"Vamos encarar o Grêmio de igual para igual", afirma técnico do Sport

Baptista comandou o Sport contra o Grêmio na Arena no ano passado
Foto: Ricardo Duarte / Agencia RBS

Técnico mais longevo entre os 20 clubes da Série A do Brasileirão, Eduardo Baptista, 45 anos, filho de Nelsinho, alinhou o Sport entre os quatro melhores do campeonato.

Neste sábado, terá o Grêmio como adversário na Arena em um confronto direto pelo G-4. Em entrevista a ZH, o treinador fala sobre o momento de sua equipe na temporada.

A que se deve a boa campanha do Sport?
É o resultado de um trabalho de um ano e meio. Terminamos bem no ano passado e mantivemos 70% da equipe. Além disso, fizemos contratações pontuais que encaixaram bem. São nomes que foram monitorados desde o início do ano e agora, após a direção economizar dinheiro por cinco meses, pudemos trazer. Hoje, temos um padrão de jogo encaixado e definido.

E o confronto direto contra o Grêmio?
É um jogo de seis pontos, muito difícil. O Grêmio está um ponto atrás da gente e também vive um bom momento, está numa crescente. Quem ganhar abre um pouco de vantagem nesta briga.

Quais perigos você vê no time do Roger?
Ele teve um mérito muito grande em ajustar a marcação e tornar o Grêmio um time compacto, que tem velocidade quando rouba a bola. Quando nossa equipe estiver com a bola, tem de se impor. Precisamos tomar cuidados para não sermos surpreendidos com o contra-ataque.

Vocês têm perfis semelhantes, dois técnicos emergentes.
É importante para o futebol brasileiro contar com novos nomes e novos trabalhos. Hoje, no futebol brasileiro, você precisa de bons resultados para sobreviver. Não que os novos são melhores ou piores do que os outros no mercados. Mas essa mexida é boa, todo mundo busca se reciclar, aprimorar e evoluir.

Que postura sua equipe terá contra o Grêmio?
Nós temos um padrão de jogo bem definido. Sem a bola, buscamos marcar compacto. Com a posse de bola, a ordem é ficar com ela e procurar espaços, nunca rifar. É mais ou menos o que o Grêmio também está fazendo.

Você fará marcação especial aos meias do Grêmio?
Penso que não adianta marcar individualmente. O ataque do Grêmio se movimenta pelo meio e pelos lados, usa um falso centroavante. Se você correr atrás deles, acaba perdendo. Nossa equipe marca por zona, em linhas compactas. Assim, onde a bola cair vai ter gente para marcar.

A Arena do Grêmio assusta o Sport?
Não assusta. Em casa, o Sport disputou oito jogos: ganhou sete, empatou um e não perdeu (fora, ainda não venceu: foram cinco empates e uma derrota). Precisamos nos impor da mesma forma. O fator casa, se você não correr e não jogar, não funciona. Vamos encarar o Grêmio de igual para igual.

O que pode fazer a diferença na briga pelo G-4?
O Brasileirão é muito competitivo. A diferença está na regularidade, em quem oscila menos. É difícil fazer mais 24 jogos no mesmo nível. Você enfrenta lesões, suspensões e momentos em que o time não joga bem. Mas quem tiver elenco mais completo e for mais regular tem grandes chances de chegar no G-4.

A eliminação na Copa do Brasil impacta no Brasileirão?
Penso que não. Muda a ficha, é outro campeonato. Agora temos a chance de disputar a Sul-Americana, que é um campeonato importante. Agora, viramos o foco. Estamos bem no Brasileirão.

Que lições ficaram do jogo contra o Santos?
Nosso time conseguiu se impor. Mas, infelizmente, errou conclusões demais. Nós controlamos o Santos e conseguimos jogar. Mas deixamos muito espaço para o contra-ataque, que é um ponto forte do Santos. Agora é corrigir, até porque o Grêmio também é uma equipe veloz.

André e Diego Souza são os grandes nomes da tua equipe?
O Sport, como um todo, tem conjunto forte. O Durval, na zaga, o Rithely, no meio-campo. Quando o conjunto não funciona, ninguém se sobressai. É claro que o Diego e o André vivem grande fase, mas estão inseridos neste contexto.


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