O escândalo das lesões no Grêmio


Fonte: Leila Krüger

O escândalo das lesões no Grêmio
Muito tem se falado, neste momento de crise no Grêmio, na ineficácia da direção ao contratar, de Renato Portaluppi ao treinar, do problema de "não ter casa" (recentemente, o Imortal voltou a treinar no CT em Porto Alegre e deve mandar seus jogos do Brasileirão, por enquanto, no estádio Centenário em Caxias do Sul, próximo a Porto Alegre). Não ter treinado por um bom tempo. Mas pouco se fala no escândalo das repetidas e graves lesões nos atletas gremistas, comprometendo seriamente o futebol do Clube de Todos.

Só em 2024, foram 18 (você leu certo, dezoito) lesões no plantel gremista profissional, sendo que alguns se lesionaram duas ou três vezes, mesmo sendo jovens, como Cuiabano (agora no Botafogo, finalmente magro e jogando muito), Jhonata Robert, Geromel, Marchesín, Bruno Uvini e André Henrique. É praticamente uma lesão por jogo. No mais recente, contra o Atlético-GO, o jovem Gustavo Martins, de 21 anos, promissor zagueiro, sentiu a coxa ao correr. Algo está muito errado no DM do Grêmio, embora os profissionais de saúde tenham sido trocados recentemente.

Haveria algum problema na preparação física, ou, ainda, nos treinamentos comandados por Renato? O pior é que o time parece não ter fôlego, não tem velocidade na marcação e no ataque (falta, repito, um bom cão de guarda à frente da zaga, e não é Villasanti que é e joga como volante construtor na Seleção do Paraguai).

Já deu para recuperar o tempo sem treinar, "sete ou oito jogos", disse Renato Portaluppi. Já passou. E por que o rival Inter não tem tido essa dificuldade em correr, e uma epidemia de lesões, já que passou pela mesma situação das enchentes? O Imortal joga em 110 volts, enquanto os adversários, em 220. Quando seus atletas tentam correr, perdem a corrida ou se lesionam.

O "escândalo" mais recente é do atacante André Henrique, de 22 anos, comprado por 1,2 milhão de euros. Recuperava-se de uma lesão grau III durante meses, e foi só voltar a treinar que veio outra lesão grau III há pouco. O mesmo se deu com outros profissionais: voltaram da lesão, lesionaram-se outra vez. Que DM eficiente libera um atleta, mesmo jovem, para se lesionar novamente, com a mesma gravidade, logo em seguida? Que DM consegue ter cerca de 20 jogadores machucados em 5 meses?

Dos lesionados, certamente o centroavante Diego Costa (lesão grau III) é quem mais faz falta. O Grêmio tem o pior ataque do Brasileirão, me parece. A lista dos jogadores lesionados no Grêmio em 2024, em ordem cronológica desde 13 de janeiro deste ano, é: Cuiabano, Jhonata Robert, Soteldo, novamente Cuiabano, Nathan Fernandes, novamente Jhonata Robert, Marchesín, Reinaldo, Bruno Uvini, Gustavo Martins, Geromel, André Henrique, Bruno Cheron, Mayk, Christian Pavón, novamente Geromel, novamente Marchesín, novamente Reinaldo, novamente Bruno Uvini, novamente Gustavo Martins, novamente Geromel, novamente André Henrique, novamente Bruno Cheron, novamente Mayk, novamente Christian Pavón, novamente Geromel, Diego Costa, e, agora, novamente André Henrique. Nessa lista não estão presentes os machucados - em grau III - Jardiel e Jefinho, este, duas vezes seguidas, promessas da base. É inacreditável e inadmissível!

Portanto, antes de pensar apenas em contratações, é urgente considerar o condicionamento físico que provoca tantas lesões e recorrentes nos atletas do Grêmio, ao mesmo tempo em que não têm explosão e alguns até parecem acima do peso. Até nutricionista trocaram no Clube de Todos, mas, pelo visto, não adiantou. Devemos ainda considerar se, nos treinamentos de Renato Portaluppi, os jogadores estão de fato treinando, de maneira a adquirirem força muscular, velocidade e organização tática. As lesões no Imortal, problema crônico que já ocorre há uns três anos ou mais, são um escândalo. Essa situação não pode continuar.

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