Contratações: Grêmio precisa priorizar marcadores e não apenas atacantes


Fonte: Leila Krüger

Contratações: Grêmio precisa priorizar marcadores e não apenas atacantes
Sabemos que o Grêmio está procurando se reforçar, e a prioridade são atacantes e centroavantes. Principalmente após a lesão grau III de Diego Costa, que vinha sendo o "salva-vidas" do time no ataque: sem ele, o Tricolor tem o menor número de gols no Brasileirão 2024. Mas, para além dessa situação, é necessário considerar que o meio-campo também precisa ser prioridade: há tempos o time não tem um bom cão de guarda à frente da zaga (como sempre teve, muitas vezes com atletas formados na base como Rafael Carioca, Fernando e Walace) para fazer companhia a Villasanti, que retorna da Copa América.

Renato já pediu, ao menos é o que as notícias dizem, um "cão de guarda" para a zaga. Não adianta ficar apenas trocando goleiros, zagueiros e laterais: o problema se encontra, em grande parte, no meio. Além de na falta de velocidade em um preparo físico ruim, que provoca praticamente uma lesão por jogo (treinamentos ou preparador físico, ou nutrição?).

Insisto sempre que Vilasantti não é primeiro homem do meio, mas segundo votante construtor, que é como joga na Seleção do Paraguai (eventualmente recuado). É certo que consegue marcar, mas por que o Grêmio leva tantos gols? E isso não ocorre só em 2024. Contrataram bons zagueiros, Rodrigo Caio (ótima aposta) e Jemerson, e há a joia Gustavo Martins, que vem amadurecendo e se revelando um grande zagueiro, já campeão pela Seleção Sub-2o. Mas faltam volantes.

Como assim? O Grêmio tem tantos volantes, você pode pensar. Mas quais podem ser aproveitados para sonhar com títulos? E quais são marcadores à frente dos zagueiros, não improvisados? Dodi é o único primeiro volante do grupo, e regular, mas é urgente um jogador com mais estatura, porte físico e técnica. Carballo e Pepê vêm mal (qual é a função de Pepê e a de Carballo?). Edenílson é mais meia que marcador, Ronald é segundo volante como Villasanti, Mila, da base, está lesionado faz tempo e é aposta. Du Queiroz não aprovou, e se mostrou mais ofensivo.

Além de jogadores ofensivos, o Imortal precisa de marcadores no meio-campo e meias. Inclusive, esse é o segredo de um bom time: Renato reforçou o meio contra o Flu e foi pouco ameaçado, embora tenha jogado sem camisa 9. E quem sai, se Dodi ou outro primeiro volante permanecerem no time titular e entrar um centroavante (por enquanto, eu continuaria jogando sem, já que não temos um)? Apostaria em Pepê. Não vem bem. Levo mais fé em Edenílson, era titular no Galo até se lesionar. Pepê não é o mesmo. Carballo poderia ser vendido, não se sabe bem onde joga e pouco tem jogado desde que veio, sempre lesionado.

Por fim, a impressão é de que o amadorismo é tamanho no Grêmio que, muitas vezes, a direção não sabe exatamente a posição um atleta contratado: casos de Carballo e Pepê, que se mostraram mais ofensivos do que se pensava, e Villasanti (este é tão bom que "quebra o galho" como primeiro volante). O Imortal sempre formou bons marcadores, o último deles Arthur Melo. Mas faz um tempo que isso não ocorre. Então, tem de contratar, e abrir o bolso. Se o ataque não faz gols, a defesa é vazada em praticamente todos os jogos. Assista aos jogos do time de Renato Portaluppi, e verá a facilidade com que os atacantes adversários chegam à área gremista. Faltam marcadores, não apenas quem retenha a bola e a faça circular. Falta proteção à zaga e aos goleiros.

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