Foto: Ricardo Duarte / Agencia RBS
Em um clima descontraído, mas com debate de ideias, o técnico Roger Machado participou do programa Sala de Redação, da Rádio Gaúcha, na tarde desta quinta-feira. Atento às perguntas dos debatedores, não fugiu dos questionamentos. Nos intervalos, relembrou das equipes da década de 1990 e fez uma definição simples do que acredita ser o futebol nos tempos atuais.
— Sabem aquelas rodas de bobinho em que os jogadores fazem antes dos treinos? O futebol não deixa de ser uma forma mais complexa daquilo ali, um grande "bobo móvel". E eu tenho que enganar o adversário — exemplificou.
O ex-lateral esquerdo abordou ainda a compactação de uma equipe no campo de jogo. Salientou a necessidade de atuar pelos lados, mas também analisou que a característica do Grêmio de hoje é mais central.
— Precisamos desta aproximação pelo meio, mas com criação de profundidade pelos lados. Abrir o jogo para depois avançar pelo centro de novo. Neste caso, o mais importante é quantos jogadores chegam dentro da área. Tem um amigo meu que diz: "se o futebol fosse só pelos lados, o gol não era no meio" — brincou, lançando um olhar ao assessor de imprensa João Paulo Fontoura.
Em conversa ao pé do ouvido com o músico gremista João de Almeida Neto, comentou sobre as faltas cometidas pelo Grêmio — "quando o jogador bate, é porque chega atrasado" — e salientou a qualidade técnica do volante Walace — "joga muito".
Roger confirmou que participa de reuniões periódicas com a diretoria e que há contratações "engatilhadas". Pregou disciplina tática e quer um time que busque a vitória sempre.
Enquanto os participantes gremistas Cacalo e João de Almeida Neto se mostraram mais participativos, os colorados Fernando Carvalho e Zé Victor Castiel permaneceram em silêncio, mas não deixaram de frisar a admiração que têm pelo técnico. Restou a Cacalo, então, lembrar de episódios envolvendo Roger enquanto jogador.
— Em 1993, perguntei para o Sérgio Vasques, da base do Grêmio, se ele tinha um lateral-esquerdo. Me falou de um baita jogador, mas que se lesionava demais. Chamei ele (Roger) para o time principal e nunca mais se lesionou. Depois fui descobrir que ele jogava o campeonato do Parcão nos finais de semana, o que comprometia a forma física — lembrou.
Roger recordou que marcou apenas um gol com a camisa do Grêmio, no final de 1995, em jogo contra o Criciúma, no Olímpico, na véspera da viagem para Tóquio, onde enfrentaria o Ajax no Mundial Interclubes.
— A estatística é de um gol a cada 50 jogos — chutou Roger, com a canhota.
Por fim, foi lembrado por Pedro Ernesto Denardin que, apesar das dificuldades em dirigir um grande clube em fase de vacas magras, tinha de valorizar a oportunidade recebida. Ao que escutou a resposta:
— Por que tu achas que me apresentei de barba? Estavam falando que eu ia ficar igual ao Bin Laden. Mas era promessa — descontraiu a aposta de Romildo Bolzan para o restante de 2015.
VEJA TAMBÉM
- STJ não gosta do Grêmio: é premente recorrer à injustiça que foi feita
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- Botafogo x Grêmio será em campo neutro
Em um clima descontraído, mas com debate de ideias, o técnico Roger Machado participou do programa Sala de Redação, da Rádio Gaúcha, na tarde desta quinta-feira. Atento às perguntas dos debatedores, não fugiu dos questionamentos. Nos intervalos, relembrou das equipes da década de 1990 e fez uma definição simples do que acredita ser o futebol nos tempos atuais.
— Sabem aquelas rodas de bobinho em que os jogadores fazem antes dos treinos? O futebol não deixa de ser uma forma mais complexa daquilo ali, um grande "bobo móvel". E eu tenho que enganar o adversário — exemplificou.
O ex-lateral esquerdo abordou ainda a compactação de uma equipe no campo de jogo. Salientou a necessidade de atuar pelos lados, mas também analisou que a característica do Grêmio de hoje é mais central.
— Precisamos desta aproximação pelo meio, mas com criação de profundidade pelos lados. Abrir o jogo para depois avançar pelo centro de novo. Neste caso, o mais importante é quantos jogadores chegam dentro da área. Tem um amigo meu que diz: "se o futebol fosse só pelos lados, o gol não era no meio" — brincou, lançando um olhar ao assessor de imprensa João Paulo Fontoura.
Em conversa ao pé do ouvido com o músico gremista João de Almeida Neto, comentou sobre as faltas cometidas pelo Grêmio — "quando o jogador bate, é porque chega atrasado" — e salientou a qualidade técnica do volante Walace — "joga muito".
Roger confirmou que participa de reuniões periódicas com a diretoria e que há contratações "engatilhadas". Pregou disciplina tática e quer um time que busque a vitória sempre.
Enquanto os participantes gremistas Cacalo e João de Almeida Neto se mostraram mais participativos, os colorados Fernando Carvalho e Zé Victor Castiel permaneceram em silêncio, mas não deixaram de frisar a admiração que têm pelo técnico. Restou a Cacalo, então, lembrar de episódios envolvendo Roger enquanto jogador.
— Em 1993, perguntei para o Sérgio Vasques, da base do Grêmio, se ele tinha um lateral-esquerdo. Me falou de um baita jogador, mas que se lesionava demais. Chamei ele (Roger) para o time principal e nunca mais se lesionou. Depois fui descobrir que ele jogava o campeonato do Parcão nos finais de semana, o que comprometia a forma física — lembrou.
Roger recordou que marcou apenas um gol com a camisa do Grêmio, no final de 1995, em jogo contra o Criciúma, no Olímpico, na véspera da viagem para Tóquio, onde enfrentaria o Ajax no Mundial Interclubes.
— A estatística é de um gol a cada 50 jogos — chutou Roger, com a canhota.
Por fim, foi lembrado por Pedro Ernesto Denardin que, apesar das dificuldades em dirigir um grande clube em fase de vacas magras, tinha de valorizar a oportunidade recebida. Ao que escutou a resposta:
— Por que tu achas que me apresentei de barba? Estavam falando que eu ia ficar igual ao Bin Laden. Mas era promessa — descontraiu a aposta de Romildo Bolzan para o restante de 2015.
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