Grêmio questiona destino do dinheiro do seguro da Arena.


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Grêmio questiona destino do dinheiro do seguro da Arena.

O conflito público entre Grêmio e Arena Porto Alegrense, administradora do estádio, ganhou mais um capítulo na noite desta quinta-feira. O clube gaúcho publicou nota oficial e questionou a manifestação pública da empresa. O Tricolor também pede um prazo para o retorno e disse ter feito a solicitação judicial de depósito em uma conta conjunta porque tem preocupação com o uso do seguro. O valor do seguro está na casa dos R$ 70 milhões. O Grêmio obteve decisão judicial favorável para que o dinheiro seja depositado em uma conta na qual o Tricolor também tenha participação. A alegação é de ter um controle maior sobre o destino dado aos recursos. - O Grêmio tem justificado receio de que os valores da indenização do seguro da Arena tenham também outras aplicações, conforme já se viu em ocasiões anteriores, quando a direção da Arena destinou recursos para fins diferentes do seu objeto social e daqueles previstos em contrato com o Grêmio - diz trecho da nota. No texto, o Grêmio também rebateu a versão de que a decisão gerará uma demora maior para que o estádio esteja em condições de ser utilizado novamente. O clube reclama que a Arena não dá prazo para a retomada das atividades. A Arena havia se manifestado pouco depois da derrota do Grêmio para o Fortaleza, na noite desta quarta-feira. Na nota, sustentava que o Tricolor havia pedido a suspensão dos pagamentos do seguro e afirmou que a medida atrasaria a volta dos jogos ao estádio,. o que o Tricolor nega. A Arena ficou alagada por 23 dias durante as enchentes em Porto Alegre. Veja a nota do Grêmio na íntegra "Diante das manifestações da Arena Porto Alegrense, o Grêmio esclarece: 1. Ninguém mais do que o Grêmio, seus associados e torcedores, querem o imediato retorno à Arena; 2. Todas as tentativas feitas pelo Grêmio para obter junto ao Sr. Mauro Araújo, diretor-presidente interino da Arena, informações sobre a extensão dos danos, execução de obras e serviços de reparação e, principalmente, previsão de retorno, foram frustradas; 3. O Grêmio participa de 3 competições simultâneas, manda seus jogos na casa de terceiros, e não consegue planejar seu futuro em Porto Alegre exclusivamente por conta da falta de informações básicas sobre o plano de recuperação; 4. O Grêmio tem justificado receio de que os valores da indenização do seguro da Arena tenham também outras aplicações, conforme já se viu em ocasiões anteriores, quando a direção da Arena destinou recursos para fins diferentes do seu objeto social e daqueles previstos em contrato com o Grêmio; 5. Diante desse cenário grave, pressionado pela necessidade do imediato retorno das atividades do Estádio, o Grêmio propôs medida judicial para garantir o cumprimento, pela diretoria da Arena, das regras contratuais que dão ao clube a prerrogativa de aprovar e fiscalizar a destinação dos recursos advindos da cobertura de seguro; 6. A ordem judicial não atrasará a execução das obras e serviços e tampouco a aquisição de equipamentos pela Arena, visto que é o Grêmio o maior interessado na imediata retomada de suas atividades no estádio, e que o retorno à situação de normalidade deve-se dar no menor tempo tecnicamente possível, confome reconhecido em contrato e na decisão judical em referência; 7. Por fim a Diretoria do Grêmio repudia as manifestações públicas do Sr. Mauro Araújo, imputando ao clube responsabilidades que são exclusivas da Arena, e reforça a questão central: onde está o plano de recuperação da Arena? Em qual data o Grêmio vai voltar a mandar os seus jogos no estádio?" Veja o texto divulgado pela Arena "Presidente do Grêmio, Alberto Guerra e sua Diretoria pedem suspensão dos pagamentos do seguro da Arena do Grêmio e atrasa o retorno do time a sua casa Em plena crise no futebol, o presidente do Grêmio entra com ação cujo efeito pode retardar a entrega do estádio ao time. A pergunta que fica é: quem vai liberar esses valores para a Arena continuar com seu trabalho? Será o Grêmio? Qual o conhecimento técnico que o Grêmio possui para fazer essa liberação? As pessoas mais habilitadas para liberar esses valores são os engenheiros peritos da própria seguradora, em conjunto com os engenheiros da Arena, que já vem trabalhando em comum acordo e tomando todas as ações necessárias para entregar a casa dos tricolores o mais breve possível, questiona Mauro Araújo. O presidente do Grêmio, Alberto Guerra, juntamente com a diretoria do clube, pediu judicialmente a suspensão dos pagamentos do seguro contratado pela Gestora para a recuperação da Arena do Grêmio. Essa decisão, tomada através de uma tutela cautelar antecedente a um procedimento arbitral, objetiva, conforme argumentação do Grêmio, assegurar que a indenização securitária seja destinada ao reparo dos danos causados pela enchente que atingiu o estádio. No entanto, essa medida, se mantida, pode atrasar em meses o retorno dos jogos do time ao estádio. Suspender os pagamentos do seguro e depositá-los em juízo coloca em xeque a credibilidade da seguradora Zurich, uma das maiores do mundo, e sua auditoria, bem como a própria Arena Porto-Alegrense, que tem atuado incansavelmente de domingo a domingo para a célere reconstrução do estádio, como tem sido amplamente registrado. De acordo com as leis brasileiras, todo seguro pago deve ser auditado para garantir que os recursos sejam aplicados corretamente para os fins destinados. A Arena Porto-Alegrense, responsável pela administração do estádio, tem seguido rigorosamente esses procedimentos, prestando contas diariamente sobre as ações de reparo realizadas, demonstrando total transparência e compromisso com a recuperação do local. Os torcedores gremistas têm acompanhado diariamente nas redes sociais e imprensa a evolução dos trabalhos que a Arena vem fazendo para a recuperação da casa da nação tricolor, mesmo antes de receber qualquer pagamento do seguro, utilizando recursos próprios para em nada retardar a retomada de jogos na Arena, desejo da torcida tricolor. Mauro Araújo, presidente da Arena Porto-Alegrense, comentou sobre a decisão: ‘- Estamos absolutamente focados na recuperação da Arena e isso tem sido demonstrado diariamente pela imprensa. Inclusive, até agora utilizamos nossos recursos próprios para iniciar os reparos e estamos prestando contas diariamente do progresso feito. A opção do Presidente Alberto Guerra por impedir a recuperação da Arena não se coaduna com o interesse da torcida. O que está por trás não conseguimos entender. Deveríamos estar trabalhando juntos nesta hora, como toda a comunidade Gaúcha, que está dando um grande exemplo de solidariedade e união”. O Grupo que controla a Arena Porto-Alegrense administra outras arenas no Brasil com sucesso, demonstrando uma gestão eficiente. Prova disto foi a constituição de um seguro que, diferente de muitos, abarcava expressamente danos por inundação. Esta visão proativa deveria ser enaltecida pelo presidente Alberto Guerra e sua diretoria, ao invés de questionada. Os gremistas estão ansiosos pelo retorno do estádio, que é um ícone para o clube e seus torcedores. No entanto, a decisão de Alberto Guerra vai atrasar a total restauração da Arena do Grêmio, afetando o cronograma de obras e o uso do estádio.



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