Galhardo supera dores para se firmar no Grêmio (Foto: Lucas Uebel/ Divulgação Grêmio)
No futebol, assim como na vida, seis meses podem ser tempo curto para firmar vínculos afetivos. No caso de Rafael Galhardo, porém, são suficientes para fincar raízes em Porto Alegre e até para dividir sua curta passagem pelo Grêmio em dois momentos distintos. Após um início apagado, com poucas chances sob o comando de Felipão, o lateral-direito cresceu com Roger Machado, a ponto de se tornar uma das referências de ataque da equipe. Não sem dificuldades. O jogador superou o ostracismo do banco de reservas no primeiro semestre e até uma recente lesão graças ao apoio da família, à confiança do novo comandante e aos conselhos do pai zeloso, o empresário Roberto Abreu.
Aconselhado pelo pai e respaldado pelo treinador, o jogador de 23 anos vive um 2015 especial. A começar pelo nascimento da filha, Maria Valentina, já em solo gaúcho. Uma de suas principais fontes de inspiração para, enfim, deslanchar. Contratado pelo Grêmio para ocupar a lateral direita titular após golaço de falta no próprio Tricolor, pelo Bahia, no ano passado, Galhardo chegou com a promessa de "explodir" na temporada atual. Custou, mas se imbuiu de confiança, a ponto de ter marcado gol com a camisa do novo clube, diante do Santos, ao qual está vinculado até o fim do ano que vem. Tudo isso, no "sacrifício", ao suportar as dores no tornozelo direito.
- No começo do ano, não consegui ter sequência. Me faltou ritmo de jogo. Teve uma época em que até me desanimei. Às vezes, ficava fora até do banco de reservas. Ficava triste, mas sempre tive muita luta. Me apeguei a minha família, minha esposa, minha filha e meus pais. Eles me deram forças para continuar. O Roger chegou e me passou bem mais confiança, então eu entro em campo mais tranquilo, com mais liberdade para atacar. Meu pai sempre me aconselha a chutar para o gol quando abrir espaço. Estou vivendo um momento feliz na vida pessoal e na carreira. Tenho um probleminha no tornozelo, mas, quanto a ser poupado, prefiro estar jogando - afirma o lateral.
Por telefone, Galhardo conversou com o GloboEsporte.com no final da tarde desta quinta-feira, em Porto Alegre. Ao lado da pequena Maria Valentina e da mulher, Priscila, o lateral falou sobre os seis meses de Grêmio e o atual momento de felicidade na vida pessoal e na carreira. Também projetou o próximo compromisso da equipe, às 18h30 deste sábado, contra o Flamengo. Um confronto especial para o jogador, que reencontra o clube que o projetou diante de um Maracanã lotado por milhares de flamenguistas loucos para ver pela primeira vez Guerrero, mas também de seus familiares, que irão em peso à partida.
> Confira a íntegra da entrevista com Galhardo:
GloboEsporte.com: Galhardo, neste sábado, você reencontra o Flamengo, time que o projetou para o futebol. Vai ser um momento especial para você?
Galhardo: Verdade. É bem especial, tenho muitos amigos no clube. Foi o time que me deu a primeira oportunidade. Estou feliz por reencontrar o clube que me projetou, em que eu vivi 10 anos. Eu tenho muito carinho pelo Flamengo, sei que vai ter casa cheia para a estreia do Guerrero no Maracanã, vai ser difícil. Conheço bem a força da torcida, que empurra o time.
Você é de Nova Friburgo. Vai ter torcida especial para você no Maracanã?
Sim. Para mim, tendo minha família no estádio, vai ser mais do que especial. Eu até brinquei com o Maicon, que no Rio, todos os ingressos vão ser para mim e para ele. Vai ser bem marcante.
A estreia do Guerrero neste sábado preocupa vocês?
É um craque, um cara que está vivendo um momento muito bom. A gente sabe que tem que ter o
cuidado com o Guerrero, mas tem outros jogadores, o Flamengo é uma equipe muito rápida, com Éverton, Emerson, Cirino. Vários jogadores rápidos, que temos que tentar neutralizar. São jogadores rápidos, que requerem muita atenção. O Roger vai nos passar os pontos fortes deles para tentarmos parar os adversários.
Pensando em seu ano no Grêmio, você começou o ano em baixa, na reserva, com poucas aparições na equipe. Como foi aquele momento? Chegou a ficar desanimado?
É verdade. No começo do ano, tive algumas oportunidades, mas não consegui ter sequência. Me faltou ritmo de jogo. Teve uma época em que até me desanimei. Tinha vezes que ia para o jogo e ficava no banco de reservas. Mas no Gauchão, tinha limite de jogadores, eram 18. Às vezes, eu ficava cortado. Ficava triste, mas sempre tive muita luta. Eu sempre me apego a minha família, com minha filha, minha esposa, meus pais. Eles me deram forças para continuar.
Após a saída de Felipão e a chegada de Roger, a história mudou. A que você atribui esse crescimento na equipe?
Eu recebi oportunidade do Roger e vim dando sequência. Ele chegou e me deu total confiança, total apoio. Me deu ritmo de jogo, sequência. Isso é o mais importante. A gente costuma falar que, quando o grupo cresce, as individualidades aparecem. Um vai conhecendo o outro. Isso facilita. Todos os jogadores vêm crescendo, e eu cresci muito individualmente.
Você disse que o Roger lhe passou mais confiança. Mas que orientações especiais ele lhe passou para atuar?
Como falei, ele me passou bem mais confiança, então você entra em campo mais tranquilo. Ele me deu muita liberdade para poder atacar, que é um dos meus pontos fortes, claro sempre pensando na defesa. É o método de trabalho dele. É um cara inteligente, que está vivendo esse momento do Grêmio. Ele cobra bastante para pisar na linha, para abrir o jogo, porque os adversários vêm com a equipe bem fechada, ainda mais na Arena. A gente confia muito nele. Por isso que o grupo aceitou.
Você revelou após a vitória sobre o Vasco, no último sábado, que sofre com dores no tornozelo direito, decorrentes de uma tendinite. Isso quer dizer que vem jogando no sacrifício?
Sim, estou com um probleminha no tornozelo. Mas não quero parar para tratar. Quero conciliar o tratamento. O pessoal do departamento médico vem me ajudando bastante em relação a isso. Mas é só entrar em campo, que dou meu máximo e deixo as dores de lado.
Esse sacrifício parte do Roger, uma vez que você é uma das referências da equipe, ou é algo que você propôs?
É verdade. Estou vivendo um momento bom, um momento feliz na vida pessoal e na carreira.
Quanto a ser poupado, eu prefiro estar jogando. Se eu estou bem, é porque eu adquiri ritmo de jogos, isso me dá mais confiança para seguir. Só vou parar quando não aguentar mais.
Galhardo posa com a mulher, Priscila, e a filha Maria Valentina (Foto: Arquivo Pessoal)
Nota-se que você ganhou mais confiança com o Roger, em especial pelos constantes chutes de fora da área. Isso é uma orientação?
Sempre tive essa característica de chutar de longe. De onde aparecer a oportunidade, eu chuto. Meu pai sempre pede para eu chutar para o gol. Ele me aconselha para sempre que aparecer a chance, tentar finalizar. E o Roger também conversa com todos os jogadores e diz que, às vezes, é melhor chutar da entrada da área e dar um tiro de meta para fora do que dar um passe para o lado e armar o contra-ataque do rival. É difícil de chegar ali, então tem que aproveitar bem.
Seu pai o aconselha muito no dia a dia? Como é essa relação?
Eu sou muito apegado a minha família, e meu pai me cobra bastante. É um cara que me manda mensagem, que me fala pelo telefone. Ele me pede para chutar para o gol sempre que abrir espaço. Me incentiva bastante para chutar a gol.
Você despertou o interesse do Grêmio no ano passado, ao marcar um gol de falta, ainda pelo Bahia. Quando você chegou ao clube, no começo do ano, disse que o pessoal lhe cobrava, em meio a brincadeiras, para repetir a dose pelo Grêmio. Isso mudou com o gol contra o Santos?
Quando eu fiz o gol pelo Bahia, meu empresário me ligou após o jogo e disse que o Grêmio queria me contratar. Foi motivo de felicidade. Quando cheguei, o pessoal brincava comigo no vestiário: "Contra mim, você fez, agora vamos ver se faz a favor". É muita brincadeira, mas também muita cobrança. O gol contra o Santos foi curioso porque eu ainda tenho contrato com o Santos, estou emprestado. Até cumprimentei o pessoal no vestiário, mas foi motivo de muita alegria.
Contra o Santos, seu ex-clube, você marcou. Como encara a possibilidade de marcar contra o Flamengo, clube que o revelou?
Até conversei com minha esposa sobre o jogo do Maracanã. Vai estar cheio, com a torcida toda lá. Se eu fizer um gol vai ser motivo de felicidade, eu poder estar ajudando ao Grêmio, mas, claro, respeitando o clube que me projetou.
Se chamou a atenção da diretoria gremista com uma cobrança de falta, ainda lhe resta fazer um gol de bola parada pelo Grêmio, não?
É verdade, venho treinando bastante. Quem acompanha bastante os treinamentos vê que tanto eu, quanto o Luan e o Douglas treinamos bastante. Nos jogos, acontece uma falta, e temos três pessoas para bater. A gente vê quem está melhor em campo. Eu sei que no momento certo, o gol vai sair. Estou ansioso, sim, com esse gol de falta.
Galhardo comemora gol na Arena (Foto: Diego Guichard/GloboEsporte.com)
Quando você se transferiu ao Grêmio, sua mulher, Priscila, estava grávida. Como têm sido esses primeiros meses de paternidade?
É um momento maravilhoso. Estava tudo certo para minha esposa ganhar o bebê perto da família, mas ela preferiu ganhar aqui, perto de mim, no Sul. Tivemos que fazer uma logística especial para vir para cá. Ela estava grávida de oito meses, não podia mais viajar de avião. Meu pai veio de carro para trazê-la. Arrumamos as coisas muito rápido e, graças a Deus, a Maria Valentina foi uma bênção nas nossas vidas.
Ela é gaúcha e gremista, então? Já a levou à Arena?
Sim, é gaúcha, gremista e pé quente. Desde que ela nasceu, em primeiro de fevereiro, as coisas só melhoraram. É motivo de orgulho e de felicidade. Ela entrou comigo duas vezes nesse ano, uma pelo Gauchão, a primeira vez, e depois contra o Vasco. É uma emoção muito grande. Graças a Deus, é gremista. Quando eu volto de concentração, ela fica no meu colo, fica olhando para o escudo do Grêmio e começa a rir, a tocar. Gosta muito do escudo.
Seu contrato com o Grêmio vai até o fim do ano. Existe alguma tratativa para você ficar mais tempo no clube?
Meu contrato vai até o final do ano, e tenho mais um ano de contrato com o Santos. Eu estou bem feliz no clube, estou adaptado à cidade, minha família, também. Eu venho jogando, venho crescendo dia a dia. Se for para ficar, eu vou ficar muito feliz de ficar mais tempo aqui. Mas não depende só de mim. Depende dos valores com o Santos. Se for para dizer se estou feliz ou não, eu estou bem feliz.
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Aconselhado pelo pai e respaldado pelo treinador, o jogador de 23 anos vive um 2015 especial. A começar pelo nascimento da filha, Maria Valentina, já em solo gaúcho. Uma de suas principais fontes de inspiração para, enfim, deslanchar. Contratado pelo Grêmio para ocupar a lateral direita titular após golaço de falta no próprio Tricolor, pelo Bahia, no ano passado, Galhardo chegou com a promessa de "explodir" na temporada atual. Custou, mas se imbuiu de confiança, a ponto de ter marcado gol com a camisa do novo clube, diante do Santos, ao qual está vinculado até o fim do ano que vem. Tudo isso, no "sacrifício", ao suportar as dores no tornozelo direito.
- No começo do ano, não consegui ter sequência. Me faltou ritmo de jogo. Teve uma época em que até me desanimei. Às vezes, ficava fora até do banco de reservas. Ficava triste, mas sempre tive muita luta. Me apeguei a minha família, minha esposa, minha filha e meus pais. Eles me deram forças para continuar. O Roger chegou e me passou bem mais confiança, então eu entro em campo mais tranquilo, com mais liberdade para atacar. Meu pai sempre me aconselha a chutar para o gol quando abrir espaço. Estou vivendo um momento feliz na vida pessoal e na carreira. Tenho um probleminha no tornozelo, mas, quanto a ser poupado, prefiro estar jogando - afirma o lateral.
Por telefone, Galhardo conversou com o GloboEsporte.com no final da tarde desta quinta-feira, em Porto Alegre. Ao lado da pequena Maria Valentina e da mulher, Priscila, o lateral falou sobre os seis meses de Grêmio e o atual momento de felicidade na vida pessoal e na carreira. Também projetou o próximo compromisso da equipe, às 18h30 deste sábado, contra o Flamengo. Um confronto especial para o jogador, que reencontra o clube que o projetou diante de um Maracanã lotado por milhares de flamenguistas loucos para ver pela primeira vez Guerrero, mas também de seus familiares, que irão em peso à partida.
> Confira a íntegra da entrevista com Galhardo:
GloboEsporte.com: Galhardo, neste sábado, você reencontra o Flamengo, time que o projetou para o futebol. Vai ser um momento especial para você?
Galhardo: Verdade. É bem especial, tenho muitos amigos no clube. Foi o time que me deu a primeira oportunidade. Estou feliz por reencontrar o clube que me projetou, em que eu vivi 10 anos. Eu tenho muito carinho pelo Flamengo, sei que vai ter casa cheia para a estreia do Guerrero no Maracanã, vai ser difícil. Conheço bem a força da torcida, que empurra o time.
Você é de Nova Friburgo. Vai ter torcida especial para você no Maracanã?
Sim. Para mim, tendo minha família no estádio, vai ser mais do que especial. Eu até brinquei com o Maicon, que no Rio, todos os ingressos vão ser para mim e para ele. Vai ser bem marcante.
A estreia do Guerrero neste sábado preocupa vocês?
É um craque, um cara que está vivendo um momento muito bom. A gente sabe que tem que ter o
cuidado com o Guerrero, mas tem outros jogadores, o Flamengo é uma equipe muito rápida, com Éverton, Emerson, Cirino. Vários jogadores rápidos, que temos que tentar neutralizar. São jogadores rápidos, que requerem muita atenção. O Roger vai nos passar os pontos fortes deles para tentarmos parar os adversários.
Pensando em seu ano no Grêmio, você começou o ano em baixa, na reserva, com poucas aparições na equipe. Como foi aquele momento? Chegou a ficar desanimado?
É verdade. No começo do ano, tive algumas oportunidades, mas não consegui ter sequência. Me faltou ritmo de jogo. Teve uma época em que até me desanimei. Tinha vezes que ia para o jogo e ficava no banco de reservas. Mas no Gauchão, tinha limite de jogadores, eram 18. Às vezes, eu ficava cortado. Ficava triste, mas sempre tive muita luta. Eu sempre me apego a minha família, com minha filha, minha esposa, meus pais. Eles me deram forças para continuar.
Após a saída de Felipão e a chegada de Roger, a história mudou. A que você atribui esse crescimento na equipe?
Eu recebi oportunidade do Roger e vim dando sequência. Ele chegou e me deu total confiança, total apoio. Me deu ritmo de jogo, sequência. Isso é o mais importante. A gente costuma falar que, quando o grupo cresce, as individualidades aparecem. Um vai conhecendo o outro. Isso facilita. Todos os jogadores vêm crescendo, e eu cresci muito individualmente.
Você disse que o Roger lhe passou mais confiança. Mas que orientações especiais ele lhe passou para atuar?
Como falei, ele me passou bem mais confiança, então você entra em campo mais tranquilo. Ele me deu muita liberdade para poder atacar, que é um dos meus pontos fortes, claro sempre pensando na defesa. É o método de trabalho dele. É um cara inteligente, que está vivendo esse momento do Grêmio. Ele cobra bastante para pisar na linha, para abrir o jogo, porque os adversários vêm com a equipe bem fechada, ainda mais na Arena. A gente confia muito nele. Por isso que o grupo aceitou.
Você revelou após a vitória sobre o Vasco, no último sábado, que sofre com dores no tornozelo direito, decorrentes de uma tendinite. Isso quer dizer que vem jogando no sacrifício?
Sim, estou com um probleminha no tornozelo. Mas não quero parar para tratar. Quero conciliar o tratamento. O pessoal do departamento médico vem me ajudando bastante em relação a isso. Mas é só entrar em campo, que dou meu máximo e deixo as dores de lado.
Esse sacrifício parte do Roger, uma vez que você é uma das referências da equipe, ou é algo que você propôs?
É verdade. Estou vivendo um momento bom, um momento feliz na vida pessoal e na carreira.
Quanto a ser poupado, eu prefiro estar jogando. Se eu estou bem, é porque eu adquiri ritmo de jogos, isso me dá mais confiança para seguir. Só vou parar quando não aguentar mais.
Galhardo posa com a mulher, Priscila, e a filha Maria Valentina (Foto: Arquivo Pessoal)
Nota-se que você ganhou mais confiança com o Roger, em especial pelos constantes chutes de fora da área. Isso é uma orientação?
Sempre tive essa característica de chutar de longe. De onde aparecer a oportunidade, eu chuto. Meu pai sempre pede para eu chutar para o gol. Ele me aconselha para sempre que aparecer a chance, tentar finalizar. E o Roger também conversa com todos os jogadores e diz que, às vezes, é melhor chutar da entrada da área e dar um tiro de meta para fora do que dar um passe para o lado e armar o contra-ataque do rival. É difícil de chegar ali, então tem que aproveitar bem.
Seu pai o aconselha muito no dia a dia? Como é essa relação?
Eu sou muito apegado a minha família, e meu pai me cobra bastante. É um cara que me manda mensagem, que me fala pelo telefone. Ele me pede para chutar para o gol sempre que abrir espaço. Me incentiva bastante para chutar a gol.
Você despertou o interesse do Grêmio no ano passado, ao marcar um gol de falta, ainda pelo Bahia. Quando você chegou ao clube, no começo do ano, disse que o pessoal lhe cobrava, em meio a brincadeiras, para repetir a dose pelo Grêmio. Isso mudou com o gol contra o Santos?
Quando eu fiz o gol pelo Bahia, meu empresário me ligou após o jogo e disse que o Grêmio queria me contratar. Foi motivo de felicidade. Quando cheguei, o pessoal brincava comigo no vestiário: "Contra mim, você fez, agora vamos ver se faz a favor". É muita brincadeira, mas também muita cobrança. O gol contra o Santos foi curioso porque eu ainda tenho contrato com o Santos, estou emprestado. Até cumprimentei o pessoal no vestiário, mas foi motivo de muita alegria.
Contra o Santos, seu ex-clube, você marcou. Como encara a possibilidade de marcar contra o Flamengo, clube que o revelou?
Até conversei com minha esposa sobre o jogo do Maracanã. Vai estar cheio, com a torcida toda lá. Se eu fizer um gol vai ser motivo de felicidade, eu poder estar ajudando ao Grêmio, mas, claro, respeitando o clube que me projetou.
Se chamou a atenção da diretoria gremista com uma cobrança de falta, ainda lhe resta fazer um gol de bola parada pelo Grêmio, não?
É verdade, venho treinando bastante. Quem acompanha bastante os treinamentos vê que tanto eu, quanto o Luan e o Douglas treinamos bastante. Nos jogos, acontece uma falta, e temos três pessoas para bater. A gente vê quem está melhor em campo. Eu sei que no momento certo, o gol vai sair. Estou ansioso, sim, com esse gol de falta.
Galhardo comemora gol na Arena (Foto: Diego Guichard/GloboEsporte.com)
Quando você se transferiu ao Grêmio, sua mulher, Priscila, estava grávida. Como têm sido esses primeiros meses de paternidade?
É um momento maravilhoso. Estava tudo certo para minha esposa ganhar o bebê perto da família, mas ela preferiu ganhar aqui, perto de mim, no Sul. Tivemos que fazer uma logística especial para vir para cá. Ela estava grávida de oito meses, não podia mais viajar de avião. Meu pai veio de carro para trazê-la. Arrumamos as coisas muito rápido e, graças a Deus, a Maria Valentina foi uma bênção nas nossas vidas.
Ela é gaúcha e gremista, então? Já a levou à Arena?
Sim, é gaúcha, gremista e pé quente. Desde que ela nasceu, em primeiro de fevereiro, as coisas só melhoraram. É motivo de orgulho e de felicidade. Ela entrou comigo duas vezes nesse ano, uma pelo Gauchão, a primeira vez, e depois contra o Vasco. É uma emoção muito grande. Graças a Deus, é gremista. Quando eu volto de concentração, ela fica no meu colo, fica olhando para o escudo do Grêmio e começa a rir, a tocar. Gosta muito do escudo.
Seu contrato com o Grêmio vai até o fim do ano. Existe alguma tratativa para você ficar mais tempo no clube?
Meu contrato vai até o final do ano, e tenho mais um ano de contrato com o Santos. Eu estou bem feliz no clube, estou adaptado à cidade, minha família, também. Eu venho jogando, venho crescendo dia a dia. Se for para ficar, eu vou ficar muito feliz de ficar mais tempo aqui. Mas não depende só de mim. Depende dos valores com o Santos. Se for para dizer se estou feliz ou não, eu estou bem feliz.
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