulo. Sei que o assunto SAF já foi debatido e deixado de lado na direção do tricolor. Agora não, disseram. Mas agora, agora, sim, por favor!
O outro lado da Dupla parece "morrer de medo" de perder seu status de Dupla. Só que agora é hora de acompanhar a revolução do mundo, do futebol, do Grêmio. Um clube que trouxe Suárez, que se disse novo torcedor do Grêmio, e a família de CR7 e talvez CR7, que recebeu o manto. Fato é que tudo muda, apenas uma coisa não mudará no futebol: a bola será redonda, e as torcidas serão apaixonadas por seus clubes. Ainda mais aquela que é a mais fiel, e sofrida, do Brasil. A mais prejudicada pelo apito, pelo poder público, pelo STJD. Desafio você a pesquisar sobre isso. Dois mil e oito no Brasileirão, 2018 na Libertadores, 2023 no Brasileirão outra vez... etc. E a multidão do Grêmio continua viva e cada vez maior e mais forte. Merecemos uma SAF. Uma robusta, empolgada e benevolente SAF, do tamanho do Grêmio e de sua torcida que é o próprio Grêmio.
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Então, chega de Dupla. Até porque a violência, especialmente do lado de lá, e a belicosidade, recusando estádio ao Grêmio sem casa, a solidariedade, agredindo jogadores e torcedores gremistas, cantos homofóbicos, órgãos públicos clubistas, impunidade para eles, rigor para o Maior do Sul, tudo isso faz com que seja insustentável A Dupla. Acho eu que o Internacional precisa muito mais ser Dupla do Grêmio que o oposto. O Grêmio tem se destacado mais, antes e após os anos 2000, que os anos 2000 foram os tempos áureos do Internacional. Aí você fala na década de 1970: ganharam Taça Brasil CBD, nunca Brasileirão CBF, jogaram dez vezes a série prata, a antiga B, com um título. Grêmio jogou uma vez, sagrou-se uma vez campeão. Unificaram títulos do campeonato nacional antigo, mas não as segundonas? Eles que falam tanto em "rebaixamento". Pois que falem, já caíram, time grande cai, até times maiores que times grandes vão ao descenso, com mais torcida e títulos. E com Mundial, sim senhor, que não adianta espernearem os colorados, únicos que não aceitam que o Grêmio é campeão mundial, isso nem se discute entre outras torcidas. Ah, patrocinador diferente? Moldes diferentes?Então cancelem seu tri CBD que não é nem nunca foi CBF.
Bem, mas como eu ia dizendo. SAF. O marco do fim da Dupla. Já escrevi um artigo aqui sobre isso. Renato Portaluppi declarou já, inteligente como é, que o futuro do futebol é SAF. E é o futuro do Grêmio, de tantos vilipêndios e agruras financeiras, vendas baratas demais, gestões ruins. Ou o Grêmio vira SAF assim que possível, ou ficará para trás de vez. Veja: Fortaleza, Botafogo, Bahia, Vasco, Athletico (com "h" e nova identidade visual), até RBB Bragantino (embora este ande mal) ressuscitaram. Imagine uma SAF em um clube com a história, a camisa e a torcida do Imortal. Torcida esta escolhida a mais fiel em recente pesquisa, podem averiguar no Google. Talvez por isso essa torcida tenha medo de "perder o clube que lhe pertence", o clube que lhe mora no coração, que é seu próprio coração, para uma administração empresarial, ou melhor, uma SAF. Os clubes sempre são primordialmente sua torcida, por isso não perderá.
Perderá, isso sim, se não permitir evoluir e se torne SAF. E não a mesma SAF do Inter, e não os mesmos patrocinadores, e não qualquer SAF. Cruzeiro e Atlético-MG têm suas SAFs e seus patrocinadores individuais, Vitória não recorre aos mesmos patrocinadores e nem é SAF como o rival Bahia, Corinthians não é SAF como o Palmeiras é com a Crefisa na prática, e Leila Pereira mudou a história do Palmeiras como Textor está mudando o Botafogo, e o Grupo City o Bahia, e estão reerguendo outros "esquecidos" como Fortaleza e Vasco.
Olhe para a parte de cima da tabela do Brasileirão: todos SAFs. Exceto Flamengo e São Paulo que tem três mundiais, Campeão de Tudo, a camisa muito lhe pesa, é o maior do Brasil. E, repito: Palmeiras na prática é uma SAF da Crefisa. De Leila Pereira.
O fim da "Dupla", por fim, não significa a derrocada da rivalidade, nem perto disso. Nem que ambos não sejam gigantes. Mas, insisto: o Grêmio cada vez mais clama por seu próprio protagonismo, por seus próprios patrocinadores, por sua própria SAF. Gestões mais profissionais, e o fim desta mania de viver sofrendo por falta de dinheiro, mesmo com recordes de vendas, sócios, marketing. Em uma SAF, há vários modelos e ajustes a serem definidos. Mas a quem, dentro do Grêmio, não interessa entregar seu cargo, sua gestão, seu acesso ao Financeiro do clube? Compra-se mal e vende-se mal, não existe dinheiro para competir com as SAFs ou com o Flamengo que não precisa disso, ao menos por enquanto, é um caso único no futebol da América Latina.
Alô, Alberto Guerra, alô, Antônio Brum, alô, Vivian (quem?), de tão questionadas competências e habilidades financeira e administrativas. O Grêmio está caindo de maduro para virar SAF. Qual SAF? Me parece que já houve o interesse do Grupo City. Textor seria bom. E tem outras, sei lá, o futebol no Brasil e no mundo está se tornando isso: Sociedade Anônima de Futebol - SAF. Nenhum grande clube da Europa ou do Brasil deixou de ter apaixonada torcida, e cada vez maior, e cada vez mais competitividade e títulos, por ter se tornado SAF. Só aqui, na "aldeia", insistem com "A Dupla" e o medo da SAF. Banrisul pode ser patrocinador de ambos, devido aos "favores financeiros", mas menor. Esportes da Sorte, idem. Até o material esportivo é hora de trocar, o Imortal já viceja uma proposta muito mais rentável de uma multinacional, apesar de a Umbro já pagar mais ao Grêmio que a Adidas ao Inter. A Adidas parece renegar os clubes da América do Sul, folga-se em sua grife, doa pouco e não parece ter muito gosto estético. Diferente de na Europa. Um tipo de colonialismo, talvez. Talvez, é só uma opinião.
Por fim: se Cacalo estivesse vivo, e não mais está, e que o Deus dos céus azuis com nuvens brancas e o brilho do Sol das taças o receba, e que seja imortalizado entre os gremistas; se vivo estivesse, diria: Grêmio, seja SAF. Cacalo sempre tentou o melhor para o Imortal, brigava com todo mundo pelo seu clube, com a imprensa, com quem tentasse diminuir o tamanho do "tri-rebaixado". E ao mesmo tempo tricampeão da América, campeão do mundo, 220 títulos, o maior time fora de Rio-São Paulo. Sei que o assunto SAF já foi debatido e deixado de lado na direção do tricolor. Agora não, disseram. Mas agora, agora, sim, por favor!
O outro lado da Dupla parece "morrer de medo" de perder seu status de Dupla. Só que agora é hora de acompanhar a revolução do mundo, do futebol, do Grêmio. Um clube que trouxe Suárez, que se disse novo torcedor do Grêmio, e a família de CR7 e talvez CR7, que recebeu o manto. Fato é que tudo muda, apenas uma coisa não mudará no futebol: a bola será redonda, e as torcidas serão apaixonadas por seus clubes. Ainda mais aquela que é a mais fiel, e sofrida, do Brasil. A mais prejudicada pelo apito, pelo poder público, pelo STJD. Desafio você a pesquisar sobre isso. Dois mil e oito no Brasileirão, 2018 na Libertadores, 2023 no Brasileirão outra vez... etc. E a multidão do Grêmio continua viva e cada vez maior e mais forte. Merecemos uma SAF. Uma robusta, empolgada e benevolente SAF, do tamanho do Grêmio e de sua torcida que é o próprio Grêmio.
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