Grêmio enfrenta desafio de sobrevivência na Copa do Brasil após empate


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Grêmio enfrenta desafio de sobrevivência na Copa do Brasil após empate

A diferença de qualidade técnica entre as duas equipes ficou em segundo plano e o desgaste físico fez o Grêmio adotar uma estratégia para sair vivo de Ponta Grossa. O empate em 0 a 0 com o Operário foi de poucas oportunidades, e a atuação gremista foi de um time que está nas cordas devido ao cansaço. Por isso, o resultado foi motivo de celebração. O desempenho do Grêmio na noite de terça-feira é um reflexo da maratona de dez jogos em um mês e logística de viagens exaustivas em uma semana longe de casa. Situação forçada pelo calendário apertado do futebol brasileiro.

Contra o Operário, na teoria o adversário mais fraco da sequência do Tricolor, o nível da disputa se equilibrou pela condição física do time de Renato. Em campo, ficou claro o motivo de, na véspera da partida, o presidente Alberto Guerra falar que o desejo era sair vivo do estádio Germano Krüger. A primeira amostra do cansaço foi na escalação. No gol, Renato manteve o rodízio e escalou Caíque. Nos últimos três jogos foram três goleiros diferentes.

Galdino foi um dos destaques do empate do Grêmio
Foto: Dido/Grêmio FBPA

Na defesa, uma dupla com Gustavo Martins e Natã. Por febre, Fábio ficou fora até do banco de reservas, e Zé Guilherme ganhou nova chance. – Só o meu grupo sabe o que está passando devido ao desgaste. Toda partida perdemos jogadores. Muitos tenho poupado, alguns com imunidade baixa, caso do Fábio ontem com febre, tive que tirar até do banco. Kannemann desgastado. Hoje com uma equipe diferente, muitos garotos em campo. Concordo que não desenvolvemos um grande futebol, mas é difícil jogar aqui – explicou Renato.

Time do Grêmio no empate sem gols com o Operário
Foto: Dido/Grêmio FBPA

Do meio para frente, quem se destacou foi aquele que conseguiu “descansar” uma semana. Titular contra o Estudiantes, na terça passada, e sem entrar contra o Bahia, no último sábado, Galdino voltou a iniciar um jogo de copa e foi quem mais correu no Grêmio. O próprio Renato opinou que o atacante foi o melhor em campo.

Cristaldo, um dos mais desgastados do elenco, segundo o comandante gremista, participou dos dois lances mais perigosos do Tricolor no primeiro tempo. Aos cinco minutos, cobrou escanteio para Gustavo Martins cabecear e exigir boa defesa de Rafael Santos. Aos 44 da primeira etapa, Diego Costa, que já havia ficado na bronca com os dois pontas do time, cansou de esperar a bola chegar, buscou no meio-campo, disparou e deixou para Cristaldo. O argentino recebeu na área e finalizou na rede, mas pelo lado de fora.

A entrada de Nathan Fernandes no segundo tempo até deu ânimo para a equipe, mas nada muito expressivo. Na verdade, o time da casa tentou se impor e teve mais a bola. Na reta final, alçou bolas na área tricolor, mas sem muito perigo para Caíque. Os sinais de cansaço no lado do Grêmio ficaram ainda mais evidentes no comportamento dos atletas. Quando tinham oportunidade, seguravam o jogo, deixavam o relógio correr e o empate já tinha gosto de vitória naquele momento.

Com limitações no elenco, Renato terá que começar a estabelecer prioridades na temporada. O resultado disso estará nas escalações dos próximos jogos. O tempo de recuperação é curto, e agora está nas mãos do técnico onde vai depositar força máxima.



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